Na última quinta-feira (15), as cotações de futuros do Brent encerraram a sessão em alta, sendo cotado a USD 81,04 bbl (+1,6%). Os contratos do WTI também acompanharam essa trajetória, negociados em USD 78,16 bbl (+1,53%).
Os preços do petróleo voltaram a subir na última sessão, apoiados tanto por fatores macroeconômicos quanto geopolíticos. Em geral, a divulgação de dados sobre o mercado de trabalho e setor varejista americano ontem contribuíram para aliviar os temores de uma recessão na maior economia do mundo. Além disso, a espera de uma resposta do Irã ao ataque que levou a morte do líder do Hamas em Tehran também contribuiu para a recuperação dos preços. Entretanto, vale destacar que o mercado da commodity segue bastante volátil, com investidores procurando um maior direcionamento para os preços e, portanto, aumentando a sensibilidade dos contratos frente novos fundamentos.
Hoje pela manhã (16), o contrato do Brent para vencimento em outubro/24 é negociado em torno de USD 78,78 bbl (-2,8%) até as 08h50. Os preços voltaram para o patamar abaixo de USD 80 bbl, com mercado sensível aos dados enfraquecidos da economia chinesa, contribuindo para a tendência de volatilidade.
Dados da economia americana Uma nova sequência de dados sobre a economia americana contribuíram para melhorar o humor dos investidores, aliviando temores de uma recessão no país. Na quinta-feira (15), foi divulgado indicadores do mercado de trabalho, com atenção maior para os dados semanais de auxílio-desemprego que vieram novamente abaixo da expectativa, com 227 mil novos pedidos ante projeção de 236 mil – estendendo a desaceleração da semana anterior. Entretanto, o que chamou mais atenção foi o resultado das vendas no varejo em julho, as quais superaram as estimativas de analistas: o comércio varejista registrou alta de 1,0% no mês, contra projeções de +0,3% para o período, o que contribuiu para reforçar percepção de menor risco de recessão da economia dos EUA. Como analisado na Abertura de Câmbio de ontem: “O resultado robusto das vendas no varejo, somada à leitura do CPI dentro das expectativas e dos pedidos de seguro-desemprego abaixo do esperado, ajudaram cristalizar as apostas do mercado para a decisão do Fed de setembro, em um corte de 25 pontos base.” Para ler a análise completa, clique aqui.
Retomada gradual da SPR Nos últimos meses, vem se registrando um aumento gradual dos estoques estratégicos americanos, conforme o governo se aproveitou dos preços mais baixos do petróleo para recompor essas reservas. Desde julho/23, quando os estoques atingiram o menor valor em quase 50 anos (346 milhões de barris), observou-se um esforço de recomposição das reservas, que chegaram a 376 milhões de barris em agosto/24. O valor ainda é bem distante dos mais de 600 milhões de barris que se tinha registrado em 2022, quando a SPR liberou 180 milhões de barris a fim de limitar a escalada dos preços da commodity. Desde o final de 2022, os estoques continuaram a recuar, apesar do movimento de compra do governo americano, tendência que se aliviou apenas no segundo semestre de 2023. Estima-se que mais de 45 milhões de barris foram contratados para serem entregues até o primeiro trimestre de 2025, e mesmo desconsiderando os volumes já adicionados (29 milhões de barris), é possível esperar a sequência de aumento das reservas estratégicas nos próximos meses. Isso, por sua vez, contribui para aumentar a demanda americana por petróleo, apesar de poder ter impacto limitado sobre os preços devido o espaçamento das compras e os volumes menos significativos a cada rodada de aquisição.
Gráfico – Evolução das reservas estratégicas dos EUA (SPR) – milhões de barris
Fonte DOE. Elaboração: StoneX.
- Os preços do gás natural nos EUA fecharam a sessão de ontem em alta, com o contrato mais ativo do Henry Hub operando em USD 2,219/MMBTU. No Brasil, considerando o contrato da Petrobras 2024/25, os preços do gás natural operaram com uma baixa de -1,15% na sessão passado, alcançando USD 9,49144/MMBTU..
- Hoje, o contrato mais ativo do Henry Hub amanheceu com alta de 0,82%, alcançando USD 2,215 MMBTU, ao passo que os preços do gás natural do Brasil - considerando Petrobras 24/25 - operam em baixa de -1,67%, próximos a USD 9,483 MMBTU.
Fonte: NYMEX, ICE, S&P, StoneX.
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