Resumo Semanal de Commodities

Resumo Semanal de Commodities
 
Inteligência StoneX
Variação de commodities agrícolas e energéticas - 27/10 a 03/11/2023
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Fonte: StoneX cmdtyView.
 
Asset 1  CÂMBIO
Câmbio despenca em meio a recuperação do apetite global por riscos

A semana foi marcada por uma forte recuperação de ativos arriscados, impulsionada, por sua vez, pela decisão do Federal Reserve de manter sua taxa básica de juros inalterada pela segunda reunião consecutiva e pela divulgação de dados mais moderados para a economia americana. Nem mesmo a ampliação de temores quanto às metas fiscais brasileiras impediu o fortalecimento do real.  

O dólar negociado no mercado interbancário terminou a semana em queda, encerrando a sessão da sexta-feira (03) cotado a R$ 4,897, recuo semanal de 2,3%, mensal de 3,0% e anual de 7,2%. Já o dollar index fechou o pregão desta sexta cotado a 104,9 pontos, variação de -1,4% na semana, -1,0% no mês e +1,5% no ano. 

 
cAsset 2  SOJA
Soja continua em alta, acompanhando clima na América do Sul e demanda 

As cotações da soja em Chicago alternaram entre altas e baixas no começo da semana, ganhando força nos últimos pregões do período e fechando a quarta semana consecutiva com ganhos. O vencimento para janeiro encerrou a sexta-feira (dia 03) em 1351,75 cents por bushel, alta de 2,4%. 

Apesar de o avanço da colheita nos EUA continuar sendo um período de pressão sobre os preços, o mercado de farelo, em meio com a preocupações com a oferta argentina movimentou os preços. Preocupações com o esmagamento na Argentina e com questões climáticas e um maior otimismo em relação às importações chinesas de soja norte-americana foram fatores de suporte.

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cAsset 1  MILHO
Com colheita nos EUA caminhando para sua reta final, clima na América do Sul e exportações americanas devem ganhar ainda mais destaque nas próximas semanas 
Os futuros do milho tiveram uma semana marcada por elevada volatilidade em Chicago. Uma expressiva tendência de baixa predominou na tela do cereal entre segunda e quinta-feira, com o Dezembro/23 chegando a acumular uma contração de 2,3% frente ao fechamento da semana anterior (27/out), ficando abaixo do patamar de 470 cents/bu. Contudo, no último pregão da semana, os futuros do grão recuperaram boa parte das perdas. O contrato mais próximo do milho finalizou a sexta-feira (03/nov) precificado a 477,25 cents/bu, encerrando a semana com uma variação negativa de 0,7%. A predominância do movimento baixista foi promovida pelo bom ritmo da colheita nos EUA, pelo registro de elevadas chuvas em importantes regiões produtoras da América do Sul e pelo ritmo ainda enfraquecido de vendas dos EUA. Por outro lado, será importante se atentar a uma possível recuperação do nível do rio Mississippi, que pode beneficiar o fluxo de grãos norte-americanos e possibilitar um avanço de seus preços. 
 
Asset 11  ÓLEOS VEGETAIS
Óleos terminam com resultados mistos, com óleo de soja seguindo pressionado por oferta elevada

Os óleos vegetais encerraram a última semana com resultados mistos em suas principais bolsas de negociação. O óleo de soja segue encarando a forte pressão baixista de um cenário de curto prazo de oferta robusta e demanda mais lenta, principalmente se tratando do mercado americano, enquanto o óleo de palma encontrou suporte nas maiores preocupações com a produção global no próximo ano. O contrato mais ativo do óleo de soja encerrou a semana cotado a US¢ 49,4/lb, queda de 5,6%, enquanto a palma avançou 0,9%, terminando a USD 797,3/t.  

Um dos destaques foi a divulgação dos dados de produção, exportação e estoque de óleo de palma da Indonésia em agosto. Apesar de a produção acumulada nos 8 primeiros meses do ano ainda superar em 15% o ano anterior, fruto de um primeiro semestre bastante forte, a queda de ritmo de 11,6% em agosto em relação ao mês anterior chama atenção pelo fato de estes ser um momento do ano sazonalmente de elevação na produção da palma. Desta forma, é possível que as chuvas abaixo das médias observadas nos últimos meses possam estar começando a ter reflexos no ritmo produtivo da Indonésia. 

