Na última terça-feira (19), as cotações de futuros do Brent e WTI encerraram a sessão em alta, com o primeiro sendo cotado a USD 87,38 bbl (+0,56%) e a referência norte-americana a USD 83,47 bbl (+0,91%).
O petróleo estendeu a alta das últimas sessões apoiado por alguns fatores altistas, levando os contratos do Brent a atingirem os maiores valores em quase 4 meses, operando acima da USD 87 bbl. Destaca-se os dados positivos do mercado de petróleo chinês e os riscos envolvendo a Rússia e Ucrânia, que já atuavam no início da semana e foram somados as notícias de redução da oferta de alguns países da OPEP+ (Arábia Saudita e Iraque), com esses fundamentos levando o Brent a acumular quase 6,6% de alta na semana. No entanto, os futuros já começam a ceder parte dos ganhos dos últimos dias nessa quarta-feira (20)
Hoje pela manhã (20), a sessão abriu em queda, com o contrato do Brent para vencimento em maio/24 operando em USD 86,58 bbl (-0,9%) até as 09h10. Mercado reverte parte dos avanços apesar da projeção do API de mais uma queda dos estoques de petróleo nos Estados Unidos, estendendo o movimento da semana passada, conforme investidores ficam atentos à decisão do Fed, mas, principalmente, os sinais que representantes do Banco Central podem oferecer sobre o início do ciclo de corte de juros no país.
API aponta queda dos estoques de petróleo De acordo com o API, as reservas de petróleo nos Estados Unidos recuaram 1,5 milhão de barris na semana passada, estendendo o movimento da semana passada. O número vem em linha com as estimativas de agentes do mercado, mas significa uma quebra da tendência sazonal da série, que costuma registrar a recomposição dos estoques de petróleo no período que antecede a “driving-season” no país. O API também apontou mais uma semana de queda dos estoques de gasolina (-1,5 milhão de barris), enquanto se teve uma recuperação das reservas de diesel (+512 mil barris) – o que pode refletir o consumo doméstico americano. Em geral, os investidores ainda aguardam a divulgação oficial do relatório DOE a fim de entender como tem sido o comportamento do maior mercado de petróleo no mundo.
Rússia é maior fornecedora de petróleo para China As importações de petróleo russo pela China atingiram o maior valor em seis meses no período entre janeiro e fevereiro, em 2,3 mbpd, consolidando Moscou como o principal fornecedor do país com um market-share de 20%. A Rússia já dominava o lineup de importações de petróleo na China e Índia ao longo de 2023, mas tem aumentado sua participação em detrimento de outros países, como Arábia Saudita, e, no caso das importações chinesas, Brasil e Estados Unidos – com o volume de petróleo brasileiro recuando 5,3% no período em comparação com o ano passado. A expectativa é que o país aprofunde essa tendência, especialmente com a possível queda das exportações de derivados, o que abriria mais petróleo russo para o mercado asiático, apesar das sanções norte-americanas.
- Os preços do gás natural nos EUA fecharam a sessão de ontem em alta, com o contrato mais ativo do Henry Hub operando em USD 1.744/MMBTU. No Brasil, considerando o contrato da Petrobras 2024/25, os preços do gás natural operaram com uma alta de 001% na sessão passado, alcançando USD 10.39822/MMBTU.
- Hoje, o contrato mais ativo do Henry Hub amanheceu com baixa de -0,92%, alcançando USD 1,728 MMBTU, ao passo que os preços do gás natural do Brasil - considerando Petrobras 24/25 - operam em baixa de -0,94%, próximos a USD 10,301 MMBTU.
Fonte: NYMEX, ICE, S&P, StoneX.
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