Na última quarta-feira (20), as cotações de futuros do Brent e WTI encerraram as negociações em alta, com o primeiro sendo cotado a USD 79,7 bbl (+0,59%) e a referência norte-americana a USD 74,22 bbl (+1,06%).
Pela terceira sessão consecutiva, os futuros do petróleo estendem ganhos, com o Brent acumulando uma alta semanal de quase 7,4%. O movimento ainda foi influenciado pelas questões envolvendo o Mar Vermelho e os impactos sobre os fluxos logísticos de petróleo, mas a divulgação do relatório de estoques dos Estados Unidos limitou os ganhos da sessão ao apontar um forte crescimento das reservas e da produção do país. Hoje pela manhã, o contrato mais ativo do Brent opera em queda, conforme agentes continuam reagindo ao cenário norte-americano.
EUA busca intensificar sanções contra Rússia Ontem, os Estados Unidos anunciaram algumas medidas para aumentar as imposições das sanções contra a exportação de petróleo russo. Uma coalizão defendeu ações para evitar o comércio do óleo bruto acima do price cap determinado pelo G7 (USD 60 bbl) ao passar exigir declarações de empresas de serviço marítimo ocidentais de que o petróleo russo negociado ficou abaixo do teto de preços. Além disso, impuseram sanções contra uma empresa russa que estaria transportando petróleo do país acima do price cap, entre outros participantes do mercado que também estariam burlando as determinações do G7. As medidas, assim, tentam controlar as brechas que surgiram desde o início das sanções contra a Rússia, que vem conseguindo exportar seu petróleo acima do preço determinado pelos aliados dos EUA.
Estoques em alta nos EUA De acordo com os dados divulgados pelo DOE, os estoques de petróleo, diesel e gasolina registraram alta frente a semana anterior. Para o óleo bruto, o crescimento foi de 2,9 milhões de barris, maior do que o apontado pelo API e contrário às expectativas do mercado, de queda em 2,3 milhões. A alta foi motivada principalmente por uma produção que segue expressiva, em 13,3 mbpd, quebrando novos recordes históricos. Em contrapartida, o consumo doméstico já opera acima das médias dos últimos cinco anos, em 16,5 mbpd, enquanto as exportações seguem próximas das máximas para o período (4,1 mbpd), fatores que permitiram um balanço menos superavitário para a semana. O fator de utilização das refinarias subiu 2,2 p.p., alcançando 92,4%, maior valor desde meados de setembro, o que já indica uma recuperação da produção de derivados – principalmente gasolina – no final de ano, marcado por um aumento sazonal da demanda por combustíveis.
Petróleo amanhece em baixa Hoje pela manhã (21), as cotações operam em baixa, com o contrato do Brent para vencimento em fevereiro/24 operando em USD 79,46 bbl (-0,3%) até as 09h00. Após dias de recuperação dos contratos em meio aos problemas logísticos no Mar Vermelho, os investidores precificam o aumento da oferta de petróleo nos Estados Unidos após o relatório do DOE.
Fonte: NYMEX, ICE, S&P, StoneX.
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