Na última segunda-feira (20), as cotações de futuros do Brent e WTI encerraram a sessão em queda, com o primeiro sendo cotado a USD 83,71 bbl (-0,32%) e a referência norte-americana a USD 79,80 bbl (-0,32%).
O petróleo se manteve pressionado em meio as falas de representantes do Fed sobre as incertezas de que a inflação americana esteja se direcionando para as metas de longo prazo determinadas pelo banco central dos EUA, aumentando os receios sobre uma possível extensão do período de taxas de juros operando nos patamares atuais. Paralelo a isso, apesar da instabilidade política no Oriente Médio gerada pela morte do presidente do Irã e a condição médica do rei da Arábia Saudita, entende-se que esses eventos não acarretarão mudanças sobre a política petrolífera desses países, causando pouco efeito sobre as cotações do petróleo.
Hoje pela manhã (21), o contrato do Brent para vencimento em julho/24 é negociado em torno de USD 82,24 bbl (-1,77%) até as 09h10. Os receios macroeconômicos seguem influenciando negativamente as cotações do óleo bruto, conforme as perspectivas menos otimistas sobre as próximas decisões do Fed pressionam as expectativas sobre a demanda global por petróleo e derivados.
Representantes do Fed esperam continuidade da política atual Ao longo da sessão de ontem, dois vice presidentes do Fed e o presidente regional do Fed de Atlanta confirmaram que os indicadores inflacionários, apesar de apresentarem uma desaceleração do crescimento na última publicação, não entregam clareza sobre uma maior proximidade com as metas estipuladas pelo banco central norte-americano. Tal situação trouxe perspectivas sobre uma extensão da política monetária contracionista atual, pressionando as cotações do petróleo em meio ao entendimento que esse tipo de movimentação por parte do Fed acarreta diminuição das atividades econômicas nos EUA, influenciando em uma redução do consumo de energéticos no país, incluindo o óleo bruto e seus derivados.
Índia expande compras de petróleo russo De acordo com rastreadoras marítimas, as importações indianas de petróleo russo alcançaram em abril o maior valor dos últimos nove meses, totalizando 1,8 mbpd internalizados. O volume é 8,2% maior frente ao observado em março, e reflete uma retomada das compras em meio a redução dos receios de que as cargas russas sejam barradas pelo G7. Em fevereiro, a Sovcomflot, principal empresa de transporte marítimo da Rússia, havia sido acusada pelos EUA de romper as sanções aplicadas pelo país contra as exportações de petróleo e derivados promovidas por Moscou, gerando temores por parte das refinarias indianas sobre a continuidade das compras de altos volumes da commodity negociada pela Rússia. Nos últimos meses, no entanto, esse receio parece diminuir, em meio a compreensão do mercado de que os países do G7 devem manter um monitoramento menor sobre as vendas de energéticos pela Rússia devido aos altos preços do petróleo praticados no mercado internacional, com uma eventual redução dos fluxos acarretando um aperto mais significativo no balanço global de O&D.
- Os preços do gás natural nos EUA fecharam a sessão de ontem em alta, com o contrato mais ativo do Henry Hub operando em USD 2,751/MMBTU. No Brasil, considerando o contrato da Petrobras 2024/25, os preços do gás natural operaram com uma baixa de -0,32% na sessão passado, alcançando USD 9,96149/MMBTU.
- Hoje, o contrato mais ativo do Henry Hub amanheceu com alta de 1,45%, alcançando USD 2,791 MMBTU, ao passo que os preços do gás natural do Brasil - considerando Petrobras 24/25 - operam em baixa de -1,54%, próximos a USD 9,808 MMBTU.
Fonte: NYMEX, ICE, S&P, StoneX.
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