Diário de Petróleo

Petróleo opera nos menores níveis desde junho
 
Bruno Cordeiro
Isabela Garcia

Na última quarta-feira (06), as cotações de futuros do Brent e WTI encerraram as negociações em queda, com o primeiro sendo cotado a USD 74,3 bbl (-3,76%) e a referência norte-americana a USD 69,38 bbl (-4,07%).

O petróleo aprofundou sua tendência de queda pela quinta sessão consecutiva, levando os futuros do Brent a operarem nos piores níveis desde junho e abaixo de USD 75 bbl. As incertezas em relação a demanda global por derivados e influência de um movimento especulativo que impactou outras commodities provocaram a movimentação de ontem. Com esse resultado, os contratos já acumulam uma queda semanal de quase 10,6%, mesmo com a decisão da OPEP+ em limitar a oferta global em quase 2,2 mbpd ao longo de 2024. 


DOE aponta queda dos estoques de petróleo Pela primeira semana desde outubro, o DOE registrou uma queda das reservas de petróleo nos Estados Unidos, em 4,6 milhões de barris. O valor destoa do volume registrado pelo API (+594 mil barris), e levou os níveis dos estoques para 445 milhões de barris, movimento influenciado por um aumento mais expressivo do consumo (16,1 mbpd) e leve queda da produção (de 13,2 para 13,1 mbpd), apesar dessa ainda se manter acima das máximas sazonais. Para o caso dos derivados, observou-se um crescimento das reservas tanto para o diesel como para a gasolina, em 1,2 e 5,4 milhões de barris, respectivamente. Em ambos os casos, uma queda semanal das exportações e aumento da produção mais que compensaram a recuperação do consumo, influenciando a formação das reservas. Apesar do relatório mais altista para os preços do petróleo, o DOE pouco influenciou o resultado da sessão de quarta-feira.

 

China registra queda das importações de petróleo De acordo com os dados divulgados pelo GACC, as importações de petróleo pela China totalizaram 10,33 mbpd em novembro, marcando queda mensal de 10,4% e de 9,2% frente novembro/22. Pela primeira vez desde abril, o país registra um volume internalizado da commodity menor do que o mesmo período do ano passado, em meio a redução dos pedidos feitos pelas refinarias independentes, que esperam uma demanda mais enfraquecida para o início de 2024, conforme indicadores de atividades manufatureiras operando em queda acarretam redução do consumo de diesel, principalmente. Tal cenário contribui para uma maior pressão sobre os preços do óleo bruto, causada principalmente pelos receios sobre uma demanda fragilizada no maior importador de petróleo do mundo.

Importações de diesel se recuperam A divulgação dos dados da balança comercial de novembro apontou um aumento expressivo das importações de diesel, enquanto as de gasolina seguiram menos expressivas. De acordo com o MDIC, as importações de diesel atingiram 1,04 milhão de m³, valor que, apesar de representar uma queda no comparativo com outubro (1,23 milhão de m³), é quase 52% acima dos níveis registrados em nov/22. Para o caso da gasolina, refletindo o consumo menos aquecido e produção mais expressiva nos últimos períodos, registrou-se mais um mês de queda das importações, que atingiram 199 mil m³ em novembro – uma queda de 61% com o mesmo período no ano passado, sendo também o segundo pior mês em 2023, apenas atrás do resultado de janeiro (188 mil m³). Vale dizer, que apesar do resultado mais fraco da gasolina em novembro, o acumulado no ano ainda é maior do que os níveis registrados em jan-nov/22, atingindo quase 4 milhões de m³. As importações acumuladas de diesel, entretanto, seguem abaixo dos níveis do ano passado, em 12,7 milhões de m³ (-12%).

Na frente do diesel, é importante destacar que a Rússia recuperou uma parcela significativa do mercado brasileiro, respondendo por 62% (647 mil m³) de todas as vendas de diesel ao Brasil, ao passo que, no mês passado, o diesel russo representou 42,2% do indicador. Os EUA reduziram bastante as vendas ao Brasil, com a participação indo de 41,2% para 10% (104 mil m³), ao passo que os Emirados Árabes Unidos registraram uma expansão da participação em cerca de 13 p.p., indo de 9,8% para 22,5% (234 mil m³). 

Perfil das importações brasileiras de diesel

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Fonte: MDIC. Elaboração: StoneX.

Petróleo amanhece em alta Hoje pela manhã (07), as cotações operam em alta, com o contrato do Brent para vencimento em fevereiro/24 operando em USD 74,99 bbl (+0,87%) até as 09h10. Após um forte dia de queda, e sem grandes fundamentos significativos apoiando esse movimento, os futuros voltam a se recuperar em meio ao reposicionamento dos agentes. 

TABELA DE COTAÇÕES (FECHAMENTO DA ÚLTIMA SESSÃO)

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Fonte: NYMEX, ICE, S&P, StoneX.

 
Tags relacionadas: Energia

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