Na última segunda-feira (20), as cotações de futuros do Brent e WTI encerraram as negociações em alta, com o primeiro sendo cotado a USD 82,32 bbl (+2,12%) e a referência norte-americana a USD 77,6 bbl (+2,25%).
Os futuros encontraram suporte com rumores de um possível corte produtivo de países da OPEP+, que pode ser decidido ainda essa semana na próxima reunião do grupo, após os contratos contínuos do petróleo recuarem 16% desde setembro. Espera-se que a decisão da OPEP+ afete de maneira mais expressiva o balanço global de 2024, especialmente o primeiro trimestre, período que é marcado sazonalmente por um consumo menos aquecido de petróleo. Assim, o Brent estendeu a tendência da sexta-feira (17), e reverteu completamente a queda influenciada por movimentos especulativos da semana passada.
China reduz compras de petróleo russo De acordo com os dados divulgados pelo GACC, as compras chinesas de petróleo russo registraram queda mensal de 2,3% em outubro, totalizando 2,02 mbpd. Para as refinarias independentes, a redução foi ainda maior, de 11,1%, gerada não pela menor competitividade das referências russas, mas sim devido a uma menor disponibilidade das cotas de importação entregues pelo governo central da China. Nesse sentido, os pedidos de cargas com entrega para dezembro também devem se manter desaquecidos frente aos meses anteriores, com a queda dos prêmios de exportação de combustíveis desincentivando ainda mais o consumo pela commodity. Mesmo com a diminuição, a Rússia se manteve como principal fornecedor de óleo bruto para o país asiático em outubro, seguida pela Arábia Saudita, Malásia e Iraque. No acumulado anual, a Rússia registrou uma expansão de 22,9% das vendas para a China em relação a 2022, respondendo por 21,3% do consumo chinês e evidenciando a maior parcela de mercado conquistada nesse ano.
Importações acumuladas de petróleo pela China - mbpd
IEA estima balanço superavitário A IEA estima um balanço global de petróleo levemente superavitário em 2024 apesar de possíveis cortes produtivos da OPEP+. A instituição já havia assinalado em seu último reporte que o aumento da produção em players secundários, especialmente EUA e Brasil, podem contrabalancear as restrições de países árabes e a Rússia. Esse movimento, alinhado com uma desaceleração da demanda global – a qual cresceria apenas 0,93 mbpd contra os 1,7 mbpd estimados para 2023 – favoreceria um balanço menos apertado. No entanto, as fontes entrevistadas alertam que os estoques globais mais baixos da commodity podem favorecer a volatilidade dos preços no curto prazo, com os contratos mais sensíveis a notícias relacionadas a oferta e demanda.
Petróleo amanhece em queda Hoje pela manhã (21), as cotações operam em queda, com o contrato do Brent para vencimento em janeiro/24 operando em USD 82,04 bbl (-0,36%) até as 09h15. Mercado aguarda maiores direcionamentos após rumores relacionados a OPEP+, com os preços cedendo levemente em meio aos aumentos expressivos das últimas duas sessões.
Fonte: NYMEX, ICE, S&P, StoneX.
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