Campinas, 20 de julho – Nesta manhã, os investidores acompanham os dados de auxílio-desemprego dos EUA a fim de obter sinalizações sobre o comportamento do mercado de trabalho do país. Na China, o mercado pondera a decisão do Banco Popular do Povo da China (PBoC) para os juros chineses. Por fim, os mercados globais também repercutem as tensões entre Rússia e Ucrânia, com os recentes ataques aos portos ucranianos contribuindo para as altas no mercado de grãos.
De acordo com o Departamento de Trabalho do país, os pedidos iniciais – quando há a entrada de pedidos pela primeira vez – foram de 228 mil na semana passada, inferior aos 242 mil projetados, como também menor aos 237 mil apontados na semana anterior. Os pedidos contínuos foram de 1,754 milhão, maior à projeção de 1,729 milhão. Esta é a segunda semana consecutiva em que os pedidos iniciais exibem uma queda, o que pode colaborar para a diminuição do temor sobre uma possível recessão nos EUA.
Além disso, a decisão do PBoC para a taxa de juros da China parece não ter animado os investidores. Apesar dos recentes dados indicarem uma atividade econômica lenta, o órgão optou por manter as duas principais taxas de referência do país.
A LPR de um ano, utilizada para empréstimos domésticos e corporativos, permaneceu em 3,55% ao ano, e a LPR de cinco anos, utilizada para hipotecas, permaneceu em 4,20% ao ano. O anúncio decepcionou parte do mercado que esperava pela diminuição de tais taxas, principalmente pela necessidade de reanimar a economia interna.
As cotações da soja em Chicago terminaram a sessão noturna desta quinta-feira (dia 20) no campo positivo.
O mercado continua avaliando os desdobramentos da não renovação do Acordo Iniciativa de Grãos, com a Rússia realizando ataques aos portos ucranianos no Mar Negro.
No caso da soja, os impactos são indiretos pelo mercado de óleos vegetais. Destaca-se que além das preocupações com o escoamento, a oferta de óleo de girassol da Ucrânia está mais restrita, com atrasos na colheita do girassol e as plantas de esmagamento fazendo paradas programadas para manutenção.
O clima nos EUA continua no centro das atenções, com as previsões indicando que o clima deve continuar mais seco no noroeste da região produtora, com perspectivas de queda da umidade do solo. No caso da soja, o mês de agosto é determinante para a definição da produtividade, devido à fase de enchimento de grão.
O milho terminou o pregão noturno desta quinta-feira (dia 20) em leve alta.
Apesar da continuidade dos ataques russos a protos na Ucrânia, não foram relatados novos prejuízos significativos às instalações na região.
Destaca-se que o clima nos EUA tem trazido preocupações significativas para a produção de milho, uma vez que o mês de julho é determinante para a definição da produtividade do cereal.
As vendas de exportação dos EUA na semana encerrada em 13/07 alcançaram 236,8 mil toneladas para a safra 2022/23, volume próximo do piso das estimativas, que iam de 200 a 500 mil toneladas. Já para a safra 2023/24, as negociações líquidas atingiram 491,6 mil toneladas, no teto das estimativas, entre 50 e 500 mil toneladas.
Após as fortes altas recentes, em decorrência da não renovação do Acordo Iniciativa de Grãos e dos ataques russos a portos ucranianos, as cotações do trigo nas três bolsas norte-americanas registraram ganhos novamente na sessão noturna desta quinta-feira (dia 20).
As preocupações com o abastecimento mundial do cereal aumentaram nesse contexto, além de os possíveis impactos inflacionários do escoamento prejudicado pelos portos do Mar Negro.
Vários países já estão buscando alternativas ao trigo russo e ucraniano.
As vendas de exportação dos EUA na semana encerrada em 13/07, para a safra 2023/24, atingiram 170,7 mil toneladas, abaixo do pisto das estimativas, que iam de 200 e 500 mil toneladas.
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