Na última quinta-feira (10), as cotações de futuros do Brent e WTI encerraram as negociações em alta, sendo cotadas a USD 86,40 bbl (-1,31%) e USD 82,82 bbl (-1,87%).
Os preços do óleo bruto operaram em queda após alcançar o maior valor desde janeiro na sessão anterior. A baixa reflete a divulgação de dados econômicos negativos na China, tanto pela deflação nos preços do consumidor, como também as informações relacionadas às importações de petróleo publicadas no início dessa semana.
Inflação nos EUA cresce conforme esperado De acordo com os dados publicados pelo Departamento de Trabalho dos EUA, o Índice de Preços ao Consumidor (CPI, sigla em inglês) operou em linha com o estimado pelo mercado, marcando avanço mensal de 0,2% e de 4,7% no acumulado dos últimos 12 meses – frente as estimativas de aumento em 0,2% e 4,8%, respectivamente. Tal cenário trouxe perspectivas de que o Fed reduza a velocidade no aumento da taxa de juros norte-americana, conforme começa a ser observado uma estabilização do índice de preços. A possibilidade de uma interrupção na política monetária contracionista promovida pelo banco central estadunidense acabou por suportar os preços do óleo bruto, impedindo quedas maiores na sessão de ontem.
OPEP espera balanço global estável De acordo com o Relatório Mensal de Petróleo da OPEP publicado ontem, o mercado de petróleo no segundo semestre deve se manter aquecido, com as estimativas para o crescimento global se mantendo inalterada frente ao último relatório, em 2,44 mbpd. Na visão do grupo, as decisões de novos cortes nos limites produtivos garantirão a estabilidade necessária ao balanço de O&D global, conforme a produção se encaixaria de maneira mais adequada à demanda existente. Além disso, seguindo o mesmo caminho do DOE, a OPEP revisou para cima as suas projeções para a expansão do PIB global em 2023, de 2,6% para 2,7%. As perspectivas positivas do grupo para o petróleo acabaram por sustentar as cotações, evitando maiores perdas na sessão passada.
Saudi Aramco se compromete com volumes para Ásia De acordo com fontes comerciais, a Saudi Aramco confirmou aos clientes de países do Norte da Ásia o envio total dos volumes estabelecidos nos contratos com entrega para setembro. A afirmação surpreendeu o mercado, que esperava uma redução das exportações para a Ásia em meio à extensão do período de queda voluntária em 1 mbpd da produção saudita para o mês. A situação acabou por aliviar os receios dos agentes petrolíferos em relação à diminuição do fornecimento para consumidores chaves de petróleo – conforme a China já havia reduzido as cargas compradas dos EUA, Rússia e Arábia Saudita no mês de julho.
Petróleo amanhece em alta Hoje pela manhã (11), as cotações abriram a sessão em leve alta, com o contrato do Brent para vencimento em outubro/23 operando em USD 86,95 (+0,65%) até as 10h00. Os preços começam a refletir as perspectivas positivas da OPEP, DOE e IEA em relação ao balanço global de O&D nos próximos meses, projetando uma demanda mais aquecida pela commodity, principalmente na Ásia. De acordo com a IEA, os estoques globais de petróleo poderão registrar no terceiro e quarto trimestre de 2023 quedas na ordem de 2,2 mbpd e 1,1 mbpd, respectivamente, fator que pode acelerar ainda mais a expansão dos preços no mercado internacional.
Fonte: NYMEX, ICE, S&P, StoneX.
Este documento contém opiniões do autor e não necessariamente reflete as estratégias da StoneX. As previsões de mercado são especulativas e podem variar. O investidor é responsável por qualquer decisão baseada neste material. A StoneX só negocia com clientes que atendem aos critérios legais. O aviso legal completo está em https://brasil.stonex.com/aviso-legal/.
É proibida a cópia ou redistribuição deste material sem permissão da StoneX.
© 2024 StoneX Group, Inc.