Campinas, 07 de agosto – A semana se inicia com os investidores aguardando o Índice de Preços ao Consumidor (CPI, sigla em inglês) dos Estados Unidos, a ser divulgado na quinta-feira (10).
O indicador acompanha o desempenho da inflação e, aliado aos dados de payroll divulgados na sexta-feira passada (04), pode fornecer mais sinais sobre os efeitos da política monetária do Federal Reserve na economia estadunidense.
Vale lembrar que, na sexta-feira (04), o relatório de situação de emprego dos Estados Unidos (payroll) mostrou a criação de 187 mil vagas de emprego em julho, contra as +200 mil projetadas pelo mercado.
Além disso, o número revisado de 185 mil vagas criadas no mês anterior (contra 209 mil indicadas previamente), contribuiu para a interpretação de que o país não parece enfrentar grandes problemas em sua atividade econômica e, portanto, que o Fed pode encerrar o ciclo de aperto monetário – cenário que fortaleceria as commodities, dado o maior apetite ao risco.
A China também conta com novos dados macroeconômicos nesta semana, como o resultado das exportações de todos os bens previsto para ser divulgado na madrugada de amanhã (08), e o Índice de Preços a ser divulgado na quarta-feira (09).
Enquanto aguardam tais informações, o sentimento dos investidores foi de maior cautela, principalmente pela expectativa de que as exportações gerais da China em julho tenham recuado na comparação anual. Os agentes entendem que o país exibe dificuldades em mostrar uma recuperação na atividade econômica, o que contribui para a maior aversão ao risco dos participantes do mercado.
Os preços da soja fecharam em baixa no pregão noturno em Chicago, seguindo o movimento guiado pelo clima com chuvas em regiões produtoras dos Estados Unidos.
Apesar do volume de chuvas ao longo do final de semana ser menor em relação ao registrado na semana passada, a melhora no clima no Centro-Oeste durante o pico de desenvolvimento da oleaginosa pressiona os preços.
Esse movimento ocorre porque aumenta a probabilidade de maiores rendimentos para a soja este ano, o que é um presságio de baixa para os preços. Além disso, temperaturas baixas e chuvas previstas para a próxima semana estão diminuindo as preocupações com os danos às colheitas causados pelo calor no início da etapa de crescimento.
Os preços do milho foram negociados em queda esta manhã, enquanto o mercado aguarda o relatório de estimativas para a oferta e demanda globais que será divulgado esta sexta pelo USDA. O clima continua favorável para a safra de milho nos Estados Unidos e a perspectiva de uma grande safra brasileira continuam pressionando o movimento de preços.
Apesar do movimento baixista para os preços do milho, as perdas foram limitadas por novas preocupações com a oferta de grãos no Mar Negro e o mercado segue atento aos desdobramentos do conflito entre Rússia e Ucrânia.
Os preços do trigo nos EUA subiram esta manhã, após o registro de um ataque ucraniano a um cargueiro russo no Mar Negro no fim de semana. O aumento dos riscos e efeitos da guerra do Mar Negro dão suporte para o movimento de alta, dada a importância destes players no mercado internacional de trigo.
Além disso, os preços estão suscetíveis aos efeitos do fim do acordo de Iniciativa de Grãos, dado que se aproxima o período de maior volume de exportações da Ucrânia tende a afetar o nível da demanda global.
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