Na última segunda-feira (04), as cotações de futuros do Brent e WTI encerraram as negociações em queda, com o primeiro sendo cotado a USD 78,03 bbl (-1,08%) e a referência norte-americana a USD 73,04 bbl (-2,44%).
O maior pessimismo do mercado com a demanda global e o ceticismo com os cortes produtivos da OPEP+ seguiram pressionando os contratos do petróleo. Assim, os futuros do Brent acumularam a terceira sessão em queda, mas encontraram um apoio nas falas de representantes da Arábia Saudita, evitando quedas mais expressivas. Hoje pela manhã, os contratos operam em alta, ainda refletindo a defesa dos cortes da última sessão.
Arábia Saudita confirma possibilidade de estender cotas Ontem, conforme as cotações se mantinham operando em queda, o Ministro de Energia da Arábia Saudita, Abdulaziz Bin Salman, confirmou a uma rede de notícias de que a OPEP+ poderia decidir por um prolongamento do período de cortes voluntários aprovados na semana passada, cujo prazo termina no primeiro trimestre de 2024. De acordo com Bin Salman, a redução em 2,2 mbpd serviria para impedir a reconstrução dos estoques globais no mesmo período, garantindo um melhor balanceamento do mercado global de petróleo. A fala do ministro saudita trouxe leve suporte aos preços do óleo bruto, conforme os receios de que a OPEP+ seja mais agressiva nos cortes produtivos para garantir a sustentação desejada aos preços da commodity.
PMI chinês de serviços em alta De acordo com os dados publicados pelo Caixin/S&P Global, o PMI de serviços na China expandiu em novembro para 51,5 pontos contra os 50,4 de outubro. A leitura mostra que o setor se recuperou de maneira mais acelerada do que os meses anteriores, atingindo o maior valor desde agosto, e destoa do indicador oficial divulgado na semana passada. Vale ressaltar que essa pesquisa não é tão abrangente quanto a oficial, uma vez que se prioriza firmas localizadas na costa chinesa. Destaca-se também uma melhor recuperação do setor industrial, a qual não convergiu com os indicadores oficiais. Em geral, a atualização do PMI mostra como é difícil ler o atual estado da economia chinesa, com resultados mistos impactando as previsões do mercado.
Exportações russas recuam na última semana Estimativas apontam que as exportações russas de petróleo recuaram para os menores níveis em três meses, considerando a média das últimas quatro semanas. As limitações das operações no Mar Negro na semana passada contribuíram para impactar o indicador, que ficou em 3,04 mbpd, uma queda de 0,125 mbpd em relação ao resultado anterior. Vale destacar, por sua vez, que as exportações semanais russas vêm recuando desde o início de novembro, além de registrar uma queda dos fluxos para a Ásia – atingindo os menores níveis desde agosto (2,58 mbpd), especialmente para a Índia, que reduziu fortemente suas compras de óleo russo, de acordo com as estimativas de empresas de monitoramento de tankers.
Petróleo amanhece em estabilidade Hoje pela manhã (05), as cotações operam em estabilidade, com o contrato do Brent para vencimento em fevereiro/24 operando em USD 78 bbl (+0,04%) até as 08h55. Os receios ao redor da política produtiva da OPEP+ parecem ter ganhado força ao longo da manhã de hoje, sustentando os preços do petróleo. Em contrapartida, os riscos macroeconômicos seguem pesando sobre as cotações, impedindo maiores altas.
Fonte: NYMEX, ICE, S&P, StoneX.
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