Na última quarta-feira (07), as cotações de futuros do Brent encerraram a sessão em alta, sendo cotado a USD 78,33 bbl (+2,42%). Os contratos do WTI também acompanharam essa trajetória, negociados em USD 75,23 bbl (+2,77%).
Os preços do petróleo recuperaram parte das fortes perdas observadas no início da semana, com os agentes financeiros se mostrando mais otimistas em meio ao comprometimento do banco central japonês de evitar novos aumentos da taxa de juros enquanto os mercados financeiros estiverem instáveis. Atrelado a isso, a queda dos estoques de petróleo nos EUA pela sexta semana seguida contribuiu para dar suporte às cotações da commodity na sessão de ontem.
Hoje pela manhã (08), o contrato do Brent para vencimento em outubro/24 é negociado em torno de USD 78,41 bbl (+0,08%) até as 08h50. O mercado se mantém estável conforme é esperado novos desdobramentos sobre a economia global e a situação geopolítica no Oriente Médio.
Estoques de petróleo americanos seguem pressionados Conforme divulgado pelo DOE, as reservas de petróleo seguiram trajetória de queda, tocando as mínimas históricas dos últimos cinco anos para o período. O movimento se mostrou contrário ao apontado pelo API no dia anterior, que apresentou um leve avanço semanal das reservas. Dos 3,72 milhões de barris que saíram das reservas comerciais, 736 mil foram transferidos para as reservas estratégicas (SPR, sigla em inglês), ao passo que os demais 2,99 milhões de barris são explicados pelo balanço de O&D semanal, com a queda das importações e a recuperação do consumo doméstico superando o crescimento da produção de petróleo no país, que alcançou um novo recorde semanal. No geral, os estoques comerciais da commodity segue sentindo pressões adicionais em meio aos repasses para as SPR, fator que deve seguir até o final de 2024. Os estoques de gasolina e diesel, em contrapartida, registraram altas na ordem de 1,34 milhão e 949 mil barris, respectivamente. Ambos os combustíveis contaram com movimentações muito parecidas, registrando um crescimento leve da produção e, ao mesmo tempo, forte queda da demanda doméstica no comparativo semanal, fator que incentivou a construção das reservas no período.
Índia registra aumento da demanda por combustíveis De acordo com os dados divulgados pelo PPAC, a órgão vinculado ao Ministério de Petróleo da Índia, o consumo de combustíveis no país em julho registrou um crescimento de 7% no comparativo com o mesmo período do ano passado. O avanço foi guiado principalmente pela demanda por combustíveis rodoviários e aéreos, com as vendas de diesel, gasolina e QAV registrando altas na ordem de 4,4%, 10% e 9,2%, respectivamente. O cenário trouxe um maior otimismo do mercado acerca da demanda por petróleo pela Índia, que se apresenta hoje como o terceiro maior demandante da commodity no mundo em meio ao expressivo parque de refino que possui. Dessa forma, o consumo por derivados guiado por uma economia em expansão e pelo aumento das viagens – principalmente aéreas – forneceu suporte às cotações da commodity.
- Os preços do gás natural nos EUA fecharam a sessão de ontem em alta, com o contrato mais ativo do Henry Hub operando em USD 2,112/MMBTU. No Brasil, considerando o contrato da Petrobras 2024/25, os preços do gás natural operaram com uma alta de 2,42% na sessão passado, alcançando USD 9,32127/MMBTU.
- Hoje, o contrato mais ativo do Henry Hub amanheceu com baixa de -1,23%, alcançando USD 2,086 MMBTU, ao passo que os preços do gás natural do Brasil - considerando Petrobras 24/25 - operam em baixa de -0,10%, próximos a USD 9,312 MMBTU.
Fonte: NYMEX, ICE, S&P, StoneX.
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