Diário de Petróleo

Petróleo deve encerrar semana em queda
 
Bruno Cordeiro
Isabela Garcia

Na última quinta-feira (02), as cotações de futuros do Brent e WTI encerraram as negociações em alta, com o primeiro sendo cotado a USD 86,85 bbl (2,62%) e a referência norte-americana a USD 82,46 bbl (+2,51%).

Apesar da alta na última sessão, motivada principalmente por fatores macroeconômicos, o petróleo se encaminha para a segunda semana em queda (-1,23%). O resultado negativo reflete o menor prêmio de risco do óleo bruto, conforme o conflito no Oriente Médio permanece restrito à Israel e Hamas, além de uma desaceleração do PMI da China e Europa no início da semana. Hoje pela manhã, o petróleo opera em leve alta, ainda se apoiando nas especulações sobre o Fed e a política monetária do BC nos próximos meses.


Decisões de Bancos Centrais Os últimos dias foram marcados pelas reuniões de Bancos Centrais nos Estados Unidos e Europa, com as especulações de um fim da escalada de juros do Fed suportando os preços do petróleo. O Banco Central americano acompanhou a expectativa do mercado ao manter o atual patamar de juros em 5,25-5,5% ao ano, e afirmou que a escalada dos juros de longo prazo do Tesouro contribuiu para impedir novos aumentos da taxa básica. O mercado recebeu positivamente a notícia, e a perspectiva de que o Banco Central não aumente mais a taxa de juros nos próximos períodos levou uma queda do Dollar Index e um aumento dos preços do petróleo. No entanto, representantes da instituição reforçaram que a economia dos EUA segue em “ritmo sólido” de atividade, e que a inflação atual ainda não atingiu as metas estabelecidas pelo Fed (2% a.a).  O Banco Central da Inglaterra também manteve o atual patamar de juros em 5,25% a.a, medida antecipada pelo mercado, e que corroborou com a perspectiva de que o cenário de escalada de taxas de juros encontrou um limite nas economias centrais, apesar de nenhum representante dos BC's confirmarem tal teoria.

EUA registram alta nos estoques de petróleo De acordo com os dados publicados pelo DOE na quarta-feira (01), os estoques comerciais de petróleo operaram em alta de 773 mil barris na semana passada, totalizando 421,89 milhões de barris. A produção doméstica operando em patamares históricos pela quarta semana seguida e a recente recuperação das importações da commodity foram fatores determinantes para a recuperação das reservas, com os estoques em Cushing também registrando alta (272 mil barris) e afastando os receios sobre a possibilidade de atingir as baixas operacionais na região. Já as reservas de diesel seguiram caminho contrário, registrando queda semanal em 792 mil barris. Tal cenário reflete uma diminuição da oferta doméstica – que passou a operar abaixo das médias históricas – como também uma recuperação das exportações do produto pela segunda semana seguida.

Exportações russas de diesel De acordo com Alexander Novak – ministro de energia da Rússia – é esperado que o país reduz as suas exportações de petróleo e derivados em mais de 300 kbpd para novembro no comparativo com os níveis externalizados entre maio e junho de 2023. O anúncio de queda da oferta é diferente da política de banimento das exportações de gasolina e diesel aplicada em meses anteriores, mas já oferece um risco de problemas no balanço global de petróleo e derivados para o último trimestre do ano, sendo um fator altista aos preços dessas commodities energéticas.

Petróleo amanhece em alta Hoje pela manhã (03), as cotações operam em alta, com o contrato do Brent para vencimento em janeiro/24 operando em USD 87,31 bbl (+0,53%) até as 09h00. O petróleo segue apoiado nas perspectivas macroeconômicas mais positivas após decisões do Fed e do BoE, e também no anúncio de novas sanções norte-americanas contra a Rússia, apesar dessas não afetarem diretamente o mercado do óleo bruto. 
 

TABELA DE COTAÇÕES (FECHAMENTO DA ÚLTIMA SESSÃO)

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Fonte: NYMEX, ICE, S&P, StoneX.

 
Tags relacionadas: Energia

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