Na última semana, as cotações de futuros do contrato mais ativo do Brent acumularam queda de 6,18%, negociadas a USD 84,89 bbl na última sexta-feira (03) enquanto o WTI ficou em USD 80,51 bbl, registrando uma redução semanal de 5,88%.
O petróleo aprofundou a tendência de queda na última semana, motivado por fatores macroeconômicos, após decisões de Bancos Centrais nos EUA e na Europa, e um menor prêmio de risco com o conflito no Oriente Médio limitado a Israel e Hamas. Além disso, preocupações com a economia chinesa em meio retração do PMI industrial também pressionaram as cotações do petróleo. Hoje pela manhã, os futuros do Brent operam em alta, com o petróleo negociado acima de USD 86 bbl.
Fatores macroeconômicos impactam petróleo Um dos fatores que pressionaram as cotações na última semana foi a divulgação do PMI industrial de outubro na China. O número recuou para 49,5 pontos, contra os 50,2 de setembro, contrariando as projeções do mercado e deixando mais nebuloso o cenário econômico na China, considerando que as últimas semanas foram marcadas pela divulgação de indicadores positivos no país, inclusive anúncios de estímulos por parte do governo. Nos Estados Unidos, o Fed manteve o atual patamar de juros na quarta-feira (01), com mercado interpretando que a sequência de aumentos encontrou um limite em 5,25-5,5% a.a, apesar de representantes da instituição afirmarem que economia do país segue “forte”.
Reservas dos Estados Unidos Pela segunda semana seguida, o DOE registrou um aumento dos estoques comerciais de petróleo nos EUA, que alcançaram 422 milhões de barris – apesar de se manterem ainda abaixo das mínimas históricas dos últimos cinco anos. A reconstrução das reservas nesse período segue uma movimentação sazonal, em meio a redução do consumo doméstico causada pela manutenção programada de algumas refinarias no país. Outro fator que auxilia nesse processo de reestocagem se dá na produção recorde de petróleo pelos EUA, que opera com uma oferta próxima a 13,2 mbpd desde a primeira semana de outubro. O aumento das reservas americanas acabou servindo como um fator baixista aos preços na semana passada, conforme perspectivas menos otimistas sobre a demanda pela commodity no país.
Vendas de combustíveis no Brasil De acordo com a ANP, as vendas de diesel em setembro chegaram a 5,74 milhões de m³, valor 4% acima daquele registrado em set/22. Apesar do valor ser menor no comparativo com agosto – mês recorde para a série – o acumulado entre janeiro e setembro (48,88 milhões de m³) indica um aumento de 3,3% em relação aos níveis de 2022. As vendas de gasolina, no entanto, não tiveram resultados tão positivos. A ANP apontou uma retração de 3,4% no comparativo anual, atingindo 3,67 milhões de m³. É a primeira vez nesse ano que as vendas mensais não superaram os resultados de 2022, reflexo da menor competitividade da gasolina C frente o etanol hidratado em importantes estados consumidores, como São Paulo e Minas Gerais, com a paridade se mantendo abaixo de 70% nas últimas semanas em ambos os estados.
Petróleo amanhece em alta Hoje pela manhã (06), as cotações operam em alta, com o contrato do Brent para vencimento em janeiro/24 operando em USD 86,01 bbl (+1,3%) até as 09h25. O petróleo avança conforme Rússia e Arábia Saudita reforçam a intenção de limitar a oferta de óleo bruto até o final de 2023, impactando o fornecimento global em até 1 mbpd.
Fonte: NYMEX, ICE, S&P, StoneX.
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