Na última quarta-feira (28), as cotações de futuros do Brent encerraram a sessão em queda, sendo negociado a USD 78,65 bbl (-1,13%). Os contratos do WTI seguiram a mesma trajetória, cotados em USD 74,52 bbl (-1,34%).
Os preços do petróleo seguiram trajetória de queda pela segunda sessão seguida, interrompendo grande parte dos ganhos observados na segunda-feira (26). A baixa ocorre a despeito da queda dos estoques americanos de petróleo e gasolina, como também a forte redução da oferta de óleo bruto pela Líbia observada ao longo dos últimos dias.
Hoje pela manhã (29), o contrato do Brent para vencimento em novembro/24 é negociado em torno de USD 78,61 bbl (-0,05%) até as 08h00. O mercado se mantém estável nesse início de sessão, com o risco de oferta de petróleo na África e a redução dos estoques nos EUA contrapondo as pressões negativas geradas pelas perspectivas menos otimistas sobre a demanda chinesa no segundo semestre.
Estoques de petróleo e gasolina em queda nos EUA Conforme dados divulgados pelo DOE, as reservas comerciais de petróleo dos EUA apresentaram queda semanal 846 mil barris, volume menor do que o antecipado pelo mercado e pelo relatório do API. A redução reflete principalmente o avanço da demanda doméstica pela commodity, que opera em alta pela quarta semana seguida, se aproximando das máximas históricas dos últimos cinco anos para o período. Vale destacar que o repasse das reservas comerciais para as estratégicas (SPR, sigla em inglês) segue pressionando os estoques disponíveis ao mercado, com as SPR apresentando uma expansão semanal de 745 mil barris. Em relação aos derivados, as reservas de gasolina também operaram em baixa, de 2,2 milhões de barris, em meio a um crescimento do consumo interno e redução da produção do combustível no país. Os estoques de diesel, por outro lado, apresentaram um leve crescimento, de 275 mil barris, em meio a uma diminuição expressiva das exportações e um aumento das importações do produto, que alcançaram o maior valor desde fevereiro desse ano.
Mercado segue preocupado com fornecimento líbio Ao longo dos últimos dias, o mercado vem observando uma redução da oferta de petróleo da Líbia em meio ao fechamento dos principais campos do país promovido pelo governo de Benghazi, localizado ao leste do território líbio, insatisfeito com as recentes mudanças no comando do Banco Central da Líbia. De acordo com informações locais, a disrupção produtiva chega entre 0,9 e 1 mbpd, volume que representa cerca de 80% de toda a capacidade de oferta do país africano. Dessa forma, as incertezas sobre quanto tempo esse cenário de redução da produção deve perdurar acaba mantendo as perspectivas de uma diminuição dos fluxos pelo norte africano ao longo dos próximos meses, o que pode estender o déficit esperado para o balanço global no final do terceiro trimestre do ano.
- Os preços do gás natural nos EUA fecharam a sessão de ontem em alta, com o contrato mais ativo do Henry Hub operando em USD 1,93/MMBTU. No Brasil, considerando o contrato da Petrobras 2024/25, os preços do gás natural operaram com uma baixa de -1,13% na sessão passado, alcançando USD 9,35935/MMBTU.
- Hoje, o contrato mais ativo do Henry Hub amanheceu com alta de 8,96%, alcançando USD 2,103 MMBTU, ao passo que os preços do gás natural do Brasil - considerando Petrobras 24/25 - operam em baixa de -0,05%, próximos a USD 9,355 MMBTU.
Fonte: NYMEX, ICE, S&P, StoneX.
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