Na última quarta-feira (10), as cotações de futuros do Brent encerraram a sessão em alta, sendo cotado a USD 85,08 bbl (+0,50%). Os contratos do WTI também acompanharam essa trajetória, negociados a USD 82,10 bbl (+0,85%).
Os preços do petróleo reagiram positivamente à queda dos estoques da commodity nos EUA, que operaram em baixa pela segunda semana seguida. Paralelo a isso, a perspectiva da OPEP+ de que a driving season americana seja marcada por uma demanda mais aquecida frente a anos anteriores contribuiu para a escalada das cotações na sessão de ontem.
Hoje pela manhã (11), o contrato do Brent para vencimento em setembro/24 é negociado em torno de USD 85,41 bbl (+0,40%) até as 08h30. Os preços seguem reagindo à redução das reservas de petróleo e gasolina nos EUA, com as perspectivas de um consumo mais aquecido ao longo do terceiro trimestre do ano se ampliando.
Estoques de petróleo e gasolina caem nos EUA Seguindo comportamento esperado pelo mercado, as reservas americanas de petróleo operaram pela segunda semana em queda. A baixa reflete principalmente o crescimento contínuo da demanda doméstica – que alcançou o segundo melhor resultado anual, se posicionando em linha com as máximas históricas para o período –, com o fator de utilização das refinarias operando acima dos 95%. Outro fator que contribuiu para a deterioração dos estoques da commodity se deu na manutenção de altos volumes destinados para a exportação, pressionando o balanço de O&D semanal, mesmo em um cenário de produção e importação de petróleo em patamares elevados. As reservas de gasolina no país também operaram em queda. Apesar da produção do combustível atingir o maior valor em 14 meses, o forte consumo interno e as exportações aquecidas do derivado permitiram um cenário deficitário ao longo da semana passada. Os estoques de diesel, por outro lado, operaram em alta, com a leve expansão da produção doméstica e das importações compensando as exportações aquecidas do combustível.
OPEP+ espera driving season aquecida No relatório mensal divulgado pela OPEP+, o grupo reafirmou as perspectivas de que o consumo de petróleo ao longo do verão no hemisfério norte global se mantenha mais aquecido do que em anos anteriores, contribuindo para uma redução dos estoques globais ao longo do período. Paralelo a isso, seguindo linha contrária ao divulgado pela BP nessa semana, a OPEP+ manteve as suas projeções de expansão da demanda pela commodity ao longo de 2025, explicando-a através das perspectivas de um avanço da economia global. As diferentes visões em relação à evolução da demanda por petróleo ao longo dos próximos anos pelos principais agentes petrolíferos segue contribuindo para a geração de incertezas no mercado, de modo que os relatórios acabam trazendo impactos menores aos preços frente a períodos anteriores.
OPEP+ segue reduzindo a produção Ainda conforme o relatório divulgado pela OPEP+, a produção total do grupo operou em queda ao longo do mês de junho, totalizando 40.801 kbpd (-125 kbpd). A diminuição veio principalmente da Rússia (-114 kbpd), que seguiu se comprometendo com as reduções anunciadas entre maio e junho. A Arábia Saudita também registrou queda da sua oferta, em 76 kbpd, ao passo que Cazaquistão, Líbia, Irã e Azerbaijão mostraram um crescimento produtivo. No geral, a redução da oferta total do grupo já era esperada pelo mercado, conforme os planos de compensação sinalizados pela Rússia e pelo Iraque nos últimos meses, que vinham operando com uma oferta acima do limite estabelecido pelos acordos do grupo. Para os próximos meses, a tendência é de um encurtamento ou estabilidade da produção da OPEP+, conforme o grupo mantém os tetos inalterados até outubro/23.
- Os preços do gás natural nos EUA fecharam a sessão de ontem em baixa, com o contrato mais ativo do Henry Hub operando em USD 2,329/MMBTU. No Brasil, considerando o contrato da Petrobras 2024/25, os preços do gás natural operaram com uma alta de 0,50% na sessão passado, alcançando USD 10,12452/MMBTU.
- Hoje, o contrato mais ativo do Henry Hub amanheceu com baixa de -0,64%, alcançando USD 2,314 MMBTU, ao passo que os preços do gás natural do Brasil - considerando Petrobras 24/25 - operam em alta de 0,47%, próximos a USD 10,172 MMBTU.
Fonte: NYMEX, ICE, S&P, StoneX.
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