- Perspectiva favorável para a produção brasileira;
- Queda no ritmo de vendas e embarques dos EUA;
- Cancelamento de vendas norte-americanas de milho para a China.
- Apreensão envolvendo acordo de exportação de grãos pelo Mar Negro e proibição de importação de grãos ucranianos por alguns países do leste europeu;
- Preocupação com atraso do plantio nos EUA.
Na semana passada, os futuros do cereal recuaram significativamente em Chicago, com o Maio/23 apresentando uma desvalorização de 4,1% no período, ou 27,25 cents/bu, finalizando a sexta-feira (28/abr) cotado a 636 cents/bu. Os contratos mais distantes também apresentaram quedas significativas. O Julho/23 apresentou uma contração de 4,9%, para 585 cents/bu, ao passo que o Setembro/23 recuou 4,3%, encerrando a semana cotado a 528,75 cents/bu.
Intraday (15 min) contrato de maio/23 (CBOT)
Relatório de Inspeção de Exportações mostra enfraquecimento dos embarques dos EUA. Conforme divulgado no Relatório de Inspeção de Exportações do USDA, os EUA embarcaram 914 mil toneladas na semana encerrada em 20 de abril, 323,4 mil toneladas a menos que uma semana antes e 269 mil acima do registrado na mesma semana do ano passado. Desse modo, os EUA ampliaram o déficit dos embarques acumulados em relação à temporada 2021/22, para 12,55 milhões de toneladas (no dia 13 de abril, a defasagem era de 11,82 milhões de toneladas). Até o dia 20 de abril, o país exportou 22,4 milhões de toneladas de milho.
Produção e estoques de etanol nos EUA recuam. De acordo com os dados divulgados pela Administração de Informação Energética (EIA), a produção norte-americana de etanol recuou para 967 mil barris por dia (mbpd) na semana entre 15 e 21 de abril, uma contração de 57 mbpd no comparativo semanal, mas 66 mbpd acima da média de 5 anos para o mesmo período. Os estoques do biocombustível também recuaram, para 24,31 milhões de barris, 987 mil barris a menos que uma semana antes.
Anúncio de cancelamentos de vendas para China pressiona cotações do cereal. Na última semana, através do seu sistema de vendas flash, o USDA anunciou o cancelamento de 550 mil toneladas para a China, que seriam entregues em 2022/23. O anúncio dos cancelamentos foi um importante fator de pressão sobre os futuros do cereal na última semana.
Déficit do volume de vendas de exportação em relação à temporada passada amplia mais uma vez. Em seu Relatório de Vendas de Exportação, o USDA reportou que as vendas líquidas norte-americanas totalizaram 400 mil toneladas na semana encerrada em 20 de abril, 87,5 mil toneladas a mais que uma semana antes, mas 467 mil toneladas inferior ao registrado no mesmo período de 2022 e 431 mil abaixo da média de 5 anos. Com isso, as vendas acumuladas avançaram para 38,5 milhões de toneladas, mas o déficit em comparação com a temporada 2021/22 passou de 18,6 milhões de toneladas para 19 milhões de toneladas.
Vendas semanais de exportação - EUA (mil toneladas)
Acordo de exportação de grãos pelo Mar Negro segue no radar dos agentes. A continuidade do acordo de exportação de grãos pelo Mar Negro continua em foco, mas não movimentou tanto o mercado como nas semanas anteriores. Ao longo das últimas semanas, a Rússia deixou claro que só tem interesse em renovar a iniciativa caso ocorra uma expressiva diminuição das sanções contra o país. Além disso, Polônia, Hungria e outros países do leste europeu pretendem manter a proibição das importações de grãos da Ucrânia até o final de 2023, como forma de proteger os produtores locais.
Perspectiva positiva para safra brasileira pressiona mercado. A expectativa de uma safra robusta tem aumentado a perspectiva de um crescimento da disponibilidade do cereal e contribuído para as contrações observadas no mercado internacional. E nesta terça-feira, 2 de maio, a StoneX divulgou a atualização da sua estimativa de safra de grãos, fortalecendo esta perspectiva. Em relação à primeira safra de milho 2022/23, a StoneX manteve sua estimativa de produção inalterada, em 28,6 milhões de toneladas. Já a 2ª safra recebeu um ajuste positivo, para 100,8 milhões de toneladas. Com isso, a produção total avançou para 131,6 milhões de toneladas, um recorde para o país. Clique aqui para acessar o material completo.
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