Na última quarta-feira (05), as cotações de futuros do Brent encerraram a sessão em alta, sendo cotado a USD 78,41 bbl (+1,15%). Os contratos do WTI também acompanharam a alta, negociados a USD 74,07 bbl (+1,12%).
Os preços do petróleo recuperaram parte das perdas observadas nas duas sessões anteriores, conforme as perspectivas do mercado sobre uma tendência de início dos cortes da taxa de juros americana a partir de setembro passaram a se firmar de maneira mais consolidada, entregando otimismo aos agentes financeiros.
Hoje pela manhã (06), o contrato do Brent para vencimento em agosto/24 é negociado em torno de USD 78,83 bbl (+0,41%) até as 09h50. O mercado segue recuperando as fortes perdas observadas no início da semana, em meio as perspectivas mais otimistas em relação às decisões do FED e um avanço do consumo de petróleo no mercado norte-americano.
DOE segue em linha com o divulgado pelo API De acordo com os dados divulgados pelo DOE, as reservas de petróleo nos EUA subiram 1,23 milhão de barris na semana. O comportamento reflete uma elevação das importações da commodity no período, passando a operar acima das médias históricas dos últimos cinco anos, com a produção se mantendo em patamares avançados. Vale destacar, no entanto, que a demanda e as exportações também cresceram, operando acima das máximas históricas para o período e refletindo um consumo aquecido de petróleo no mercado norte-americano nesse início de driving season no país, com os agentes apostando para um aumento das viagens de verão frente ao observado no ano anterior. As reservas de gasolina e diesel também cresceram, na ordem de 2,1 milhões e 3,2 milhões de barris. Apesar da queda da produção, os estoques de gasolina foram suportados pela redução do consumo e das exportações do derivado, enquanto as reservas de diesel cresceram influenciadas pela expansão da produção doméstica e a diminuição sazonal da demanda interna pelo combustível.
Arábia Saudita reduz preços de venda para a Ásia Conforme antecipado pelo mercado, a Saudi Aramco anunciou uma redução dos preços oficiais de venda de petróleo (OSP, sigla em inglês) para compradores asiático. A queda dos OSP foi a primeira em cinco meses, e reflete a tentativa da Arábia Saudita de aumentar a competitividade do seu produto na Ásia, região responsável por 82% das vendas sauditas da commodity. Vale destacar que, ao longo dos últimos meses, o mercado observou um aumento das exportações russas para o continente, principalmente a partir dos contratos estabelecidos com refinarias chinesas e indianas. Mais recentemente, a firmação de um acordo de compra de petróleo pela indiana Reliance – maior complexo petrolífero do mundo – com a russa Rosneft em rublos acabou chamando a atenção do governo saudita, trazendo um receio de que a Saudi Aramco perdesse uma parcela ainda maior do seu marketshare na Ásia. Paralelo a isso, a determinação de uma redução dos cortes voluntários dos países da OPEP+ a partir de outubro contribui para a busca de uma ampliação do mercado saudita.
- Os preços do gás natural nos EUA fecharam a sessão de ontem em alta, com o contrato mais ativo do Henry Hub operando em USD 2,757/MMBTU. No Brasil, considerando o contrato da Petrobras 2024/25, os preços do gás natural operaram com uma alta de 1,15% na sessão passado, alcançando USD 9,33079/MMBTU.
- Hoje, o contrato mais ativo do Henry Hub amanheceu com alta de 0,47%, alcançando USD 2,77 MMBTU, ao passo que os preços do gás natural do Brasil - considerando Petrobras 24/25 - operam em alta de 0,64%, próximos a USD 9,390 MMBTU.
Fonte: NYMEX, ICE, S&P, StoneX.
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