Diário de Petróleo

Petróleo acumula primeira queda semanal desde o início do conflito em Gaza
 
Bruno Cordeiro
Isabela Garcia

Na última semana, as cotações de futuros do contrato mais ativo do Brent acumularam queda de 1,82%, negociadas a USD 90,48 bbl na última sexta-feira (27) enquanto o WTI ficou em USD 85,54 bbl, registrando uma redução semanal de 3,62%.

Em uma semana bastante volátil, os futuros do petróleo seguiram sensíveis às notícias em Gaza, variando conforme se alterava a percepção de risco de uma escalada do conflito pelo Oriente Médio. Em geral, o adiamento da incursão israelense na Faixa de Gaza contribuiu para o Brent ceder parte dos ganhos acumulados nas últimas semanas, chegando até a operar abaixo de USD 90 bbl. A sessão de sexta-feira garantiu uma recuperação dos preços, mas o petróleo voltou a operar em queda na manhã de hoje, prevalecendo a indefinição sobre a tendência das cotações em meio as incertezas do conflito.


Atualizações sobre Gaza Os esforços diplomáticos em Gaza no início da semana passada foram ameaçados com o início da invasão do exército israelense na região na última sexta-feira, o que ofereceu grande suporte para o petróleo durante a sessão. O primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, afirmou que a ofensiva de Israel avançou sobre a Faixa de Gaza um dia após o Wall Street Journal reportar que a incursão havia sido adiada por intervenção dos Estados Unidos. O temor de que isso gerasse uma resposta de países árabes e afetasse os fluxos de petróleo na região levou a commodity a acumular uma alta de quase 3% na última sessão, que já reverte esse resultado na manhã dessa segunda-feira (30). Desde o dia 7 de outubro, data do primeiro ataque do Hamas contra Israel, o Brent acumula alta de quase 7%, mesmo com as perdas da última semana.

Estoques nos Estados Unidos Na semana passada, os estoques de petróleo registraram alta semanal de 1,37 milhão de barris, em meio a manutenção de uma produção doméstica recorde pela terceira semana seguida e uma leve redução da demanda interna. Em relação aos combustíveis, as reservas de gasolina se mantiveram estáveis, com um crescimento semanal de 213 mil barris, enquanto o diesel seguiu caminho contrário ao observado nas reservas de óleo bruto, com o indicador operando em queda próxima a 1,7 milhão de barris, conforme recuperação das exportações do derivado, que se aproximaram da média dos últimos cinco anos para o período.

Desempenho econômico da UE Outro fator que pressionou o preço do petróleo na última semana foi o pior desempenho econômico da Zona do Euro. A notícia veio a partir da divulgação do PMI composto da região em outubro, com o resultado parcial indicando uma retração para 49,4 pontos (estava em 50,4 pontos em setembro), sendo o pior resultado em quatro meses, de acordo com a IHS Markit. O resultado do PMI composto foi levemente acima do esperado do mercado, mas com o desempenho do setor industrial surpreendendo analistas (indo para 54,4 pontos, o melhor resultado em 26 meses), enquanto o de serviços apresentou uma queda mais expressiva. Além do PMI, declarações da presidente do Banco Central Europeu afirmando que a luta contra inflação no bloco ainda não havia chegado ao fim, levou investidores acreditarem que a instituição deve manter o atual nível de juros (4% a.a) – o maior desde o lançamento do euro, em 1999 – por tempo prolongado, impactando negativamente a demanda por petróleo e derivados na região.

Petróleo amanhece em queda Hoje pela manhã (30), as cotações abriram a sessão em baixa, com o contrato do Brent para vencimento em janeiro/24 operando em USD 89,55 bbl (-1,03%) até as 09h00. As quedas refletem, em grande parte, as perspectivas de que o FED decida nessa quarta-feira (01) pela manutenção da taxa de juros básica norte-americana, conforme a divulgação de indicadores econômicos positivos nos EUA seguem evidenciando uma economia resiliente no país, intensificando assim o combate à inflação pelo banco central estadunidense.
 

TABELA DE COTAÇÕES (FECHAMENTO DA ÚLTIMA SESSÃO)

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Fonte: NYMEX, ICE, S&P, StoneX.

 
Tags relacionadas: Energia

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