Campinas, 01 de agosto – A primeira sessão do mês conta com a divulgação do Índice de Gerente de Compras (PMI, sigla em inglês) manufatureiro dos EUA, às 11h, calculado pelo Instituto para Gestão de Oferta (ISM, sigla em inglês).
O indicador é acompanhado pelos agentes para entender como está a saúde do setor industrial do país, que ganhou mais atenção em meio ao recente aperto monetário promovido pelo Federal Reserve.
Além disso, a S&P Global divulgou o PMI industrial da Zona do Euro, o qual passou de 43,4 pontos em junho para 42,7 pontos em julho, abaixo da projeção inicial de 43,5 pontos. Com isso, o indicador do setor exibiu a 6ª queda consecutiva, atingindo o menor nível desde maio de 2020 e permanecendo em território de contração.
Vale lembrar que a região enfrenta um contexto de alta inflação, fazendo com que o Banco Central Europeu (BCE) escolha pelo aumento dos juros para tentar enfraquecer o avanço dos preços. Assim, os resultados do PMI sinalizam o impacto desse aperto monetário nos setores domésticos da região, o que pode contribuir para a aversão ao risco e, portanto, enfraquecer as commodities.
Por fim, os agentes parecem não confiar nas medidas de estímulos anunciados pelo governo da China. Ontem (31), foram anunciadas políticas para incentivar a demanda doméstica, principalmente para carros, eletrodomésticos e imóveis.
Entretanto, parte do mercado entende que ainda é necessário medidas que foquem no aumento da renda e melhora dos empregos para que a economia chinesa consiga sustentar a sua recuperação. Assim, essa menor confiança dos investidores pode contribuir para a busca de ativos considerados seguros.
As cotações da soja registraram alta no pregão noturno desta terça-feira (dia 01), com os reportes de compras de soja norte-americana pela China.
Além disso, o andamento da safra dos EUA continua central. Ontem, o USDA atualizou seu acompanhamento de safra, cortando o percentual bom/excelente das lavouras do país para 52%, queda de 2 p.p., acima do que o mercado esperava, devido às temperaturas elevadas. No ano passado, 60% das lavouras estavam em condições boas/excelentes.
Mesmo assim, destaca-se que as condições climáticas para as próximas semanas, quando a soja norte-americana estará passando pelo período chave do enchimento de grão, continuam favoráveis.
As cotações do milho registraram queda, numa sessão noturna calma, sem grandes novidades.
Além da definição do tamanho da safra norte-americana, a entrada de uma safrinha recorde no Brasil, com relatos de excelentes produtividades, aumenta a competição com o milho norte-americano, destacando que o cereal da segunda safra no Brasil é em grande parte destinado ao mercado externo.
Nos EUA, as condições das lavouras de milho pioraram na semana passada, com o percentual bom excelente caindo de 57% para 55%, quando se esperava uma estabilidade. Os estados responsáveis pelo recuo foram os do noroeste do cinturão, região que vem registrando um clima mais seco.
O trigo registrou um comportamento misto na sessão noturna desta terça-feira (dia 01).
As tensões na região do Mar Negro continuam sendo acompanhadas pelo mercado, mas sem maiores novidades. Por enquanto, o fluxo de trigo da Ucrânia está muito limitado, mas o trigo russo continua disponível e com preços baixos em comparação a outras origens.
Nos EUA, o USDA trouxe uma piora das condições das lavouras de primavera acima do esperado, com o percentual bom/excelente caindo para 42%, o que forneceu suporte aos preços. Assim como os outros grãos, o cereal foi afetado pela onda de calor da semana passada.
Este documento contém opiniões do autor e não necessariamente reflete as estratégias da StoneX. As previsões de mercado são especulativas e podem variar. O investidor é responsável por qualquer decisão baseada neste material. A StoneX só negocia com clientes que atendem aos critérios legais. O aviso legal completo está em https://brasil.stonex.com/aviso-legal/.
É proibida a cópia ou redistribuição deste material sem permissão da StoneX.
© 2024 StoneX Group, Inc.
Descubra mais insights