 
Asset 9  FERTILIZANTES
Relação de troca desfavorável pode impactar aquisições de fertilizantes para a “safrinha” de milho
Depois da Índia fechar a importação de 1,67 milhão de toneladas de ureia, as atenções no mercado de fertilizantes se voltaram para Brasil e Europa, onde os agricultores estão fazendo aquisições para a safrinha de milho e o trigo de inverno, respectivamente. Entretanto, em ambos mercados a demanda está pouco aquecida, já que a relação de troca entre fertilizantes e grãos está pouco atraente. Devido a esta fraqueza na demanda, os fertilizantes nitrogenados e potássicos estão desvalorizando na maior parte dos mercados. No mercado de fosfatados, a demanda indiana e problemas na oferta chinesa ainda estão sustentando as cotações. Entretanto, a expectativa é que este mercado também desaqueça até o final do ano. 
 
Asset 12  PECUÁRIA
Em semana com feriado, mercado traz poucas negociações e indústria monitora a demanda nos últimos meses de 2023
A semana foi marcada por um baixo volume de negociações e pouca liquidez no mercado físico, em parte devido ao feriado. A maioria das praças monitoradas pela StoneX, vale frisar, registrou pouca variação de preço, e, nos momentos em que ela ocorreu, foram pequenas diminuições nas cotações. Em Araçatuba (SP), onde são registrados os maiores preços para o Boi comum, as negociações acontecem no patamar de R$ 232/@. No Triângulo Mineiro, por sua vez, o animal comum é vendido por R$ 219/@, e, ao longo da semana, houve uma diminuição de 2% em sua cotação. 
 
Asset 13  AÇÚCAR E ETANOL
Açúcar finalizou a semana na máxima em 12 anos
Na última sexta-feira (03), o açúcar voltou a subir na bolsa de Nova Iorque, após passar o feriado brasileiro do dia 02 de novembro em estabilidade. No último pregão da semana, o contrato de março/24 foi precificado a US¢ 27,70/lb, maior valor desde outubro de 2011 – com valorização diária de 29 pontos (+1,1%) e crescimento de 1,6% em relação à sexta passada. O aperto no trade flow da commodity é evidente desde novembro do ano passado, quando o mercado já começava a precificar a possibilidade de quebra na safra indiana, que se confirmou. Após momentos de correção ao longo do ano, reagindo à elevada produção açucareira do Centro-Sul do Brasil, os efeitos do El Niño trouxeram fortes fatores altistas para o demerara, especialmente pelas expectativas de novas quebras na Índia e menor oferta pela Tailândia – mesmo que o Brasil esteja em um dos melhores (se não, o melhor) ano em termos de produção do adoçante.
Hidratado está praticamente lateral desde agosto de 2023 
Nesta sexta-feira (03), o indicador coletado pelo CEPEA para o etanol hidratado no estado de São Paulo fechou em R$ 2,2069litro (líquido), leve queda semanal de 0,5%. Desde a segunda metade de agosto, o produto vem em trajetória estável, variando entre R$ 2,17-2,21/L desde então, tendo o mercado encontrado acomodação nesse patamar de preços. Mesmo sob alta demanda, as usinas estão bem estocadas desde o início da volumosa safra 2023/24 (abr-mar) no Centro-Sul (CS) e, enquanto a moagem na região não perder ritmo significativamente, é possível que haja fluxo de oferta suficiente para manterem estáveis os preços, que devem, assim, subir quando a entressafra de cana se intensificar.
 
Asset 7  CAFÉ
Futuros de café arábica avançam, mas cotações do robusta terminam a semana em queda 

Na última semana, os preços futuros de café arábica voltaram a apresentar fortes avanços na sua principal bolsa de negociação. A cotações na ICE em Nova Iorque avançaram em meio a queda nos estoques certificados de café, a queda do dólar durante a semana, o switch invertido nos primeiros contratos e a ausência do Brasil durante o feriado. Para o café robusta, o recuo observado na semana esteve relacionado a expectativa de volumes robustos na exportação brasileira do tipo em outubro, o que pode ser confirmado pelos dados do Cecafé que serão divulgados nas próximas semanas. 

