Na última terça-feira (14), as cotações de futuros do Brent e WTI encerraram a sessão em queda, com o primeiro sendo cotado a USD 82,38 bbl (-1,18%) e a referência norte-americana a USD 78,02 bbl (-1,39%).
O petróleo voltou registrar queda em meio perspectivas menos positivas sobre a política monetária do Fed após a divulgação do PPI de abril – o qual veio acima das expectativas iniciais. Com isso, os futuros do petróleo voltaram a atingir os piores valores em dois meses, revertendo os ganhos do início da semana. Nessa quarta-feira (15), os contratos chegaram a operar em alta no começo da sessão, conforme a atualização do relatório do API registrou uma queda maior do que antecipada das reservas de petróleo e gasolina nos Estados Unidos, mas o corte das projeções da IEA sobre a demanda global em 2024 reverteu essa tendência.
Assim, hoje pela manhã (15), o contrato do Brent para vencimento em julho/24 é negociado em torno de USD 81,85 bbl (-0,65%) até as 09h15. Como mencionado, a atualização das projeções da IEA influencia a queda dos futuros, com mercado também aguardando a divulgação do CPI de abril nos Estados Unidos nessa quarta-feira.
Inflação americana em alta Um dos fatores de queda na última sessão foi a atualização do Índice de Preços ao Produto (PPI) nos Estados Unidos. O indicador de abril veio acima das expectativas do mercado, aumentando 0,5% no mês com o acumulado do ano atingindo 2,2%. No entanto, o PPI de março foi revisado negativamente, com o índice cheio passando de +0,2% para -0,1%. Em geral, a divulgação desse indicador sinalizou uma inflação mais persistente nos Estados Unidos, que pode afetar a política monetária do Fed e o início do ciclo do corte de juros. No entanto, com esse resultado misto após a alteração do índice de março, investidores aguardam pela divulgação do Índice de Preços ao Consumidor (CPI) de abril nessa quarta-feira.
IEA revisa projeção de demanda global Em seu último relatório de perspectivas, a IEA reduziu suas projeções de demanda global em 2024, apontando um crescimento de 1,1 mbpd no ano, valor 140 kbpd menor do que a estimativa de abril. A queda está relacionada a uma menor demanda de países da OCDE no primeiro trimestre, especialmente na Europa, refletindo a menor atividade industrial e um inverno menos rigoroso – o qual limitou a demanda por diesel na região. Dessa maneira, se tem um aumento da diferença entre as estimativas da IEA e da OPEP em relação a demanda global (com o segundo estimando um crescimento de 2,25 mbpd da demanda em 2024), indicando duas visões bastante distintas sobre o mercado entre esses agentes. O tom mais cauteloso do reporte da IEA apoia a queda dos preços do petróleo no início da quarta-feira, reforçando as perspectivas de uma desaceleração do consumo global da commodity.
API registra queda dos estoques de petróleo A última atualização do API registrou uma queda de 3,1 milhões de barris de petróleo dos estoques norte-americanos, retração maior do que aquela estimada pelos agentes do mercado (-600 mil barris). O relatório também surpreendeu em relação a gasolina, conforme o instituto registrou queda de 1,2 milhão de barris das reservas, contra expectativa de aumento de 1 milhão no período. Dessa forma, mercado aguarda a divulgação oficial do DOE para entender a evolução do mercado doméstico norte-americano, mas caso essas quedas maiores se concretizem, indicam uma dificuldade do país em elevar seus estoques em meio a maior demanda interna (gasolina) e das exportações (petróleo).
- Os preços do gás natural nos EUA fecharam a sessão de ontem em baixa, com o contrato mais ativo do Henry Hub operando em USD 2.344/MMBTU. No Brasil, considerando o contrato da Petrobras 2024/25, os preços do gás natural operaram com uma baixa de -001% na sessão passado, alcançando USD 9.80322/MMBTU.
- Hoje, o contrato mais ativo do Henry Hub amanheceu com alta de 0,64%, alcançando USD 2,359 MMBTU, ao passo que os preços do gás natural do Brasil - considerando Petrobras 24/25 - operam em alta de 0,04%, próximos a USD 9,807 MMBTU.
Fonte: NYMEX, ICE, S&P, StoneX.
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