Diário de Petróleo

Petróleo inicia semana em queda
 
Bruno Cordeiro
Isabela Garcia

Na última segunda-feira (27), as cotações de futuros do Brent e WTI encerraram as negociações em queda, com o primeiro sendo cotado a USD 79,98 bbl (-0,74%) e a referência norte-americana a USD 74,86 bbl (-0,9%).

O petróleo estendeu a tendência de queda da semana passada, com o Brent voltando a operar abaixo de USD 80 bbl influenciado pelas indefinições em relação a OPEP+ e mercado aguardando maiores direcionamentos. Por um lado, um possível aumento das cotas para países africanos poderia refletir em maior oferta em meio um consumo menos aquecido, o que contribuiu para pressionar os contratos. No entanto, a Arábia Saudita ainda defende uma queda da produção do grupo para corrigir a recente queda dos preços, o que contribui para obscurecer as previsões dos agentes e oferece suporte para os contratos nessa terça-feira (28). 


Rússia aumenta refino em novembro Fontes do mercado apontam que o refino de petróleo na Rússia aumentou 5% nas primeiras três semanas de novembro em relação ao mesmo período em outubro/23. Esse crescimento foi registrado tanto para a gasolina quanto diesel, e está associado ao fim do banimento das exportações de ambos os combustíveis, com refinarias do país encontrando incentivos para aumentar a produção, além dos níveis também se recuperarem após o período de manutenções programadas ao longo do outono. Estima-se que as refinarias processaram cerca de 16,6 milhões de toneladas de petróleo nas últimas três semanas, com a produção de diesel aumentando para 238,12 mil toneladas por dia – um aumento de 11% em relação a outubro. Considerando que o pico de demanda no país costuma ser registrado entre setembro e outubro, entende-se que esse aumento da produção deve se refletir em um crescimento também das exportações nas próximas semanas. 

Preço da gasolina nos EUA recua De acordo com a American Automobile Association (AAA), o preço médio da gasolina nos Estados Unidos recuou pelo 60º dia consecutivo – a maior tendência de queda em quase um ano. Estima-se que os preços oscilam em USD 3,25 por galão, mais de 60 centavos abaixo do pico registrado em setembro, estando também menor do que as cotações registradas no mesmo período em 2022. A expectativa é de que essa queda dos preços apoie um aumento da demanda interna, especialmente na época de festas de final de ano, quando se costuma registrar um aumento de viagens de pequena distância. Além dos impactos sobre o consumo doméstico, a retração das cotações da gasolina tem impacto direto sobre a inflação norte-americana, contribuindo para limitar o aumento do índice nos últimos meses e, assim, convergir ele com a meta do Fed de 2% ao ano.

Indefinições sobre OPEP+ Ademais, os conflitos internos na OPEP seguem influenciando mercado, com agentes buscando antecipar o resultado da reunião que deve ocorrer na próxima quinta-feira (30). Nas últimas sessões, rumores de que o grupo poderia aumentar a cota produtiva de países africanos, especialmente Nigéria e Angola, levaram a uma pressão sobre os contratos, conforme essa decisão poderia refletir em um aumento da oferta global nos próximos meses, contribuindo para um balanço superavitário no primeiro trimestre de 2024. No entanto, fontes afirmam que a Arábia Saudita segue pressionando países membros pela redução da oferta em prol de “equilibrar o mercado”. Assim, a indefinição sobre a oferta do grupo provoca essa maior falta de direcionamentos e variações sobre os preços.

Petróleo amanhece em alta Hoje pela manhã (28), as cotações operam em alta, com o contrato do Brent para vencimento em janeiro/24 operando em USD 80,76 bbl (+0,98%) até as 09h10. Esse movimento reflete rumores sobre o posicionamento da Arábia Saudita, com as discordâncias do grupo provocando essa volatilidade dos futuros. Ademais, mercado aguarda a divulgação do API sobre os níveis dos estoques nos Estados Unidos.

TABELA DE COTAÇÕES (FECHAMENTO DA ÚLTIMA SESSÃO)

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Fonte: NYMEX, ICE, S&P, StoneX.

 
Tags relacionadas: Energia

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