Mercados Externos – Estados Unidos e Europa: alta. China: baixa.
Campinas, 27 de fevereiro – A semana se inicia sem muitas novidades para o mercado estadunidense. Enquanto isso, os agentes continuam ponderando os dados do índice de gastos de consumo pessoal (PCE) dos Estados Unidos, que surpreendeu ao mostrar um avanço da inflação no país maior do que o esperado.
Nesse final de semana, o governo dos Estados Unidos sinalizou que a aproximação entre China e Rússia não está o agradando. Em resposta à possível união entre os dois países, os EUA alertaram que o fornecimento chinês de armas como um apoio à Rússia na guerra com a Ucrânia pode trazer sérias consequências. Às 12h30min. Será divulgado o Índice de atividade industrial Fed Dallas, responsável for fornecer uma avaliação da atividade industrial do estado.
Hoje pela manhã foi divulgado o Núcleo de Pedidos de Bens Duráveis Mensal dos Estados Unidos. O indicador permite entender como as novas encomendas de bens duráveis, desconsiderando o transporte, estão se comportando no país. Para janeiro, o resultado exibiu um avanço de 0,7% em relação ao mês anterior, contra a projeção do mercado de um avanço de 0,1%. Além disso, o valor veio bem diferente do observado em dezembro, quando o índice contraiu 0,4%.
O mercado da China seguiu com um sentimento baixista, à medida que o discurso de um maior aumento de juros promovido pelo Federal Reserve ganha força. Os agentes também repercutiram o anúncio de que o presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, estará em Pequim entre terça-feira e quinta-feira. Tal anúncio contribui para o sentimento de cautela, visto que as tensões entre Estados Unidos, China, Rússia e Ucrânia seguem aumentando. O índice CSI 300 encerrou em baixa de 0,42%.
Os preços para o mercado encontraram espaço para ganhos no pregão noturno neste final de fevereiro. A preocupação com a colheita ruim na Argentina sustentou os preços para o complexo de soja e milho em Chicago.
No Brasil, em contrapartida, o avanço no ritmo da colheita de soja no fim de semana foram um fator limitante para maiores ganhos nos preços, dado que a safra tende a ser recorde e deve ser oferecida nos mercados de exportação a preços baixos.
Milho em alta
Assim como o complexo de soja, o mercado futuro de milho encontrou impulso e encerrou o pregão noturno com variação diária positiva para o contrato contínuo.
Apesar da previsão de maior plantio nos Estados Unidos, de acordo com o Fórum do USDA ocorrido na semana passada, as condições na Argentina seguem criando um limite para perdas nos preços do milho.
No Brasil, de acordo com o Emater/RS, o milho obteve avanço, atingindo 99% das lavouras plantadas e 54% já colhidas, pouco abaixo do registrado no mesmo período do ano passado, em que 57% das lavouras já haviam sido colhidas.
O trigo obteve movimentos mais contidos no pregão noturno desta segunda-feira (27). Investidores aguardam melhor direcionamento das autoridades internacionais sobre a renovação do Acordo Iniciativa de Grãos.
A oferta abundante de trigo exportável da Rússia continua pressionando os preços internacionais, dado que ofertas vantajosas russas criam um colchão para os preços e foram concretizadas em licitações recentes, como a do Egito na semana passada.
Pelo lado do clima, chuvas são aguardadas nas Planícies do Sul dos EUA, onde o trigo de inverno se desenvolve e tem sido prejudicado por condições secas durante a primeira metade da temporada.
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