Na última segunda-feira (05), as cotações de futuros do Brent encerraram a sessão em queda, sendo cotado a USD 76,30 bbl (-0,66%). Os contratos do WTI também acompanharam essa trajetória, negociado em USD 72,94 bbl (-0,79%).
Os preços do petróleo foram amplamente pressionados pela aversão ao risco no mercado internacional, com diversos ativos financeiros sofrendo perdas em meio a perspectiva de uma desaceleração da economia global no horizonte. Em contrapartida, os receios sobre disrupções produtivas em algumas regiões segue dando suporte as cotações do óleo bruto, fator que impediu baixas mais significativas das cotações.
Hoje pela manhã (06), o contrato do Brent para vencimento em outubro/24 é negociado em torno de USD 76,29 bbl (-0,01%) até as 08h50. Apesar dos riscos macroeconômicos manterem os preços pressionados, o mercado aguarda o desenrolar do cenário produtivo da Líbia e dos conflitos no Oriente Médio.
Riscos macroeconômicos seguem no radar dos investidores A forte queda dos contratos observada no início da sessão de ontem reflete os receios de que a demanda por petróleo e derivados nos próximos meses seja impactada pela desaceleração do crescimento econômico global. Vale destacar que, conforme divulgado pelo CFTC na última sexta-feira (02), as posições compradas do Brent operaram com uma queda de 21%, evidenciando a saída de investidores do mercado petrolífero e a busca por ativos mais seguros em um momento de grandes incertezas sobre a economia global. O cenário para as posições da gasolina (RBOB) e do diesel (ULSD) seguiram caminho parecido, com o net long desses ativos operando em queda no comparativo semanal. No geral, o mercado de petróleo deve se manter pressionando pelas condições macroeconômicas ao longo das próximas semanas, que se mantém contrabalanceadas pelos riscos de oferta e pelas perspectivas de um balanço deficitário da commodity para o terceiro trimestre do ano.
Riscos relacionados à oferta de alguns players Apesar dos receios sobre a economia global, o mercado direcionou parte das suas atenções aos riscos relacionados à oferta de alguns importantes produtores de petróleo. Na África, o campo líbio de Sharara teve suas operações parcialmente interrompidas em meio a manifestações populares na região, que impedem o transporte da commodity extraída aos terminais de exportação da Líbia. Na América Latina, a Venezuela registrou forte redução das exportações de óleo bruto em julho, apresentando queda de 26% no comparativo com o mês anterior e de 33% frente ao mesmo período do ano passado. A diminuição reflete um atraso no carregamento de cargas causada por interrupções não programadas na extração de petróleo em alguns campos do país. Por fim, no Oriente Médio, as perspectivas seguem de tensões elevadas e redução dos fluxos de embarcações pelo Mar Vermelho, com os EUA requisitando a saída de cidadãos norte-americanos do Líbano em meio ao entendimento de que os conflitos entre o grupo Hezbollah e Israel podem se intensificar ao longo dos próximos dias. No geral, a preocupação ao redor da estabilidade produtiva em diversas regiões do globo contribuiu para dar suporte aos preços da commodity ao longo da sessão passada, reduzindo as perdas do óleo bruto.
- Os preços do gás natural nos EUA fecharam a sessão de ontem em baixa, com o contrato mais ativo do Henry Hub operando em USD 1,942/MMBTU. No Brasil, considerando o contrato da Petrobras 2024/25, os preços do gás natural operaram com uma baixa de -0,66% na sessão passado, alcançando USD 9,0797/MMBTU.
- Hoje, o contrato mais ativo do Henry Hub amanheceu com baixa de -2,69%, alcançando USD 1,914 MMBTU, ao passo que os preços do gás natural do Brasil - considerando Petrobras 24/25 - operam em baixa de -1,87%, próximos a USD 8,969 MMBTU.
Fonte: NYMEX, ICE, S&P, StoneX.
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