Resumo Semanal de Commodities

Resumo Semanal de Commodities
 
Inteligência StoneX
Variação de commodities agrícolas e energéticas - 12/01 a 19/01/2024
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Fonte: StoneX cmdtyView.
 
Asset 1  CÂMBIO
Dólar se fortalece pelo mundo em meio a ajuste de expectativas sobre trajetória dos juros

A semana foi marcada por um esforço sistemático de autoridades do Federal Reserve e do Banco Central Europeu para frear apostas excessivamente otimistas de cortes de juros ao longo de 2024 por parte destas instituições, promovendo um reajuste moderado de posições entre os agentes de mercado e um fortalecimento global da moeda americana. O dólar negociado no mercado interbancário terminou a semana em alta, encerrando a sessão desta sexta-feira (19) cotado a R$ 4,9273, ganho semanal de 1,5%, mensal de 1,6% e anual de 1,6%. Já o dollar index fechou o pregão desta sexta cotado a 103,1 pontos, variação de +0,9% na semana, +2,0% no mês e +2,0% no ano.

 
cAsset 2  SOJA
Safra na América do Sul e incertezas quanto à demanda fazem soja recuar na CBOT

Na última semana, marcada pela celebração do Dia de Martin Luther King Jr. na segunda-feria (15), os contratos futuros da soja encerraram o período no campo negativo em Chicago. O contrato com vencimento em março de 2024 finalizou a sexta-feira (19) cotado a 1.213,25 cents/bu, queda de 0,9% na semana. Além de toda a discussão sobre a produção de soja, em especial na América do Sul, a demanda também é alvo de debates, principalmente a pela soja dos EUA. Em relação à procura pela oleaginosa norte-americana, a variável que mais vem recebendo atenção é a exportação. O país tem registrado níveis abaixo do esperado de vendas e embarques de soja, fator que vem impondo limites às cotações do grão. Além disso, os baixos níveis no Canal do Panamá seguem dificultando a chegada do produto estadunidense nos mercados asiáticos e contribuindo para um ritmo de embarques e negócios menos aquecidos que o esperado.

 
cAsset 1  MILHO

Milho finaliza mais uma semana no campo negativo, afetado principalmente por WASDE

Em semana mais curta em função de feriado nos EUA, os futuros do milho acumularam desvalorizações em Chicago. O Março/24 finalizou a sexta-feira (19) cotado a 445,5 cents/bu, queda de 0,3% na semana. Entre os principais direcionadores, temos o desenvolvimento da safra sul-americana como principal ponto pelo lado da oferta e, pelo lado do consumo, as incertezas sobre a demanda global pelo cereal. No caso dos EUA, a sensação em relação à demanda pelo grão norte-americano é que a procura pelos setores de etanol e de ração é mais segura. Contudo, sua destinação para exportação é mais incerta. Os baixos níveis no Canal do Panamá seguem contribuindo para um ritmo de vendas e exportações de milho dos EUA aquém do esperado. Além disso, a elevada oferta de trigo no Mar Negro também tem afetado a procura pelo milho. No Brasil, os futuros também recuaram, mas com muito mais intensidade. O Março/24 encerrou a última sexta-feira cotado a R$ 65,40/sc, desvalorização de 4,0% na semana. A forte queda registrada na B3 foi novamente motivada por perspectivas mais favoráveis para a oferta brasileira.

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Asset 11  ÓLEOS VEGETAIS
Óleo de soja fecha em queda, enquanto palma segue em alta

O óleo de soja terminou em desvalorização na bolsa de Chicago na última semana, influenciado pelo sentimento de ampla oferta tanto no curto prazo, com a divulgação de esmagamento recorde nos EUA em dezembro, quanto no médio prazo, com melhores previsões de clima aliviando o temor com uma quebra severa na safra brasileira de soja, enquanto a Argentina deve registrar grande produção. O óleo recuou 2,8% na semana, cotado a US¢ 46,9/lb. Já o óleo de palma terminou a sua segunda semana com desempenho positivo, com dados mais fracos para produção e estoques na Malásia ainda pesando, enquanto os dados oficiais da Índia mostraram que em dezembro o país registrou o maior volume de óleo de palma importado em 4 meses. O óleo de palma fechou cotado a USD 839,4/t, valorização semanal de 1,1% e atingindo seu maior nível desde o início de dezembro.

