Na última terça-feira (28), as cotações de futuros do Brent encerraram a sessão em alta, sendo cotado a USD 84,22 bbl (+1,35%). Os contratos do WTI também acompanharam a alta, negociados a USD 79,83 bbl (+2,71%).
Os preços do petróleo estenderam a alta de sessões anteriores, apoiados pelo acirramento de tensões na faixa de Gaza nos últimos dias em meio a expectativa de operações militares israelenses na cidade de Rafah. Além disso, as perspectivas de que a OPEP+ irá estender os cortes voluntários para o terceiro trimestre na próxima reunião do grupo, que será realizada neste domingo (02, também apoiam os futuros, conforme a medida tende a apertar o balanço global da commodity no segundo semestre.
Hoje pela manhã (29), o contrato do Brent para vencimento em julho/24 é negociado em torno de USD 84,8 bbl (+0,7%) até as 08h30. Em meio a ausência de novos fundamentos, os preços seguem movimentados pelas expectativas dos investidores, apoiados tanto pelas tensões no Oriente Médio como também em relação à política produtiva da OPEP+, que será decidida no próximo final de semana.
Índia registra aumento das importações de petróleo De acordo com dados oficiais, as importações de petróleo indianas cresceram 7% a.a em abril, atingindo 21,33 milhões de toneladas. O número também é maior do que aquele registrado em março (20,69 milhões) e indica uma forte demanda interna no país, que deve seguir registrando crescimento ao longo de 2024 em meio as perspectivas de um forte crescimento econômico no ano. Além da economia aquecida, outro fator que apoia o aumento das importações de petróleo é o estreitamento do comércio com a Rússia, com Nova Delhi adquirindo o óleo russo a preços mais competitivos que outras referências devido às sanções no mercado internacional. A índia já é o terceiro maior consumidor e importador global de petróleo, e a expectativa para o médio e longo prazo é que o país passe a liderar o crescimento da demanda global da commodity em meio ao crescimento esperado da economia indiana.
Processamento de petróleo na China pode recuar em maio De acordo com fontes do mercado, a China pode registrar mais um mês de uma menor taxa de processamento de petróleo devido a sequência do período de manutenções em refinarias, além de uma demanda doméstica menos aquecida para alguns combustíveis, como óleo combustível. O resultado de abril já havia atingido o menor nível em quatro meses (14,36 mbpd), com cerca de 1,32 mbpd da capacidade de processamento offline, e, de acordo com estimativas da S&P Global, esse valor atingiu 1,9 mbpd em maio. Ademais a queda da demanda por combustíveis como diesel e óleo combustível, influenciada pela desaceleração em setores intensivos desses derivados (construção) contribui para a queda do volume processado. A demanda chinesa ao longo de 2024 ainda segue uma questão para os investidores, conforme o país registra resultados mistos na economia que oferecem pouca clareza sobre a capacidade chinesa de dinzamizar seu mercado interno, e, consequentemente, influenciar o consumo de petróleo.
- Os preços do gás natural nos EUA fecharam a sessão de ontem em baixa, com o contrato mais ativo do Henry Hub operando em USD 0/MMBTU. No Brasil, considerando o contrato da Petrobras 2024/25, os preços do gás natural operaram com uma alta de 1,19% na sessão passado, alcançando USD 9,8889/MMBTU.
- Hoje, o contrato mais ativo do Henry Hub amanheceu com baixa de -1,04%, alcançando USD 2,563 MMBTU, ao passo que os preços do gás natural do Brasil - considerando Petrobras 24/25 - operam em alta de 0,77%, próximos a USD 10,100 MMBTU.
Fonte: NYMEX, ICE, S&P, StoneX.
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