Na última terça-feira (02), as cotações de futuros do Brent encerraram a sessão em queda, sendo cotado a USD 86,24 bbl (-0,42%). Os contratos do WTI também acompanharam essa trajetória, negociados a USD 82,81 bbl (-0,68%).
O petróleo voltou a recuar na última sessão apesar dos riscos nos Oriente Médio e perspectivas de um furacão Beryl mais forte que se previa anteriormente, com investidores realizando lucros, mas também revendo os fundamentos que apoiaram a alta expressiva do dia anterior. Ademais, parte da queda foi amenizada em meio a atualização do API sobre os estoques de petróleo nos EUA, registrando um recuo maior do que antecipado pelos agentes.
Hoje pela manhã (03), o contrato do Brent para vencimento em setembro/24 é negociado em torno de USD 86,3 bbl (+0,08%) até as 09h15. Mercado aguarda a divulgação do relatório DOE após o API registrar uma queda de 9,1 milhões de barris dos estoques americana, com investidores buscando entender o cenário da demanda do país na semana que costuma preceder o pico da driving season no país.
Produção brasileira cresce em maio De acordo com a ANP, a produção nacional de petróleo se recuperou em maio, ficando em 3,18 mbpd no mês – um crescimento de 3,9% na comparação com abril e 3,6% acima em relação ao mesmo período no ano passado. Considerando o acumulado entre janeiro e maio, a média é de 3,3 mbpd, o que representa um avanço de 6% em relação ao acumulado de 2023, indicando um forte aumento da produtividade dos campos que deve levar o país a superar o recorde de produção alcançado em 2023 caso se mantenha esse ritmo dos primeiros meses do ano. Para junho, entretanto, as perspectivas apontam uma queda da produção nacional devido a alguns fatores, entre eles se tem a manutenção programada de alguns campos que afeta a operação, mas também a greve do IBAMA, cuja paralização afeta a emissão de licenças. Ademais, mesmo com uma eventual queda da produção entre junho e julho, as perspectivas ainda seguem mais otimistas quando se considera 2024 como um todo.
API registra queda dos estoques nos EUA Na última atualização do API, o instituto registrou uma queda de 9,1 milhões de barris nos estoques americanos, valor bem acima daquele estimado pelo mercado (-1,9 milhão), o que também representa uma variação semanal maior do que se costuma registrar no país. No caso dos derivados, o API divulgou uma forte alta dos estoques de gasolina, em 2,4 milhões de barris, contra expectativa média de queda de -1,25 milhão, enquanto diesel seguiu registrando um leve recuo semanal (-740 mil barris). No caso da gasolina, essa alta pode estar associada a uma menor demanda doméstica e ao aumento da produção, conforme refinarias se preparam para atender o pico de consumo da “driving-season” que costuma ser verificado no mês de julho. Ademais, diante dos dados do instituto ontem a tarde, o petróleo conseguiu reverter parte das perdas ao longo do dia, com essa forte queda das reservas do óleo bruto servindo como suporte aos preços. Dessa maneira, espera-se que o relatório divulgado pelo DOE hoje poderá movimentar bastante o mercado.
- Os preços do gás natural nos EUA fecharam a sessão de ontem em baixa, com o contrato mais ativo do Henry Hub operando em USD 2,435/MMBTU. No Brasil, considerando o contrato da Petrobras 2024/25, os preços do gás natural operaram com uma baixa de -0,42% na sessão passado, alcançando USD 10,26256/MMBTU.
- Hoje, o contrato mais ativo do Henry Hub amanheceu com baixa de -0,08%, alcançando USD 2,433 MMBTU, ao passo que os preços do gás natural do Brasil - considerando Petrobras 24/25 - operam em baixa de 0,00%, próximos a USD 10,263 MMBTU.
Fonte: NYMEX, ICE, S&P, StoneX.
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