Em Nova Iorque, o contrato mais ativo, de dezembro, apresentou ganhos de 995 pontos (6,2%), fechando a sexta-feira (03) cotado em US₵ 170,90/lb. Em Londres, as cotações de café robusta para o contrato de janeiro apresentaram perdas de USD 11/ton (-0,5%), fechando o período cotado em USD 2372/ton.  

 
Asset 5  CACAU
Cacau continua avanço na bolsa de Nova Iorque e renova máximas
As cotações do contrato futuro com segundo vencimento mais próximo (março/24) na bolsa de Nova Iorque (ICE/US) avançaram 1,2% na última semana, com aumento de US$ 47/ton, de US$ 3.880/ton para US$ 3.927/ton, atingindo o maior patamar desde 1978. O contrato equivalente na bolsa de Londres (ICE/Europe), por sua vez, registrou recuo de 0,4% entre os dias 27 de outubro e 03 de novembro, saindo de GBP 3.358/ton para GBP 3.343/ton ao fim do pregão da última sexta (03). De modo geral, o sentimento altista no mercado permanece devido à perspectiva de um terceiro déficit consecutivo no balanço global de oferta e demanda da amêndoa ao fim da temporada 2023/24.  Os temores são impulsionados pela ocorrência de um El Niño de alta intensidade nos próximos meses, fenômeno que tende a prejudicar o desempenho da produção cacaueira na região. 
 
Asset 6  ALGODÃO
Preocupações com a demanda têxtil no mundo pressionam negativamente as cotações da pluma em Nova Iorque
Os contratos de algodão registraram uma queda substantiva na semana encerrada dia 3/nov. Com isso, o contrato com vencimento em dezembro/2023 encerrou o período negociado a US¢79,62/lb, enfrentando um tombo de 5,93% no agregado semanal. Preocupações com a demanda têxtil no mundo vêm pressionando negativamente as cotações. Para além disso, um movimento de venda motivado pela proximidade do vencimento do Dezembro/23 também pesa nos preços dos futuros, expressa também pela ampliação do spread dez23/mar24, que caiu de US¢-1,75/lb para US¢-2,50/lb ao longo da última semana.
 
Asset 8  PETRÓLEO
Petróleo acumula queda de 6% na semana

Na última semana, as cotações de futuros do contrato mais ativo do Brent acumularam queda de 6,18%, negociadas a USD 84,89 bbl na última sexta-feira (03) enquanto o WTI ficou em USD 80,51 bbl, registrando uma redução semanal de 5,88%. O petróleo aprofundou a tendência de queda na última semana, motivado por fatores macroeconômicos, após decisões de Bancos Centrais nos EUA e na Europa, e um menor prêmio de risco com o conflito no Oriente Médio limitado a Israel e Hamas. Além disso, preocupações com a economia chinesa em meio retração do PMI industrial também pressionaram as cotações do petróleo.

 
cAsset 3  DIESEL
Apesar dos estoques em queda nos EUA, combustível registra redução dos preços 
Na semana passada, o contrato mais ativo do ULSD NY Harbor operou em forte queda, terminando a sexta-feira (03) em USD 2,9265 por galão (-4,20%). O diesel seguiu sofrendo pressões com as quedas dos preços do petróleo, conforme as perspectivas macroeconômicas menos otimistas seguem afetando negativamente as cotações da commodity. Em contrapartida, a queda dos estoques nos EUA trouxe receios sobre a segurança da oferta de diesel no país, sustentando os preços do combustível.
 
cAsset 3  GASOLINA
 Vendas de gasolina recuam no Brasil 
Na última semana, o contrato mais ativo do RBOB acumulou queda de 4,8%, cotado a USD 2,201 por galão na sexta-feira (03). Os contratos seguiram o movimento do petróleo, pressionados por fatores macroeconômicos após decisões de Bancos Centrais nos Estados Unidos e Europa, como também afetados pelo aumento dos estoques de gasolina nos Estados Unidos. No Brasil, as vendas do combustível atingiram o menor valor do ano em setembro, de acordo com a ANP, refletindo a queda da competitividade do fóssil frente o etanol hidratado.

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