Na última quarta-feira (31), as cotações de futuros do Brent encerraram a sessão em alta, sendo cotado a USD 80,72 bbl (+2,66%). Os contratos do WTI também acompanharam essa trajetória, negociado em USD 77,91 bbl (4,26%).
Os fortes receios sobre uma escalada dos conflitos no Oriente Médio em meio aos ataques israelenses no Irã e no Líbano foi o principal fator de suporte às cotações ao longo da sessão de ontem. Somado a isso, a queda dos estoques de petróleo nos EUA pela quinta semana seguida foi outro fator que contribuiu para a expansão dos preços da commodity.
Hoje pela manhã (01), o contrato do Brent para vencimento em setembro/24 é negociado em torno de USD 81,51 bbl (+0,83%) até as 09h00. O mercado segue refletindo os fundamentos da última sessão, com os prêmios de risco relacionados à oferta de petróleo no Oriente Médio ganhando fôlego novamente.
Escala dos conflitos no Oriente Médio preocupa mercado As perspectivas mais otimistas do mercado sobre a consolidação de um acordo de cessar-fogo observadas no início da semana minguaram em meio às ofensivas israelenses observadas em território iraniano e libanês, tendo como alvos importantes líderes do grupo Hamas e Hezbollah. A situação causou fortes receios sobre uma escalada das tensões na região, com o líder supremo do Irã, Ali Khamenei, prometendo uma resposta às ofensivas, fator que elevou de maneira expressiva os riscos de uma eventual guerra entre as principais potências militares do Oriente Médio. Vale destacar que um ponto de preocupação adicional se deu nos ataques promovidos por forças norte-americanas em Bagdá, capital do Iraque, como contrapartida à ofensiva ocorrida em uma base dos EUA, localizada na região leste do território iraquiano. No geral, o possível envolvimento de dois importantes produtores de petróleo no Oriente Médio – Irã e Israel, que juntos produzem cerca de 7 mbpd – expandiu os prêmios relacionados ao risco de disrupções produtivas, elevando as cotações do óleo bruto.
Estoques americanos operam em queda pela quinta semana seguida De acordo com os dados divulgados pelo DOE, as reservas comerciais de petróleo nos EUA caíram 3,44 milhões de barris, valor em linha com as expectativas do mercado. A redução ocorreu em meio a transferência de barris às SPR (estoques estratégicos), que cresceram 685 mil barris no período, como também a expansão da demanda doméstica e das exportações, que superaram em 2,8 milhões de barris o volume advindo da produção e das importações da commodity. No geral, a transferência para as SPR segue pressionando os estoques comerciais no país, conforme as metas do DOE se mantém em avançar a recomposição das reservas estratégicas até o final do ano. Dessa forma, os estoques comerciais seguem se aproximando das mínimas históricas dos últimos cinco anos para o período, caindo de forma mais acelerada do que o observado em anos anteriores.
- Os preços do gás natural nos EUA fecharam a sessão de ontem em baixa, com o contrato mais ativo do Henry Hub operando em USD 2,036/MMBTU. No Brasil, considerando o contrato da Petrobras 2024/25, os preços do gás natural operaram com uma alta de 2,66% na sessão passado, alcançando USD 9,60568/MMBTU.
- Hoje, o contrato mais ativo do Henry Hub amanheceu com alta de 1,52%, alcançando USD 2,067 MMBTU, ao passo que os preços do gás natural do Brasil - considerando Petrobras 24/25 - operam em alta de 0,81%, próximos a USD 9,683 MMBTU.
Fonte: NYMEX, ICE, S&P, StoneX.
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