Na última quarta-feira (26), as cotações de futuros do Brent encerraram a sessão estáveis, sendo cotado a USD 85,25 bbl (+0,28%). Os contratos do WTI também acompanharam essa trajetória, negociados a USD 80,9 bbl (+0,09%).
Apesar da alta dos estoques de petróleo e gasolina nos EUA frustrar as perspectivas de uma demanda mais aquecida por combustíveis no país, os riscos em relação ao avanço dos conflitos entre Israel e Hezbollah segue servindo de suporte as cotações da commodity, em meio aos receios de novos problemas logísticos na região.
Hoje pela manhã (27), o contrato do Brent para vencimento em agosto/24 é negociado em torno de USD 85,64 bbl (+0,46%) até as 09h00. Os receios relacionados a entrada de novos agentes no Oriente Médio seguem influenciando positivamente as cotações do petróleo.
Estoques de petróleo e gasolina em alta nos EUA De acordo com os dados divulgados pelo DOE, os estoques americanos de petróleo cresceram 3,95 milhões de barris, volume acima do divulgado pelo API e contrário ao esperado pelo mercado, que apontava queda em 2,82 milhões de barris. Pela terceira semana seguida, o consumo da commodity operou em baixa, seguindo a sazonalidade de anos anteriores. Somado a isso, o mercado observou uma leve redução das exportações, com a produção se mantendo em patamares elevados, garantindo o balanço deficitário da commodity no período. As reservas de gasolina também operaram em alta, com a demanda pelo derivado caindo no período, ficando abaixo das médias históricas e surpreendendo o mercado, que aguardava um consumo doméstico mais aquecido. Os estoques de diesel, por outro lado, mostraram um crescimento na semana, influenciado pelo avanço das exportações, que atingiu o terceiro maior valor para o ano, conforme o consumo interno do combustível segue fragilizado.
Riscos crescem no Oriente Médio Ao longo dos últimos dias, os receios em relação à uma possível extensão do conflito no Oriente Médio vem ganhando força. Desde o início da semana, o governo norte-americano vem trabalhando uma proposta de acordo diplomático para evitar uma escalada das tensões entre Israel e o grupo Hezbollah, do Líbano, em meio aos ataques registrados no norte do território israelense como resposta às ofensivas na região de Gaza. A preocupação do mercado é de que a entrada de novos atores no conflito cause disrupções logísticas no Mar Vermelho, com os ataques houthis se intensificando na região. Paralelo a isso, há um receio de que países produtores de petróleo passem a ser mais impactados pela situação, gerando um prêmio relacionado a esses riscos de eventuais problemas relacionados ao escoamento da commodity para a Ásia ou Europa, por exemplo.
- Os preços do gás natural nos EUA fecharam a sessão de ontem em baixa, com o contrato mais ativo do Henry Hub operando em USD 2,628/MMBTU. No Brasil, considerando o contrato da Petrobras 2024/25, os preços do gás natural operaram com uma alta de 0,28% na sessão passado, alcançando USD 10,14475/MMBTU.
- Hoje, o contrato mais ativo do Henry Hub amanheceu com alta de 5,33%, alcançando USD 2,768 MMBTU, ao passo que os preços do gás natural do Brasil - considerando Petrobras 24/25 - operam em alta de 0,46%, próximos a USD 10,191 MMBTU.
Fonte: NYMEX, ICE, S&P, StoneX.
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