Na última quinta-feira (27), as cotações de futuros do Brent e WTI encerraram as negociações alta, sendo cotadas a USD 84,24 bbl (+1,59%) e USD 80,09 bbl (+1,66%).
Recuperando as perdas da quarta-feira, o petróleo retomou a tendência de alta na última sessão. O maior apetite por risco de investidores – apesar do aumento de juros na Europa – contribuiu para suportar as cotações, aliado a preocupações com oferta global no segundo semestre. Isso permitiu que o WTI rompesse o teto de USD 80 bbl pela primeira vez desde abril.
BCE eleva juros na Europa Seguindo os Estados Unidos, o BCE realizou mais um ajuste positivo da taxa de juros em 0,25 p.p, passando-a para 3,5% a 3,75% a.a. Apesar do aumento, mercado avaliou que a presidente da instituição, Christine Lagarde, passou uma mensagem favorável ao afrouxamento monetário, com o banco tendo se aproximado do pico da alta de juros - o que não significaria em um corte da taxa nos próximos meses. No comunicado oficial, o BCE afirmou que se mantém preocupado com o elevado valor do núcleo da inflação, mas se atenta aos sinais de desaceleração econômica e de contração das condições financeiras. Assim, a possibilidade do pico de juros na Europa e nos Estados Unidos contribuiu para suportar as cotações do óleo bruto, tanto pelo maior apetite por risco do mercado financeiro, mas também pelos menores impactos que a política monetária terá sobre a demanda de combustíveis nessas regiões com o afrouxamento monetário.
PIB dos EUA surpreende Um dos fatores que alimentou o apetite por risco de investidores foi a divulgação do PIB norte-americano no segundo trimestre. De acordo com dados oficiais, o PIB do país expandiu 2,4% entre abril e junho no comparativo anual, valor acima dos 1,8% estimados por agentes do mercado. O resultado reflete a resiliência da economia dos EUA apesar do aperto monetário promovido pelo Fed no último ano, e alivia temores de recessão no país. O indicador foi considerado positivo pelo mercado, dado que o PIB registrou um aumento dos gastos de consumo, mas em um ritmo menor, além de sinalizar um aumento dos investimentos em meio a queda da inflação no país, apesar dos juros elevados. Em geral, o índice positivo suportou o petróleo ao indicar que a demanda por petróleo e derivados nos EUA não será afetada por uma recessão em 2023.
Preços em recuperação Com o resultado de ontem, o petróleo se encaminha para a quinta semana consecutiva de alta (+5,8%), atingindo os maiores valores em três meses. Além disso, o Brent vem conseguindo se estabilizar acima da marca de USD 80 bbl, buscando agora romper o teto de USD 85 bbl. A queda dos estoques de petróleo e temores de uma oferta mais limitada no segundo semestre, especialmente por causa dos limites produtivos de países da OPEP e redução das exportações russas, devem seguir influenciando investidores. Ademais, mercado também aguarda maiores detalhes dos pacotes de estímulos econômicos na China, os quais podem influenciar positivamente a economia do país e a demanda por derivados.
Petróleo amanhece em alta Hoje pela manhã (28), as cotações abriram a sessão em queda, com o contrato do Brent para vencimento em setembro/23 operando em USD 83,93 (-0,37%) até as 09h20. Apesar da leve baixa observada nessa manhã, os preços da commodity caminham para a quinta semana seguida de ganhos, com o contrato mais ativo do Brent registrando um crescimento acumulado de 12% desde o início de julho.
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