Na última terça-feira (24), as cotações de futuros do Brent e WTI encerraram as negociações em queda, com o primeiro sendo cotado a USD 88,07 bbl (-1,96%) e a referência norte-americana a USD 83,74 bbl (-2,05%).
O dia marcou a terceira sessão seguida em queda para os futuros do petróleo, influenciado especialmente pelo menor risco de alastramento da guerra entre Israel e Hamas para outras regiões do Oriente Médio. Além disso, a possibilidade da União Europeia entrar em recessão também prejudicou o desempenho do óleo bruto, com agentes temendo uma queda da demanda por combustíveis na região nos próximos períodos. Hoje pela manhã, os futuros operam em estabilidade, conforme agentes aguardam maiores direcionamentos para os preços.
Zona do Euro surpreende com dados econômicos Ontem, o mercado de petróleo sofreu pressões em meio a divulgação de indicadores econômicos negativos no continente europeu. O parcial do PMI Composto da Zona do Euro divulgado pela S&P alcançou 46,5 pontos em outubro, registrando queda de 0,7 pontos frente ao mês anterior e alcançando o menor valor desde fevereiro/21. A forte redução surpreendeu o mercado, que projetava um leve aumento do indicador para o mês, fator que trouxe fortes receios sobre a economia europeia em um cenário de política monetária contracionista aplicada pelo BCE no combate a inflação. Tal situação acabou por pressionar também as cotações do óleo bruto, conforme as perspectivas de que a redução das atividades econômicas na União Europeia afete a demanda por petróleo e derivados na região.
PMI composto da Zona do Euro – pontos
Fonte: Markit. Elaboração: StoneX.
China emite cota para refino Um dos fatores que pode oferecer suporte para os preços nas próximas sessões são decisões do governo central chinês nessa quarta-feira (25). O presidente chinês, Xi Jinping, anunciou que uma forte desaceleração econômica no país não será tolerada, e, após uma visita ao Banco Central, a China aumentou o teto de dívida do governo em quase 1 trilhão de yuan. A medida aumenta a expectativa para o crescimento chinês em 2024, que atualmente é de 5%, assim como a meta desse ano. Quanto o petróleo, a China surpreendeu ao determinar uma cota de refino para 2025 em 1 bilhão de toneladas, ou 20 mbpd, medida que visa racionalizar seu parque de refino e limitar as emissões de gases do efeito estufa. Atualmente, a capacidade está em 920 milhões de toneladas por ano (18,4 mbpd).
API sinaliza queda dos estoques De acordo com o API, as reservas de petróleo nos Estados Unidos recuaram quase 2,66 milhões de barris na última semana, valor muito acima daquele estimado por agentes do mercado (-450 mil barris). Para além do óleo bruto, a entidade também registrou a queda dos estoques de gasolina (-4,1 milhões de barris) e diesel (-2,3 milhões de barris). Apesar do resultado altista para o petróleo e derivados, ao indicar que os Estados Unidos continuam encontrando obstáculos para recompor os estoques, os números pouco influenciaram as cotações. Ademais, mercado aguarda a divulgação oficial no relatório DOE.
Variação dos estoques de petróleo e derivados nos EUA
Fonte: API, Refinitiv, Bloomberg. Elaboração: StoneX.
Petróleo amanhece em estabilidade Hoje pela manhã (25) as cotações abriram a sessão em estabilidade, com o contrato do Brent para vencimento em dezembro/23 operando em USD 88,28 (+0,23%) até as 09h10. Mercado se recupera após uma queda de quase 6% nas últimas três sessões, com a perspectiva de estímulos econômicos na China oferecendo leve suporte para os preços.
Fonte: NYMEX, ICE, S&P, StoneX.
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