Campinas, 31 de julho – O radar dos mercados globais conta com importantes indicadores macroeconômicos a serem divulgados ao longo dessa semana, como os Índices de Gerente de Compras (PMI, sigla em inglês) dos EUA, China e Zona do Euro, relatório de payroll dos EUA e a prévia da inflação na Zona do Euro.
Hoje (31), os agentes repercutem a primeira leitura para a inflação (CPI, sigla em inglês) da Zona do Euro, a qual indicou que o mês de julho deve recuar 0,1% em relação ao mês anterior. Na comparação anual, a prévia mostra um aumento de 5,3% ante o mesmo período de 2022, o que significaria uma ligeira desaceleração em relação aos +5,5% relatados no mês passado.
Além disso, os investidores devem repercutir a divulgação do Índice de Gerente de Compras (PMI, sigla em inglês) da China. De acordo com o Instituto Nacional de Estatísticas do país (NBS), o PMI da indústria passou de 49 pontos em junho para 49,3 pontos em julho, ligeiramente acima dos 49,2 projetados pelo mercado.
Embora ainda esteja em território de contração (os 50 pontos separam a expansão e a contração), o indicador de julho mostrou uma leve recuperação do setor industrial, com um avanço pelo 2º mês consecutivo. Dada a grande importância da atividade industrial para a China, player relevante no mercado de grãos, é possível que o resultado contribua para o maior apetite por riscos, podendo fortalecer as commodities.
Para o setor não-manufatureiro, o PMI passou de 53,2 pontos em junho para 51,5 pontos em julho. Apesar de sinalizar uma desaceleração ante o mês anterior, como também ter ficado abaixo da projeção de 52,9 pontos, o resultado parece não ter preocupado os agentes, visto que o índice permaneceu em território de expansão.
As cotações da soja começaram a semana em queda em Chicago, com o clima norte-americano continuando a direcionar os preços.
As previsões meteorológicas dos EUA indicando um clima mais chuvoso e temperaturas mais amenas em partes importantes da região produtora do país são muito bem-vindas, com as lavouras de soja entrando na fase de enchimento de grão.
Nos primeiros dias de agosto, as precipitações ainda devem ser limitadas no noroeste do cinturão, mas, a partir do próximo final de semana, estão previstas chuvas também nessa região.
Assim como para a soja, as cotações do milho em Chicago registraram queda na sessão noturna desta segunda-feira (dia 31), sob influência do clima nos EUA.
No caso do cereal, a fase chave da polinização se concentra em julho, mas as condições climáticas em agosto ainda podem trazer impacto significativo para o número de produtividade.
Além das previsões, nesse último final de semana, foram registradas boas chuvas para as regiões central e para partes do noroeste do cinturão.
O trigo também registrou queda no pregão noturno desta segunda-feira (dia 31).
O mercado ainda se pergunta como ficarão as exportações ucranianas de trigo sem a opção de se utilizar os portos do Mar Negro, após a não renovação do acordo.
Por outro lado, as perspectivas apontam para uma grande disponibilidade de trigo russo, com as estimativas para a safra do país passando por revisões para cima.
Além disso, as previsões de temperaturas mais amenas e de precipitações nos EUA devem beneficiar também as áreas de trigo de primavera do país, com as perspectivas já estando favoráveis.
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