Na última quinta-feira (13), as cotações de futuros do Brent encerraram a sessão em leve alta, sendo cotado a USD 82,75 bbl (+0,18%). Os contratos do WTI também acompanharam a alta, negociados a USD 78,62 bbl (+0,15%).
Os investidores seguiram influenciados pela posição mais conservadora do Fed, com as falas mais firmes anulando o efeito de dados mais brandos para inflação e mercado de trabalho nos EUA. Ainda assim, os preços conseguiram registrar uma leve alta nessa quinta-feira, refletindo alguns fatores geopolíticos e perspectivas de um balanço deficitário trazido pela IEA e OPEP no início da semana. Em geral, a menor variação dos preços indica um mercado mais cauteloso, aguardando maiores direcionamentos em meio fundamentos mistos da última semana.
Hoje pela manhã (14), o contrato do Brent para vencimento em agosto/24 é negociado em torno de USD 83,09 bbl (+0,4%) até as 09h00. O petróleo estende a alta pelo quinto dia consecutivo, o que deve levar os futuros acumularem 3,61% de alta na semana e reverter parte da queda registrada desde o anúncio da OPEP+ no último dia 02.
OPEP defende expansão do consumo de petróleo O secretário geral da OPEP reforçou que o grupo não enxerga um pico do consumo de petróleo num horizonte próximo, em oposição as estimativas da IEA de um pico em 2029. A OPEP estima que a demanda global deva atingir 116 mbpd até 2045, conforme o avanço de veículos elétricos e de energias renováveis não será suficiente para dispensar combustíveis fósseis – que atualmente correspondem por 80% da matriz energética global. Em geral, a discrepância entre as visões sobre o mercado entre OPEP e IEA tem chamado atenção do mercado, especialmente para 2024, conforme a primeira estima um crescimento de 2,25 mbpd enquanto a segunda um aumento de apenas 0,9 mbpd. Dessa forma, se tem direcionamentos mistos sobre o balanço global desse ano, o que também reflete em diferentes efeitos sobre os preços, com mercado aguardando a demanda global no terceiro trimestre após os primeiros períodos do ano apresentarem uma desaceleração do consumo.
Lineup de combustíveis De acordo com a última atualização do lineup, as importações de diesel em junho devem se recuperar frente meses anteriores, chegando a 1,5 milhões de m³. O valor seria o maior para a série em quase cinco meses, podendo refletir preços do diesel mais competitivo no mercado internacional frente o combustível comercializado pela Petrobras (com preço estável desde o final de dezembro de 2023), especialmente o diesel russo, que é comercializado a um desconto maior frente outras referências. Assim, mesmo em um momento de produção aquecida nas refinarias domésticas, mercado pode se voltar mais para o produto internacional frente esse diferencial de preços em meio também um consumo aquecido pelo combustível.
- Os preços do gás natural nos EUA fecharam a sessão de ontem em baixa, com o contrato mais ativo do Henry Hub operando em USD 2,959/MMBTU. No Brasil, considerando o contrato da Petrobras 2024/25, os preços do gás natural operaram com uma alta de 0,18% na sessão passado, alcançando USD 9,84725/MMBTU.
- Hoje, o contrato mais ativo do Henry Hub amanheceu com alta de 0,64%, alcançando USD 2,978 MMBTU, ao passo que os preços do gás natural do Brasil - considerando Petrobras 24/25 - operam em alta de 0,23%, próximos a USD 9,870 MMBTU.
Fonte: NYMEX, ICE, S&P, StoneX.
Este documento contém opiniões do autor e não necessariamente reflete as estratégias da StoneX. As previsões de mercado são especulativas e podem variar. O investidor é responsável por qualquer decisão baseada neste material. A StoneX só negocia com clientes que atendem aos critérios legais. O aviso legal completo está em https://brasil.stonex.com/aviso-legal/.
É proibida a cópia ou redistribuição deste material sem permissão da StoneX.
© 2024 StoneX Group, Inc.