Na última quarta-feira (24), as cotações de futuros do Brent encerraram a sessão em alta, sendo cotado a USD 81,71 bbl (+0,86%). Os contratos do WTI também acompanharam essa trajetória, negociados a USD 77,59 bbl (+0,82%).
Na sessão de ontem, o petróleo recuperou parte das perdas semanais em meio a queda dos estoques de petróleo, diesel e gasolina nos EUA, fator que trouxe um maior otimismo ao mercado em relação à demanda pela commodity e derivados ao longo da driving season americana.
Hoje pela manhã (25), o contrato do Brent para vencimento em setembro/24 é negociado em torno de USD 80,35 bbl (-1,63%) até as 09h00. O avanço das conversas de cessar-fogo no Oriente Médio e os riscos macroeconômicos observados na China passam a pesar de maneira mais intensa sobre os preços do petróleo, que alcançaram nessa manhã o menor valor desde o início de fevereiro.
Estoques de petróleo nos EUA seguem em queda De acordo com os dados divulgados pelo DOE, as reservas comerciais de petróleo nos EUA alcançaram o menor valor desde início de fevereiro, totalizando 436 milhões de barris. A redução – que veio em linha com o apontado pelo API e as expectativas do mercado – reflete a contínua transferência de barris para as reservas estratégicas americanas (SPR, sigla em inglês), que desde fevereiro registraram um aumento acumulado 16,4 milhões de barris, em meio a busca do DOE de promover uma recomposição das SPR até o final do ano. Vale destacar que a manutenção de exportações elevadas e a queda das importações da commodity foram outros fatores que auxiliaram na deterioração dos estoques comerciais.
As reservas de gasolina e diesel também caíram, na ordem de 5,6 milhões e 2,8 milhões de barris, respectivamente. No caso da gasolina, a queda semanal registrada foi a maior desde março, em meio a uma forte recuperação do consumo – que alcançou o maior valor desde novembro/23 – e das exportações, pressionando os estoques mesmo em um cenário de produção doméstica em alta. Em relação ao diesel, a manutenção de vendas ao exterior elevadas e importações desaquecidas garantiram o balanço deficitário do combustível no período.
Produção de derivados no Brasil opera em queda De acordo com os dados divulgados pela ANP, a produção de derivados pelas refinarias brasileiras em junho alcançou 10,45 milhões de m³, marcando queda de 2,6% em relação ao mesmo período do ano passado. A redução veio principalmente a partir do diesel S500 (-4,4%) e da nafta (-19%), ao passo que a produção de diesel S10 e de gasolina A cresceram na ordem de 6,2% e 5,9%, respectivamente. Vale destacar que, apesar da diminuição da oferta de derivados em junho, quando analisado o primeiro semestre de 2024, observa-se uma expansão do indicador em 1,9%, em meio a um fator de utilização mais aquecido das refinarias da Petrobras nos primeiros quatro meses do ano.
- Os preços do gás natural nos EUA fecharam a sessão de ontem em baixa, com o contrato mais ativo do Henry Hub operando em USD 2,117/MMBTU. No Brasil, considerando o contrato da Petrobras 2024/25, os preços do gás natural operaram com uma alta de 0,86% na sessão passado, alcançando USD 9,72349/MMBTU.
- Hoje, o contrato mais ativo do Henry Hub amanheceu com alta de 1,13%, alcançando USD 2,141 MMBTU, ao passo que os preços do gás natural do Brasil - considerando Petrobras 24/25 - operam em baixa de -1,42%, próximos a USD 9,585 MMBTU.
Fonte: NYMEX, ICE, S&P, StoneX.
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