Na última quarta-feira (18), as cotações de futuros do Brent e WTI encerraram as negociações em alta, com o primeiro sendo cotado a USD 91,5 bbl (+1,78%) e a referência norte-americana a USD 88,32 bbl (1,92%).
O petróleo encontrou suporte com o relatório do Departamento de Energia dos Estados Unidos, o qual registrou forte queda de óleo bruto e derivados, pressionando ainda mais os estoques os estoques já baixos do país. No entanto, o anúncio do fim das restrições sobre o petróleo venezuelano faz com que os futuros do petróleo revertam os ganhos acumulados na última sessão – com o Brent operando a USD 90,06 bbl.
EUA registra queda de estoques de petróleo, gasolina e diesel De acordo com os dados divulgados pelo DOE, na semana passado os estoques de petróleo recuaram 4,49 milhões de barris, seguindo movimento apontado pelo API no dia anterior. Com isso, o indicador voltou a operar abaixo das mínimas históricas dos últimos cinco anos, em meio a manutenção do cenário de exportações recordes e demanda doméstica seguindo na média de anos anteriores. Os estoques de diesel e gasolina também caíram, na ordem de 3,18 milhões e 2,37 milhões, respectivamente, em meio a um avanço acelerado da demanda interna por ambos os combustíveis, reacendendo as perspectivas mais positivas sobre o consumo de derivados para o último trimestre do ano nos EUA.
EUA aliviam sanções sobre Venezuela Como antecipado pelo mercado, os Estados Unidos e Venezuela assinaram um acordo que retira temporariamente as sanções sobre o petróleo do país nessa quinta-feira (19). O tratado engloba tópicos relacionado às eleições na Venezuela em 2024, com a promessa de eleições livres e transparentes no ano que vem liberando por seis meses transações relacionadas ao setor de petróleo e gás natural no país. A medida tem potencial de aumentar a produção venezuelana em quase 200 kbpd nos próximos meses, de acordo com agentes do mercado. No entanto, a forte queda de investimentos no setor petrolífero no país em anos recentes deve limitar a recuperação dos níveis produtivos observados em 2017. Atualmente, a produção da Venezuela se encontra em 780 kbpd em média, valor muito abaixo dos 2400 kbpd registrados antes das sanções. O alívio das sanções busca atender o objetivo de aumento da oferta global de petróleo para controlar a escalada dos preços dos futuros – impactando negativamente a inflação doméstica norte-americana.
Produção na Venezuela - mbpd
Fonte: Reuters. Elaboração: StoneX.
Petróleo amanhece em alta Hoje pela manhã (19) as cotações abriram a sessão em queda, com o contrato do Brent para vencimento em dezembro/23 operando em USD 90,7 (-0,86%) até as 09h20. A perspectiva de crescimento da oferta venezuelana contribui para pressionar os futuros do petróleo, apesar dos impactos sobre o mercado global dever serem limitados no curto-prazo, além disso, as tensões no Oriente Médio devem seguir oferecendo suporte para os contratos.
Fonte: NYMEX, ICE, S&P, StoneX.
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