O dólar continua a subir hoje, atingindo máximas de mais de 20 anos em relação a uma cesta de moedas. O movimento é conduzido pela incerteza global e uma economia dos EUA razoavelmente forte, após aumento das taxas de juros. A alta de 0,75% pelo Fed esta semana e as perspectivas agressivas para o final do ano fazem dos EUA o líder global no combate à inflação crescente. A agenda econômica da manhã é escassa, exceto pelo PMI de setembro que será divulgado pela S&P Global. No entanto, os dados de desemprego nos EUA de ontem, que se mostraram melhores do que o esperado, seguem alimentando o otimismo.
O índice Dow Jones Industrials parece encerrar a semana com perdas, já que os futuros indicam queda de cerca de 400 pontos na abertura depois que as ações despencaram das máximas de segunda-feira, agora seguindo para níveis abaixo das mínimas de junho. Os traders estão saindo abandonando as ações para investir nos títulos do Tesouro americano, com as taxas de 2 e 10 anos atingindo os níveis mais altos em mais de uma década.
O Reino Unido anunciou um amplo plano para estimular a economia, cancelando os aumentos planejados nas alíquotas do imposto corporativo, reduzindo o imposto de renda pessoal e oferecendo incentivos para investimento, entre outras medidas. A libra esterlina atinge mínimas de 37 anos em relação ao dólar e o Banco da Inglaterra não está agindo tão agressivamente quanto os EUA no aumento dos juros.
O petróleo WTI registra queda de quase USD 3,00 no momento da escrita deste relatório, chegando perto de USD 80,00/barril pela primeira vez desde o início do ano civil, antes da guerra na Ucrânia. As preocupações com a demanda global estão em foco, dada a ameaça iminente de uma desaceleração econômica geral. Ironicamente, os estados membros europeus estão tentando colocar um teto de preço nas importações russas de petróleo, embora isso possa anular as sanções à Rússia.
Os mercados de grãos têm pouca chance de um rally prolongado em meio ao aumento do dólar, com as exportações de milho e soja dos EUA mostrando sinais de fadiga agora também, lutando contra a combinação de preços altos e dólar caro. Naturalmente, isso ajuda a racionar o uso do que está se tornando uma O&D de milho e soja apertada, já que os números reduzidos de oferta do USDA neste mês colocam o mercado no limite, conforme os resultados da safra ainda podem oscilar. Essas preocupações não valem para outros grandes produtores globais, com estimativas para o trigo russo subindo quase semanalmente (agora acima da enorme marca de 100 milhões de toneladas) e otimismo de que o Brasil produza uma safra recorde de soja (em torno de 150 milhões de toneladas) graças ao aumento dos plantios e uma situação ideal de umidade para a temporada 2022/2023.
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