Diário de Petróleo

Petróleo recua em sessão volátil e influenciada pela OPEP
 
Bruno Cordeiro
Isabela Garcia

Na última quarta-feira (22), as cotações de futuros do Brent e WTI encerraram as negociações em queda, com o primeiro sendo cotado a USD 81,96 bbl (-0,59%) e a referência norte-americana a USD 77,1 bbl (-0,86%).

Apesar das leves quedas, as referências do petróleo atravessaram um dia volátil, com o Brent atingindo USD 78 bbl na mínima diária, para depois recuperar praticamente todas as perdas da sessão. Esse movimento estava relacionado a decisão da OPEP+ em adiar a reunião do grupo, que seria realizada no final dessa semana. Além disso, os Estados Unidos registraram mais uma semana de forte recuperação dos estoques comerciais, contribuindo para pressionar os contratos. Ademais, com o feriado de Ação de Graças e a bolsa norte-americana fechada, o dia deve contar com uma participação menor de investidores.


OPEP+ adia reunião A reunião ministerial da OPEP, prevista para ocorrer no dia 26 de novembro, foi adiada para a semana seguinte, no último dia do mês. As incertezas envolvendo esse encontro haviam contribuído para suportar as cotações do petróleo nos últimos dias, em meio rumores de um novo corte produtivo do grupo que poderiam impactar mais significativamente o balanço global ao longo do 1T24. No entanto, o adiamento da reunião para a próxima terça-feira (30) indica que essa decisão antecipada não deve ocorrer por ora, o que alimentou a forte queda observada ao longo da sessão, levando o Brent a recuar quase quatro dólares no dia. O frenesi inicial, por sua vez, cedeu no final do dia, com mercado praticamente recuperando os patamares da terça-feira (21). Fontes da OPEP+ afirmaram que a decisão de adiar estava relacionada a questões envolvendo as cotas produtivas de países africanos, e alguns participantes do mercado entenderam o adiamento como um indicativo de ausência de consenso entre os membros do grupo.

DOE aponta alta dos estoques de petróleo De acordo com os dados divulgados pelo DOE, pela quinta semana seguida, foi registrado nos EUA um aumento dos estoques de petróleo, que já acumulam altas de 28,3 milhões de barris. A expansão da semana passada (8,7 milhões) veio em linha com o indicado pelo API na terça-feira (21), motivada tanto pela forte produção interna, quanto pelas importações, que superaram as médias históricas dos últimos cinco anos para o período. É interessante notar, também, que a alta das reservas ocorre mesmo em meio à exportações aquecidas e um consumo interno que volta a se intensificar, com o fator de utilização das refinarias alcançando o maior valor desde final de setembro.

Os estoques de derivados se movimentaram em direções contrárias, com a gasolina marcando um aumento de 750 mil barris e o diesel registrando queda em 1,02 milhão de barris. No caso da gasolina, a expansão reflete principalmente a forte queda do consumo nas últimas duas semanas e um aumento das importações, ao passo que, para o diesel, a diminuição das reservas foi motivada pela baixa oferta doméstica e redução acelerada das importações, com o consumo se mantendo relativamente estável e acima das médias históricas dos últimos cinco anos.

Demanda chinesa em desaceleração Analistas apontam que a demanda chinesa por petróleo e derivados deve desacelerar no primeiro semestre de 2024, registrando um crescimento de quase 4%, movido principalmente pela indústria petroquímica e pelo combustível de aviação, com a demanda mais fraca por diesel limitando um resultado mais positivo. Problemas envolvendo o setor imobiliário e industrial – que devem se estender para 2024 - contribuem para projeções menos otimistas do consumo de diesel. A OPEP estima um aumento anual de 3,2% na demanda chinesa no primeiro semestre, atingindo 16,4 mbpd, enquanto a IEA projeta um consumo de 17,1 mbpd (+3,9%). 

Petróleo amanhece em queda Hoje pela manhã (23), as cotações operam em queda, com o contrato do Brent para vencimento em janeiro/24 operando em USD 81,09 bbl (-1,06%) até as 09h00. A movimentação segue refletindo o adiamento da reunião da OPEP+, com as especulações apontando para um desalinhamento entre os países do grupo sobre o futuro das cotas produtivas.
 

TABELA DE COTAÇÕES (FECHAMENTO DA ÚLTIMA SESSÃO)

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Fonte: NYMEX, ICE, S&P, StoneX.

 
Tags relacionadas: Energia

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