 
Asset 9  FERTILIZANTES
Cada tipo de fertilizante está apresentando uma tendência diferente de preço

Os fertilizantes nitrogenados estão em alta. O movimento ainda é consequência do resultado do leilão indiano, que mostrou poucas tradings dispostas a vender ureia pelo patamar de preço vigente. Já os fertilizantes potássicos estão estáveis. Os preços praticamente não se alteraram em 2024, mantendo-se nos mesmos patamares que existiam ao final de 2023. Por fim, o KCl segue desvalorizando. As perdas são resultado da fraqueza da demanda, com nenhum dos cinco grandes consumidores de fertilizantes do mundo (China, Índia, EUA, Brasil e Europa) estando em época de aplicação.

 
Asset 12  PECUÁRIA
Semana foi marcada por desvalorização no preço do boi gordo na bolsa
Na primeira metade de janeiro, as vendas de carne bovina no atacado e no varejo foram fracas. Em parte, isso já era esperado, já que no início do ano a população se encontra desmonetizada (IPVA, material escolar, etc). Entretanto, há indícios de que as vendas foram ainda menores do que se imaginava, já que foi divulgado sobra de carne no atacado e no varejo. Olhando agora para este início da segunda metade de janeiro - período em que parte importante dos salários já foi consumida e a população começa a economizar - a demanda por carne bovina recuou ainda mais, o que está se refletindo nas vendas. Portanto, a expectativa é que os frigoríficos comprem poucos bovinos nos próximos dias, com a demanda pelo animal só voltando a ter mais força quando a população voltar a comprar carne. Esta perspectiva levou os investidores a apostar em desvalorizações na bolsa.
 
Asset 13  AÇÚCAR E ETANOL
Açúcar tem semana de significativa alta em suas bolsas de negociação

Na última semana, os preços do açúcar bruto e branco demonstraram forte recuperação nos mercados futuros. Para a tela mais líquida do bruto #11 (SBH24), o período desde o fechamento da última semana indicou crescimento de 9,1%, encerrando esta sexta-feira (19) na marca de US¢ 23,57/lb. Para o branco #5 (SW24), o movimento foi semelhante, indicando valorização de 8% no período. Neste contexto, a reação do açúcar ocorre diante de uma semana lateral para a maioria da commodities, reforçando a mudança de sentimentos para o mercado açucareiro. Diante da forte movimentação altista, a mudança de percepção do mercado se ampara na divulgação de relatórios de acompanhamento de safra na Índia e Tailândia confirmando as expectativas pessimistas do setor devido ao El Niño, o que fortalece o argumento de um cenário sobrevendido para o açúcar após a forte liquidação dos especuladores ao final de dezembro.

Precificação do etanol hidratado reage à demanda em alta
Na última semana, os preços do etanol demonstraram recuperação significativa nas principais praças de comercialização do estado de São Paulo. Após iniciar a semana com as últimas indicações ao redor de R$ 2,20/L - menor nível para o etanol com base nas usinas desde setembro de 2020 – o hidratado finalizou esta semana com negócios próximos a R$ 2,40/L. Neste cenário, além do contexto de entressafra, que limita a oferta das usinas, a demanda parece ter finalmente respondido aos níveis de paridade amplamente favoráveis. Na última semana, a relação entre o hidratado e a gasolina nos postos do estado São Paulo se posicionou na marca de 59,5%, menor nível já registrado para o período de entressafra. 
 
