Na última quinta-feira (14), as cotações de futuros do Brent e WTI encerraram as negociações em alta, com o primeiro sendo cotado a USD 76,61 bbl (+3,16%) e a referência norte-americana a USD 71,58 bbl (+3,04%).
Com fatores altistas apoiando a recuperação dos preços nas últimas sessões, os futuros do Brent se encaminham para a primeira alta semanal em quase dois meses, de 3,46%. A perspectiva de fim do ciclo de aperto monetário nos Estados Unidos e início da redução das taxas de juros em 2024, além de melhores projeções de demanda por petróleo no ano que vem alimentaram os ânimos de investidores. Assim, o Brent voltou a operar acima de USD 75 bbl e se afastou das mínimas dos últimos seis meses observadas no início dessa semana. Ademais, os futuros continuam operando em alta nessa sexta-feira (15), estendendo a sequência de ganhos da commodity.
Melhores perspectivas de consumo em 2024 Um dos fatores que suportou as cotações na última sessão foram as projeções de instituições do mercado de petróleo em relação a demanda global em 2024. De acordo com a IEA, o consumo global poderia atingir 102,8 mbpd – um aumento de 0,13 em relação as projeções de novembro e representa uma variação anual de 1,1 mbpd. A OPEP também manteve perspectivas mais otimistas para 2024, projetando um aumento de demanda em 2,25 mbpd (104,36 mbpd), além do DOE estimar um balanço global deficitário para o ano que vem, decorrente do resultado do primeiro trimestre. Assim, esses reportes contribuíram para aliviar temores em relação ao consumo que haviam pressionado fortemente os contratos nas últimas sessões.
Índia poderá comprar petróleo venezuelano O Ministro de Petróleo da Índia, Hardeep Singh Puri, afirmou que o país deverá adquirir petróleo venezuelano em meio a capacidade de processamento de refinarias indianas. A Índia é a terceira maior demandante de petróleo no mundo e depende de importações para o abastecimento interno, com o país buscando adquirir o óleo bruto com descontos no mercado internacional no último ano. Atualmente, a Rússia se tornou a maior fornecedora de petróleo para o país em meio as sanções do G7, mas a demanda crescente da Índia já leva a diversificação de fornecedores, além dos tradicionais países árabes como Iraque e Arábia Saudita, o que poderia representar a retomada do comércio com a Venezuela pela primeira vez desde 2020.
Taxa de refino recua na China O Escritório de Estatísticas Chinês (NBSC, sigla em inglês) divulgou que o processamento de petróleo no país recuou em novembro para 14,84 mbpd no comparativo com outubro (15,05 mbpd). Trata-se do pior mês para o indicador desde fevereiro, conforme também se registra uma queda das importações de petróleo (10,33 mbpd – menor volume desde julho) e cotas mais apertadas para importação do óleo bruto para algumas refinarias independentes. Apesar do resultado aquém no comparativo com os meses de 2023, o volume processado em novembro se manteve praticamente estável em relação aos níveis de 2022 (+0,2%). Em geral, sinais mistos da economia chinesa, especialmente do setor de petróleo, dificultam a interpretação da demanda interna, o que contribui para projeções distintas para 2024.
Processamento de petróleo na China – mbpd
Fonte: NBSC. Elaboração: StoneX.
Petróleo amanhece em leve alta Hoje pela manhã (15), as cotações operam em alta, com o contrato do Brent para vencimento em fevereiro/24 operando em USD 77,16 bbl (+0,4%) até as 09h00. O mercado segue mais otimista em relação a situação macroeconômica nos Estados Unidos em meio a decisões do Fed, além de se apoiar nas projeções de instituições como a IEA, OPEP e DOE sobre a demanda global em 2024.
Fonte: NYMEX, ICE, S&P, StoneX.
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