Na última semana, as cotações de futuros do contrato mais ativo do Brent acumularam alta de 1,44%, negociadas a USD 83,98 bbl na última sexta-feira (17), enquanto o WTI registrou um avanço semanal de 2,3%, negociado em USD 80,06 bbl.
Os contratos reverteram as quedas registradas no início da semana – as quais chegaram a levar os futuros do Brent para o menor nível desde março. Essa recuperação foi apoiada por perspectivas mais positivas sobre o início do corte de juros do Fed após a divulgação do CPI de abril nos Estados Unidos, além da melhora de dados econômicos na China em abril, especialmente com o anúncio de pacotes de estímulos para o setor imobiliário no país. Assim, os fatores altistas no período contribuíram para a primeira alta semanal do petróleo em três semanas.
Nessa segunda-feira (20), o petróleo opera em queda, com o contrato do Brent para vencimento em julho/24 é negociado em torno de USD 83,79 bbl (-0,21%) até as 09h0. Apesar de iniciar o dia em alta refletindo o acidente de helicóptero envolvendo o presidente do Irã, Ebrahim Raisi, os futuros da commodity reverteram essa tendência, conforme mercado entende que o ocorrido não deve afetar a política de petróleo iraniana no curto prazo.
Acidente envolvendo autoridades iranianas No domingo, um acidente de helicóptero vitimando autoridades iranianas, entre elas o presidente Ebrahim Raisi e o ministro de relações exteriores Hossein Amirabdollahian movimenta mercado de petróleo. O ocorrido leva ao aumento de tensões no Oriente Médio envolvendo a política iraniana, conforme as mudanças internas do país e da linha de sucessão para o cargo de líder supremo (aiatolá) tende a impactar a geopolítica na região. Dessa forma, os futuros do petróleo chegaram a avançar fortemente no início da sessão da segunda-feira (20), mas reverteram os ganhos conforme mercado entende que a morte do presidente não deve afetar a política de petróleo do Irã no curto prazo, e nem a decisão das cotas produtivas da OPEP+ na próxima reunião do grupo, que ocorrerá em 1º de junho.
Outro fator que chama atenção do mercado de petróleo nessa segunda-feira é a situação de saúde do rei da Arábia Saudita, a qual forçou o adiamento de um encontro entre o príncipe do país e o Japão programado para essa semana. Em geral, esse fator pode ocasionar em mais uma transição de poder no Oriente Médio, dessa vez envolvendo o maior produtor de petróleo da região.
China reduz exportações de derivados em abril As exportações de derivados pela China recuaram 39,5% em abril, de acordo com a atualização dos dados do GAAC. O volume total é quase 779 kbpd menor em relação a março - mês que registrou o maior pico de exportações em 14 meses -, com o resultado de abril influenciado pela queda do processamento de petróleo no mês em meio a manutenção de grandes refinarias. Entre os combustíveis, destaca-se a queda das exportações de gasolina (-50,8% a.a), afetada tanto pela queda das taxas de refino, mas também recuperação do mercado interno, limitando o excedente exportável no mês. Entre os demais derivados, observou-se uma queda mensal das exportações de óleo disel e de querosene de aviação, mas, no comparativo com abr/23, os volumes seguem bastante elevados, registrando alta de 21,8% e 90,4%, respectivamente. A tendência é que as exportações sigam elevadas em maio, conforme a normalização do parque de refino interno apoie a produção de combustíveis.
- Os preços do gás natural nos EUA fecharam a sessão de ontem em alta, com o contrato mais ativo do Henry Hub operando em USD 2.626/MMBTU. No Brasil, considerando o contrato da Petrobras 2024/25, os preços do gás natural operaram com uma alta de 001% na sessão passado, alcançando USD 9.99362/MMBTU.
- Hoje, o contrato mais ativo do Henry Hub amanheceu com alta de 0,72%, alcançando USD 2,645 MMBTU, ao passo que os preços do gás natural do Brasil - considerando Petrobras 24/25 - operam em baixa de -0,33%, próximos a USD 9,960 MMBTU.
Fonte: NYMEX, ICE, S&P, StoneX.
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