Asset 7  CAFÉ
Futuros de café fecham semana em alta

Os futuros de café encerraram com desempenho positivo na última semana em suas principais bolsas de negociação. Em Nova Iorque, o café arábica oscilou entre ganhos e perda ao logo da semana, até consolidar o seu ganho semanal no pregão da sexta-feira (19), enquanto o mercado aguarda por mais informações a respeito das estimativas para a safra brasileira de 2024/25 e é influenciado pela forte alta nos preços do café robusta. O contrato de mar/24 fechou a semana cotado a US¢ 185,15/lb, avanço semanal de 515 pontos (2,9%). Em Londres, os futuros de café robusta seguiram em sua escalada de preços, enquanto a oferta limitada permanece, tanto em função das safras menores em Indonésia e Vietnã quanto pelos problemas logísticos ocasionados pelo conflito no Mar Vermelho. Participantes do mercado também tem relatado que produtores vietnamitas têm evitado fechar novos negócios de volumes expressivos, especulando que uma manutenção do conflito possa acarretar preços ainda maiores nas próximas semanas. A tela equivalente no terminal Londrino encerrou cotada a USD 3128/ton, ganho semanal de 6,4%.

 
Asset 5  CACAU
Cotações da amêndoa avançam após sinalização de resiliência da demanda
Na última semana, o contrato futuro de cacau mais ativo — e com vencimento mais próximo (março/24) — fechou o período com alta nas principais bolsas de negociação da commodity devido aos resultados regionais mais fortes que o esperado para a moagem da amêndoa durante o último trimestre de 2023. Na bolsa de Nova Iorque (ICE/US), contrato com vencimento em março de 2024 apresentou avanço de 6,0% entre os dias 12 e 19 de janeiro, indo de US$ 4.323/ton para US$ 4.583/ton. O contrato equivalente negociado na bolsa londrina (ICE/Europe), por sua vez, reportou valorização de GBP 170/ton, indo de GBP 3.606/ton para GBP 3.776/ton ao fim do pregão da última sexta (19), encerrando a semana com variação positiva de 4,7%.
 
Asset 6  ALGODÃO
Algodão fecha mais uma semana no território positivo, com boas exportações nos EUA.
Em adição à pressão altista da semana encerrada no último dia 12, que ofereceu suporte para a pluma com perspectivas de uma oferta mais restringida nos EUA – após publicação do WASDE –, os contratos de algodão continuaram no território positivos na semana passada, dessa vez por melhores perspectivas de demanda. O Março/24 era negociado ao fim da última sexta-feira (19) a US¢83,95/lb, uma alta de 3,75% no comparativo semanal. As boas perspectivas de demanda que forneceram suporte aos contratos no período foram fortalecidas com a publicação de novos dados de vendas de exportação de algodão dos EUA, que reportou 92,3 mil toneladas de novas vendas na safra corrente, volume 84,6% maior do que a média-móvel de 4 semanas.
 
Asset 8  PETRÓLEO
Petróleo encerra semana em leve queda

Na última semana, as cotações de futuros do contrato mais ativo do Brent acumularam alta de 0,34%, negociadas a USD 78,56 bbl na última sexta-feira (19) enquanto o WTI também registrou uma alta semanal de 1,93%, negociado em USD 73,41 bbl. Os futuros do petróleo encontraram apoio em alguns fundamentos ao longo da semana. Entre eles, destaca-se a escalada de tensões no Oriente Médio, além de uma queda não antecipada dos estoques de petróleo nos Estados Unidos. No entanto, preocupações com demanda global e menor apetite por riscos limitam recuperação do Brent. Assim, cotações seguem praticamente lateralizadas em meio a dificuldade do mercado em sustentar uma tendência de preços.

 
cAsset 3  DIESEL
Combustível encerra semana em queda
Na semana passada, o contrato mais ativo do NY Harbor ULSD encerrou a semana em leve queda, terminando a sexta-feira (19) em USD 2,6621 por galão (-0,44%). Assim, o combustível interrompe a tendência das últimas semanas, conforme um aumento dos estoques nos Estados Unidos e perspectivas menos positivas para o consumo global, especialmente na China, contribuíram para reverter os ganhos dos futuros.
 
cAsset 3  GASOLINA
Demanda brasileira atinge recorde em 2023
Na última semana, o contrato mais ativo do RBOB acumulou alta de 2,0%, cotado a USD 2,1628 por galão na sexta-feira (22). O derivado seguiu os ganhos do petróleo observados na semana, influenciado também pelos receios de problemas logísticos trazidos pelos conflitos no Mar Vermelho.

 

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