Campinas, 28 de julho – A última sessão da semana deve repercutir a divulgação do Índice de Preços das Despesas de Consumo Pessoal (PCE, sigla em inglês) dos EUA, o qual mostrou uma desaceleração entre maio e junho.
Na comparação mensal, o índice passou de +0,3% em maio para +0,2% em junho. Em relação ao acumulado de 12 meses, o valor desacelerou de +3,8% em maio para +3,0% em junho, ligeiramente abaixo dos +3,1% esperados pelo mercado.
Também foi possível observar uma desaceleração na comparação anual do núcleo, responsável por excluir preços voláteis como alimentos e energia, o qual passou de +4,6% em maio para +4,1% em junho.
O PCE é um dos principais indicadores utilizados pelo Federal Reserve para acompanhar a inflação na economia estadunidense, e as informações de junho sinalizam um possível enfraquecimento da inflação nos EUA. Essa perspectiva pode contribuir para que o Fed encerre o ciclo de alta dos juros ainda este ano, o que poderia elevar a demanda por ativos considerados arriscados e, consequentemente, fortalecer as commodities.
Na China, os agentes exibiram um leve otimismo após o ministro de Habitação e Desenvolvimento Urbano-Rural do país afirmar a necessidade de medidas que auxiliem a retomada do setor imobiliário, que é considerado essencial para a economia chinesa. Entre os possíveis estímulos, foi citada a redução das taxas de hipoteca. Assim, embora não tenha mostrado mais detalhes, tal sinalização foi suficiente para uma ligeira melhora na confiança dos investidores.
A última sessão noturna da semana foi de baixa para as cotações da soja em Chicago.
Assim como no caso do milho, o principal fator influenciando o mercado é o clima nos EUA, uma vez que as plantas estão começando a entrar na fase de enchimento de grão no país.
O alívio das temperaturas muito altas, previsto para as próximas duas semanas, é muito bem-vindo nesse momento, enquanto os volumes de chuvas são monitorados. No caso de chuvas abaixo do normal, a não ocorrência de temperaturas muito altas acaba amenizando possíveis impactos negativos.
O milho encerrou a sessão noturna desta sexta-feira (dia 28) em queda, com o clima nos EUA ditando o ritmo das negociações.
O cereal está finalizando a fase chave de polinização e as previsões de temperaturas mais amenas nas próximas semanas são bem-vindas. Além disso, nessa última semana, foram registradas boas chuvas em grande parte do Meio Oeste.
Para os próximos 15 dias, algumas regiões do cinturão devem ter precipitações abaixo do normal, mas as temperaturas mais amenas acabam aliviando as preocupações.
Na sessão noturna desta sexta-feira (dia 28), as cotações do trigo em recuaram em Chicago.
O mercado continua acompanhando a situação do Mar Negro, mas a falta de novidades acaba abrindo espaço para quedas no mercado.
Destaca-se que uma consultoria russa aumentou a estimativa de produção de trigo do país de 86,8 para 87,1 milhões de toneladas, num momento em que a Rússia afirmou a líderes africanos que a safra do país seria capaz de substituir a falta do cereal ucraniano.
Além disso, as perspectivas para a safra norte-americana se mantêm positivas, e as previsões climáticas na Argentina também estão favoráveis.
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