Mercados Externos – Estados Unidos: alta. Europa e China: baixa.
Campinas, 06 de março – O radar dessa semana está em novas sinalizações sobre a situação da economia estadunidense. Amanhã (07), o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, passa por uma sabatina no Congresso dos EUA, onde deve fornecer comentários que indiquem a postura da próxima decisão para a taxa de juros do país. Além disso, na sexta-feira (10), será divulgado o Relatório de Situação do Emprego (payroll), o qual mostrará como o mercado de trabalho estadunidense se comportou em fevereiro.
O escritório de estatísticas da União Europeia divulgou os dados com ajustes sazonais para as vendas no varejo da zona do euro, os quais indicaram uma queda anual em janeiro. Na comparação mensal, as vendas de janeiro avançaram 0,3% ante dezembro, contudo, o dado mostrou um forte recuo anual, visto que foi relatada uma queda de 2,3% em relação a janeiro do ano passado.
Na China, a reunião legislativa anual (National People’s Congress) trouxe a nova meta de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do país para 2023. A meta foi fixada em 5%, estando ligeiramente abaixo da expectativa do mercado, o qual esperava uma faixa entre 5% e 6%. Com isso, o governo projetou um crescimento menor ao estimado para o ano passado (5,5%), reconhecendo que o enfraquecimento da demanda externa e alguns problemas internos podem ser um desafio para a economia chinesa, visto que o seu foco está na sustentabilidade e no desenvolvimento de longo prazo.
Adicionalmente, a meta para as vagas de emprego também pode ter contribuído para o sentimento baixista, visto que o governo anunciou a criação de 12 milhões de vagas nas áreas urbanas, ao mesmo tempo em que admitiu serem necessárias 16,68 milhões de novas vagas para que os recém-formados, desempregados e trabalhadores migrantes fossem absorvidos. O índice CSI 300 encerrou em baixa de 0,52%.
A soja não encontra espaço para maiores ganhos na Bolsa de Chicago, encerrando o pregão noturno deste inicio da semana com variação diária negativa. Em boa medida, a oleaginosa é pressionada tanto por fundamento de oferta quanto por demanda.
As perspectivas de exportação da soja são de desaceleração de seu ritmo nos Estados Unidos e o mercado se prepara para o relatório do USDA de quarta-feira, que deve levar em consideração perdas adicionais para as safras de soja e milho da Argentina devido à seca
Milho em baixa
O milho também não conseguiu emergir em meio a pressão generalizada para grãos no mercado futuro. Um dólar mais forte também pesou contra o otimismo de exportações maiores no final da semana passada.
A diminuição das preocupações com a renovação da Iniciativa de Grãos do Mar Negro afeta o mercado de milho e trigo nesta manhã.
O trigo operou em queda livre durante o pregão noturno desta segunda-feira (6), pressionado pelo avanço da renovação o Acordo do Mar Negro. As negociações foram facilitadas pela Turquia no fim de semana para manter os corredores de grãos do Mar Negro abertos, apesar da invasão russa em andamento.
Embora a renovação do acordo seja vantajosa para os ucranianos, é válido lembrar que o aumento dos custos de frete devido a riscos de guerra mais altos reduziu as margens de lucro dos agricultores, o que pode ser visto sobre uma menor área plantada no outono passado e na próxima primavera.
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