Na última semana, as cotações de futuros do contrato mais ativo do Brent acumularam alta de 3,71%, negociadas a USD 79,66 bbl na última sexta-feira (09), enquanto o WTI registrou um avanço semanal de 4,52%, negociado em USD 76,84 bbl.
Os futuros do petróleo acumularam a primeira alta semanal desde o início de julho, com o avanço dos preços nas sessões revertendo o recuo registrado na semana anterior, quando receios de uma recessão nos Estados Unidos impactaram o apetite por risco dos investidores. Ainda na segunda-feira (05), os contratos seguiram registrando forte queda, mas o alívio dos temores do mercado, bem como uma queda dos estoques de petróleo nos Estados Unidos serviram de suporte para os preços. Entretanto, destaca-se que fatores macroeconômicos devem seguir influenciando fortemente a tendência do mercado, especialmente com divulgação de dados econômicos dos EUA e China.
Hoje pela manhã (12), o contrato do Brent para vencimento em outubro/24 é negociado em torno de USD 80,34 bbl (+0,9%) até as 09h20. Trata-se da quinta sessão de alta consecutiva dos contratos, conforme investidores seguem influenciados por uma perspectiva menos pessimista sobre a economia norte-americana, levando os futuros do petróleo a operarem acima da marca de USD 80 bbl novamente.
OPEP revisa projeções de demanda Na atualização de seu relatório mensal em agosto, a OPEP revisou suas projeções de demanda para 2024 citando um consumo mais fraco ao longo do primeiro semestre e expectativas de uma desaceleração da demanda chinesa, levando também a alterações do número de 2025. Dessa maneira, o grupo espera um crescimento da demanda em 2,11 mbpd nesse ano (para 104,32 mbpd), contra 2,25 mbpd no reporte de julho – sendo também a primeira revisão negativa pela OPEP+ desde julho/23. Apesar da mudança, os números do grupo ainda seguem bem acima de outras estimativas do mercado, especialmente a IEA, que projeta um aumento de menos de 1 mbpd da demanda global para esse ano, influenciado exatamente pelas perspectivas menos otimistas de consumo de países da OCDE e também da desaceleração chinesa.
Petrobras espera atingir meta de produção Falas de representantes da Petrobras confirmam a expectativa de que a estatal irá atingir a meta de produção de 2,8 mbpd em 2024, projetando um aumento da oferta ao longo do segundo semestre. Na primeira metade do ano, parte da operação da companhia foi afetada mediante problemas técnicos e períodos de manutenção que inclusive impactaram o resultado da produção nacional, especialmente entre abril e junho, levando a uma desaceleração da oferta interna que se observava no primeiro trimestre. A estatal espera que o início da operação de duas novas FPSOs no segundo semestre também contribua para atingir a meta de 2024 – medidas que também tendem a elevar a oferta de gás natural para o mercado interno a partir da Rota 3.
- Os preços do gás natural nos EUA fecharam a sessão de ontem em alta, com o contrato mais ativo do Henry Hub operando em USD 2,143/MMBTU. No Brasil, considerando o contrato da Petrobras 2024/25, os preços do gás natural operaram com uma alta de 0,63% na sessão passado, alcançando USD 9,47954/MMBTU.
- Hoje, o contrato mais ativo do Henry Hub amanheceu com alta de 5,13%, alcançando USD 2,253 MMBTU, ao passo que os preços do gás natural do Brasil - considerando Petrobras 24/25 - operam em alta de 0,87%, próximos a USD 9,562 MMBTU.
Fonte: NYMEX, ICE, S&P, StoneX.
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