Campinas, 25 de julho – A sessão de hoje conta com o início da reunião do Comitê de Mercado Aberto (Fomc, sigla em inglês), grupo do Federal Reserve responsável por decidir a taxa básica de juros dos EUA. Enquanto a decisão não é divulgada (o anúncio será amanhã às 15h), grande parte do mercado espera que o grupo promova um aumento de 0,25 p.p. e sinalize o fim das altas ainda este ano.
Na China, a indicação de maior apoio à economia doméstica contribuiu para o otimismo entre os investidores. Ontem (24), o Comitê Politburo, órgão responsável pelas decisões do governo, afirmou que o país receberá novos estímulos, principalmente no setor imobiliário, visto pelos agentes como frente essencial para a recuperação econômica.
Embora não tenham divulgado detalhes, a sinalização de que estão sendo formuladas mais medidas para a retomada da economia chinesa contribuiu para a melhora do sentimento dos investidores, que temem pelo enfraquecimento econômico do país. Dessa forma, o maior otimismo do mercado pode contribuir para o apetite por riscos que, por sua vez, pode auxiliar o fortalecimento das commodities.
A sessão noturna desta segunda-feira (dia 25) foi de correção para as cotações da soja em Chicago, após os ganhos registrados ontem.
O mercado continua monitorando o clima nos EUA, com a safra de soja do país entrando no período chave de enchimento de grão. Previsões de chuva na região norte do Meio Oeste aliviaram as preocupações recentes com o clima.
De qualquer forma, o acompanhamento de safra dos USDA, divulgado no final da tarde de ontem, trouxe uma queda do percentual bom/excelente das lavouras, de 55% para 54%. Houve piora, por exemplo, na Dakota do Norte, uma vez que a região noroeste do cinturão tem registrado um clima mais seco. Destaca-se, ainda, que o percentual bom/excelente de Illinois continuou melhorando, mas ainda está abaixo de 50%.
O milho também registrou queda nesta terça-feira (dia 25), acompanhando o trigo, após os ganhos de ontem.
Assim como para a soja, o clima nos EUA continua central, lembrando que o USDA já cortou a produtividade esperada para o milho, após junho ter sido mais seco. As previsões de chuva mais ao norte do cinturão trouxeram algum alívio para o mercado do cereal.
Mesmo assim, especula-se qual será o tamanho da safra norte-americana, após a surpresa com o aumento significativo da área plantada em junho, enquanto, por outro lado, houve períodos de seca.
O percentual bom/excelente das lavouras do cereal nos EUA se manteve em 57%, no acompanhamento semanal do USDA. Estados mais ao leste compensaram as quedas no noroeste do cinturão.
As cotações do trigo devolveram parte dos ganhos na sessão noturna desta terça-feira (dia 25), com o mercado acompanhando os possíveis desdobramentos dos ataques russos a armazéns no Rio Danúbio, mas sem maiores novidades.
As previsões de chuva no norte do Meio Oeste também contribuíram para reduzir as preocupações com a safra de primavera dos EUA, que está em desenvolvimento.
As condições do cereal de primavera do país pioraram na última semana, com o percentual bom/excelente caindo de 51% para 49%. Dessa forma, as chuvas previstas são muito bem-vindas para a região.
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