Condições das lavouras norte-americanas começam a reagir ao aumento das chuvas e apresentam melhora. O índice bom/excelente das lavouras de milho nos EUA avançou 1 ponto percetual (p. p.) no comparativo semanal, atingindo 51% no dia 2 de julho, avanço em linha com o esperado pelo mercado. Essa melhora pode ser atribuída ao bom volume de chuvas registrado na semana retrasada. Apesar do avanço, o nível atual está 13 pontos abaixo do observado na mesma semana do ano passado e 16 pontos abaixo da média de 5 anos para o mesmo período. Além da melhora nas condições das lavouras, outro indício de alívio nas condições de seca foi trazido pelo Monitor de Secas do NOAA, que apontou que no dia 4 de julho a estiagem cobria 67% das lavouras de milho, contra 70% na semana anterior. O cenário atual ainda traz receios quanto à produtividade da safra 2023/24 dos EUA, mas modelos seguem apontando para a ocorrência de chuvas em grande parte do Meio-Oeste dos EUA ao longo das próximas duas semanas, o que, caso concretizado, deve possibilitar uma safra dentro da normalidade.
Produção de etanol nos EUA registra leve avanço no comparativo semanal, mas estoques recuam. De acordo com os dados divulgados pela Administração de Informação Energética (EIA), a produção norte-americana de etanol ficou em 1.060 mil barris por dia (mbpd) na semana entre 24 e 30 de junho, avanço de 8 mbpd no comparativo semanal. A produção observada ficou 16 mbpd acima do observado no mesmo período do ano passado e 28 mpbd acima da média de 5 anos para o mesmo período. Por outro lado, os estoques do biocombustível recuaram para 22,26 milhões de barris, 719 mil barris a menos que uma semana antes.
Ritmo de embarques dos EUA avança no comparativo semanal mas segue inferior à temporada passada. Segundo o Relatório de Inspeção de Exportações do USDA, os EUA embarcaram 642,9 mil toneladas na semana encerrada em 29 de junho, 92,4 mil toneladas a mais que uma semana antes, mas 233,8 mil abaixo do observado no mesmo período do ano anterior. Com isso, os embarques acumulados na temporada 2022/23 totalizaram 33,1 milhões de toneladas, 15,2 milhões a menos que no mesmo período do ciclo anterior.
Vendas líquidas dos EUA avançam e possibilitam leve redução no atraso em relação à safra anterior. Em seu Relatório de Vendas de Exportação, o USDA informou que as vendas líquidas norte-americanas totalizaram 251,7 mil toneladas na semana encerrada em 29 de junho, 111,3 mil toneladas a mais que uma semana antes e 318,3 mil toneladas acima do registrado no mesmo período de 2022. Com isso, as vendas acumuladas avançaram para 39 milhões de toneladas, possibilitando um recuo do déficit em comparação com a temporada 2021/22, para 21,3 milhões de toneladas, contra 21,6 milhões uma semana antes.
Ritmo da colheita de milho na Argentina em linha com o registrado um ano antes. A Bolsa de Cereales de Buenos Aires informou que 9% das lavouras do cereal argentino se encontrava em condição boa/excelente no dia 6 de julho, avanço de 1 ponto percentual no comparativo semanal, mas 6 p.p. abaixo do registrado na mesma semana de 2022. A colheita do cereal no país atingiu 51,6%, 1,4 p.p. abaixo do observado um ano antes e 12,2 p. p. abaixo da média de 5 anos.
StoneX eleva estimativa de produção de milho no Brasil. No dia 3 de julho a StoneX divulgou as atualizações das suas estimativas da safra brasileira de grãos. A primeira safra 2022/23 de milho foi mantida em 28,6 milhões de toneladas. No final de junho, a colheita já estava concluída no Brasil, com o número referente à safra de verão ficando pouco sujeito a uma revisão futura. Já a segunda safra do cereal foi novamente elevada, em 2,2% frente ao número de junho, para 105,2 milhões de toneladas. A revisão foi motivada pelo registro de condições climáticas favoráveis às lavouras ao longo do último mês, que resultaram em um cenário mais otimista para a produção no Paraná e nos estados do Centro-Oeste e puxaram a estimativa de produtividade média da safra de inverno para 5,9 ton/ha. Com isso, a produção combinada das três safras de milho do Brasil avançou para 136 milhões de toneladas. Em meio à expectativa de uma ampliação da oferta nacional, espera-se que o Brasil destine um maior volume do grão ao mercado internacional. A StoneX elevou sua estimativa de exportação em 2 milhões de toneladas, para 50 milhões.
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