Na última segunda-feira (29), as cotações de futuros do Brent encerraram a sessão em queda, sendo cotado a USD 79,78 bbl (-1,66%). Os contratos do WTI também acompanharam essa trajetória, negociado em USD 75,81 bbl (-1,75%).
O contrato mais ativo do Brent passa a operar abaixo dos USD 80 bbl pela primeira vez desde início de junho, em meio as perspectivas de que as recentes ofensivas entre Hezbollah e Israel não se estendam para um conflito de grandes escalas no Oriente Médio, reduzindo assim os prêmios de risco sobre a oferta de petróleo e derivados na região.
Hoje pela manhã (30), o contrato do Brent para vencimento em setembro/24 é negociado em torno de USD 79,13 bbl (-0,83%) até as 09h00. A situação no Oriente Médio e as perspectivas de uma economia chinesa menos aquecida seguem pressionando as cotações do óleo bruto para baixo, com o foco do mercado passando a se direcionar para as decisões do Fed e do BOJ a serem feitas amanhã (31) em relação a taxa de juros básica dos EUA e Japão.
Israel não espera extensão territorial do conflito De acordo com algumas fontes do governo de Israel, as possíveis ofensivas israelenses contra o Hezbollah como contrapartida aos ataques promovidos pelo grupo na fronteira entre Israel e Líbano não devem se escalar para outros países do Oriente Médio. Ao longo do fim de semana, a comunidade internacional mostrou forte preocupação em relação a um aumento dos conflitos na região, conforme autoridades do Irã confirmaram que qualquer ofensiva promovida por Israel no Líbano poderia elevar as tensões no Oriente Médio, fator que inclusive trouxe receios sobre novos impactos no fluxo de petróleo e derivados. A perspectiva de que o conflito não se estenda acabou por pressionar as cotações do óleo bruto, em meio ao entendimento de que a oferta da commodity deverá seguir normalizada no curto prazo.
Petrobras reduz produção de petróleo no segundo trimestre De acordo com o Relatório de Produção e Vendas da Petrobras, a produção de petróleo pela estatal alcançou 2,66 mbpd no segundo trimestre de 2024 (2T24), marcando alta de 2,3% quando comparado ao mesmo trimestre de 2023 (2T23), mas operando com uma queda de 2,8% em relação ao 1T24. Conforme confirmado no relatório, a redução entre o 1T24 e o 2T24 reflete a redução da oferta via o pré-sal, que caiu 10,8% no período, em meio às perdas causadas pelo processo de manutenção programada de algumas plataformas offshore e “intervenções não planejadas para atendimento aos requisitos de segurança operacional”. O relatório também cita o declínio natural e a maior maturidade dos campos em que opera como motivador da redução da oferta, que é observada a nível nacional também para o período. Na frente das refinarias, o FUT alcançou 91% ao longo do 2T24, marcando queda de 2 p.p. no comparativo com o 2T23 e de 1 p.p. em relação ao 1T24, apesar da oferta de gasolina e diesel se mostrar maior no período, com a empresa buscando ampliar a produção de combustíveis com maior valor agregado.
- Os preços do gás natural nos EUA fecharam a sessão de ontem em baixa, com o contrato mais ativo do Henry Hub operando em USD 1,907/MMBTU. No Brasil, considerando o contrato da Petrobras 2024/25, os preços do gás natural operaram com uma baixa de -1,66% na sessão passado, alcançando USD 9,494/MMBTU.
- Hoje, o contrato mais ativo do Henry Hub amanheceu com alta de 7,39%, alcançando USD 2,048 MMBTU, ao passo que os preços do gás natural do Brasil - considerando Petrobras 24/25 - operam em baixa de -0,16%, próximos a USD 9,478 MMBTU.
Fonte: NYMEX, ICE, S&P, StoneX.
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