Mercado Externo – Estados Unidos: misto. Europa e China: alta.
Campinas, 08 de maio – A segunda-feira se inicia com uma agenda quieta, enquanto os mercados aguardam o Índice de Preços ao Consumidor (CPI, sigla em inglês) dos EUA, a ser divulgado na quarta-feira (10).
O indicador é uma das principais sinalizações acompanhada pelo Fed para entender como os preços estão afetando a saúde da economia. Assim, os agentes ponderam se uma aceleração da inflação poderia forçar a manutenção da taxa de juros estadunidense elevada por mais tempo.
Além da espera pela inflação, os mercados ainda digerem o relatório de payroll dos EUA divulgado na sexta-feira (05), o qual mostrou uma criação de empregos não agrícolas maior do que o esperado. O reporte mostrou que a atividade do mercado de trabalho se manteve aquecida ao indicar 253 mil novas vagas em abril, inferior às 180 mil novas vagas esperadas pelo mercado.
Na China, o sentimento altista ganhou impulso após bancos de médio porte diminuírem as taxas de juros de determinados depósitos. Com isso, o movimento visando a expansão do crédito contribuiu para a expectativa de que o consumo chinês puxe a atividade econômica do país e, portanto, auxilie o país na sua recuperação.
Caso este sentimento positivo permaneça, é possível que os investidores aumentem a sua demanda por ativos mais arriscados, contribuindo para a elevação das commodities, por exemplo.
O mercado futuro da oleaginosa operou com variação diária positiva no pregão noturno desta segunda-feira (8). O foco continua sendo o desenvolvimento do plantio nos EUA e as previsões para o clima no Corn Belt. A alta nos preços de commodities energéticas também sustentaram os complexos da soja nesta manhã. Nesta semana será divulgado o aguardado relatório de estimativas mensais de oferta e demanda do USDA, no dia 12, em que poderá trazer novos direcionamentos para os traders.
Milho misto
O mercado futuro de milho operou de forma mista no pregão noturno em Chicago. O clima com previsões de chuvas nas planícies do Norte e no Meio-Oeste superior nos próximos dias podem retardar o progresso do plantio, o que pode ter guiado os preços mais altos para o contrato de julho.
Por outro lado, a safra brasileira continua criando um limite para quaisquer ganhos, dado que as expectativas de uma gigantesca temporada de exportação têm o poder de pressionar os preços, pois fará competição direta com a oferta de milho dos EUA.
Assim como a soja e o milho, o trigo obteve ganhos no pregão noturno nas bolsas dos Estados Unidos, mas mirando principalmente para os riscos que podem vir da oferta ucraniana. Este breve alívio vem após uma semana inteira em que os preços estavam condicionados pele melhora nas condições da safra de inverno dos Estados Unidos.
O Mar Negro segue gerando especulações sobre o mercado futuro de trigo nas Bolsas dos Estados Unidos, dado que a desaceleração do ritmo de exportação da Ucrânia intensifica a incerteza em torno do futuro da Iniciativa de Grãos.
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