Na última terça-feira (01), as cotações de futuros do Brent e WTI encerraram as negociações em queda, sendo cotadas a USD 84,91 bbl (-0,76%) e USD 81,37 bbl (-0,53%).
Os preços do petróleo caíram conforme uma movimentação de realização de lucros por parte dos agentes financeiros após a commodity atingir o maior valor dos últimos três meses. Somado a isso, o fortalecimento do dólar em meio à aversão ao risco com a divulgação de dados negativos da indústria nos EUA, Europa e China também contribuiu para a deterioração das cotações do óleo bruto ao longo da sessão de ontem.
China aumenta estímulo para pequenos negócios Após registrar um PMI industrial abaixo dos 50 pontos pelo quarto mês seguido – indicando redução das atividades do setor – o governo chinês anunciou novos estímulos econômicos dirigidos aos pequenos e médios negócios do setor manufatureiro, estendendo o modelo de empréstimos mais atrativos até o final de 2024, no intuito de reaquecer a indústria chinesa. Tal situação evidencia as dificuldades do país asiático de retomar o crescimento econômico após a passagem da pandemia de Covid-19, com a expansão do PIB dos últimos dois trimestres se mostrando menor do que o esperado pelo mercado, que afetou negativamente, em última instância, a demanda por petróleo e derivados.
EUA retira oferta de compra para as SPR Na tarde de ontem, o DOE confirmou que o governo norte-americano retirou a oferta de compra de seis milhões de barris para recomposição das reservas estratégicas (SPR, sigla em inglês), solicitação que havia sido feita no início de julho. Tal movimentação por parte da Administração Biden ocorre em meio à forte elevação dos preços do petróleo no mercado internacional, com o contrato mais ativo do WTI avançando 17,2% ao longo do mês de julho, ultrapassando os USD 80 bbl. Conforme evidenciando anteriormente pelo próprio DOE, a recomposição das SPR ocorreria enquanto o WTI se posicionasse entre USD 67 bbl e USD 72 bbl, de modo que a saída desse range impossibilitou a continuidade do processo de novas compras, principalmente em um cenário de perspectiva de expansão das cotações ao longo dos próximos meses. Tal situação acabou pressionando os preços do óleo bruto, em meio à perspectivas de que a retomada da recomposição das SPR estadunidense não ocorra no curto prazo, liberando mais barris às reservas comerciais globais.
API registra queda expressiva dos estoques de petróleo nos EUA Os dados divulgados pelo API ontem apontaram para redução dos estoques de petróleo, gasolina e diesel. As reservas de petróleo tiveram queda expressiva, de 15,4 milhões de barris, ao passo que as expectativas apontavam para baixa em 1,9 milhão de barris. As reservas de gasolina seguiram o mesmo caminho, marcando baixa em 1,68 milhão de barris, em linha com o estimado pelo mercado, enquanto as de diesel caíram em volumes menores, de 512 mil barris. O fator de utilização das refinarias cresceu em 0,2 p.p., indicando aumento da demanda por petróleo, ao passo que as importações da commodity caíram seguiram em queda.
Petróleo amanhece em alta Hoje pela manhã (02), as cotações abriram a sessão em alta, com o contrato do Brent para vencimento em outubro/23 operando em USD 85,38 (+0,55%) até as 09h20. O avanço reflete a forte queda dos estoques de petróleo nos EUA apontada pela API, além da redução das reservas de gasolina e diesel. Nesse sentido, o mercado espera agora a divulgação do relatório semanal do DOE, que contém informações mais precisas do balanço de O&D americano.
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