Na última quinta-feira (22), as cotações de futuros do Brent encerraram a sessão em alta, sendo cotado a USD 77,22 bbl (+1,54%). Os contratos do WTI também acompanharam o movimento, negociados em USD 73,01 bbl (+1,54%).
Após fortes dias em queda que chegaram a levar os contratos para os menores níveis desde janeiro, os preços do petróleo voltaram a se recuperar apoiados por alguns fundamentos técnicos e correção pelos agentes do mercado. Além disso, perspectivas do corte de juros pelo Fed e o recuo dos estoques nos Estados Unidos também contribuíram para a alta de ontem. Entretanto, espera-se que os futuros ainda acumulem queda ao longo da semana.
Hoje pela manhã (23), o contrato do Brent para vencimento em outubro/24 é negociado em torno de USD 78,49 bbl (+1,67%) até as 09h30. Mercado parece seguir corrigindo as fortes quedas do início da semana, mas investidores também aguardam o discurso do presidente do Fed, Jerome Powell, nessa sexta-feira para tentar entender o direcionamento do Banco Central americano.
Países da OPEP atualizam planos de compensação O Iraque e Cazaquistão submeteram um novo plano de compensação para a OPEP, após ambos os países não cumprirem com a meta produtiva de julho. No último mês, o Cazaquistão produziu 1,545 mbpd, enquanto sua cota assumida pelos cortes voluntários era de 1,45 mbpd – apesar do valor ser menor do que a oferta registrada em junho. O Iraque, por sua vez, é o que vem apresentando maiores dificuldades para cumprir com as metas individuais, produzindo 4,25 mbpd em julho contra a cota de 3,93 mbpd, também registrando um leve aumento no comparativo com jun/24. Ademais, o país justificou esse aumento devido o menor controle sobre a oferta da região autônoma do Curdistão. Em geral, esses países e a Rússia são os que apresentaram maior divergência em relação as metas dos cortes voluntários assumidos no início do ano, com a produção desse grupo superando em 2,284 mbpd as restrições oficiais no primeiro semestre de 2024.
Vendas de diesel avançam em julho no Brasil Dados parciais das vendas de julho apontam mais um mês de consumo aquecido de diesel B no Brasil. De acordo com a prévia, as vendas do combustível ficaram em 6 milhões de m³ em julho, um avanço de 5,84% em relação ao mesmo período no ano passado, além de ser quase 400 mil m³ acima dos níveis de jun/24. O resultado do mês estende a sequência de alta que se verificou no primeiro semestre, levando o acumulado entre janeiro e julho para 38,5 milhões m³ - cerca de 4,4% acima no comparativo com 2023. Em geral, o aumento da demanda por fretes rodoviários – especialmente para a exportação de produtos primários – tem apoiado o consumo do combustível, tendência que deve se manter para os próximos meses, de acordo com as estimativas da Stonex.
Para a gasolina, o resultado também foi mais positivo, com as vendas atingindo 3,7 milhões de m³. Apesar de ainda seguir abaixo no comparativo com os resultados de 2023 (-1,48% a.a), tratou-se de uma recuperação frente o volume dos últimos meses, ficando quase 6,3% acima do volume registrado em jun/24. Em geral, o mês de julho costuma se registrar um aumento sazonal da demanda por combustíveis leves, o que impacta positivamente o consumo de gasolina C. Entretanto, parte do maior consumo pode estar associado a uma recuperação dos níveis da paridade em algumas regiões devido a menor competitividade do hidratado nas bombas apesar do aumento dos preços de revenda da gasolina pela Petrobras.
- Os preços do gás natural nos EUA fecharam a sessão de ontem em baixa, com o contrato mais ativo do Henry Hub operando em USD 2,177/MMBTU. No Brasil, considerando o contrato da Petrobras 2024/25, os preços do gás natural operaram com uma baixa de -1,49% na sessão passado, alcançando USD 9,04995/MMBTU.
- Hoje, o contrato mais ativo do Henry Hub amanheceu com baixa de -1,51%, alcançando USD 2,022 MMBTU, ao passo que os preços do gás natural do Brasil - considerando Petrobras 24/25 - operam em alta de 1,01%, próximos a USD 9,282 MMBTU.
Fonte: NYMEX, ICE, S&P, StoneX.
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