Resumo Semanal de Commodities

Resumo Semanal de Commodities
 
Inteligência StoneX
Variação de commodities agrícolas e energéticas - 04/04 a 11/04/2025

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Fonte: StoneX cmdtyView. *Valores referentes à variação do primeiro contrato contínuo para as respectivas commodities. 
 
Asset 1  CÂMBIO
Dólar se desvaloriza em semana marcada pela volatilidade e busca por ativos seguros.

A semana foi marcada pelos receios de que a imprevisibilidade das políticas econômicas americanas e a “guerra tarifária” entre EUA e China provoquem uma recessão econômica global, resultando em ampla volatilidade e pessimismo nos mercados financeiros globais. Isto, por sua vez, alavancou o desempenho de ativos considerados “portos seguros”, como o ouro, franco suíço e o iene, e enfraqueceu o dólar globalmente. A taxa de câmbio do real terminou a sessão desta sexta-feira (11) cotada a 5,8703, variação de +0,5% na semana, +2,9% no mês e -5,0% no ano. Já o dollar index fechou o pregão desta sexta cotado a 99,9 pontos, recuo semanal de 3,0%, mensal de 4,1% e anual de 7,6%.

 
cAsset 2  SOJA
Adiação das tarifas nos EUA faz soja fechar semana com ganhos

No começo do mês de abril, as cotações da soja em Chicago foram muito pressionadas, uma vez que a China, que é o maior importador global da oleaginosa, compra a maior parte do grão do Brasil e dos EUA. Contudo, na metade da semana passada, Trump anunciou que adiaria a imposição de tarifas para os países que não retaliaram, o que aliviou o humor dos mercados, com a soja e outros ativos mais arriscados mostrando uma recuperação. Mesmo assim, uma vez que a China adotou uma posição retaliatória, vimos uma escalada na tarifação entre os dois países, atingindo níveis que praticamente impossibilitam o comércio bilateral. Com isso, o vencimento mais próximo da soja em Chicago encerrou a semana negociado a US¢1042,75/bu (+6,7%).

Também na semana passada, o USDA divulgou uma atualização das suas estimativas de Oferta & Demanda, que trouxe ajustes pequenos, com destaque para um aumento na estimativa de esmagamento dos EUA seguindo um cenário de consumo doméstico aquecido. A demanda norte-americana por soja para esmagamento pode se reforçar ainda mais, uma vez que existem conversas entre produtores de biocombustíveis com o governo discutindo a possibilidade de aumento dos mandatos de mistura de biodiesel e diesel renovável.

 
cAsset 1  MILHO

Milho segue vendo ganhos com fundamentos fortalecidos

Todos os fundamentos apontaram para altas no mercado de milho na semana passada. Uma cessão da maior parte das tarifas dos EUA contra parceiros comerciais somou-se a um WASDE fortemente altista para entregar uma valorização de 6,5% para o contrato contínuo do milho em Chicago, que era negociado, no fechamento da última sexta-feira, a US¢490,25/bu. O plantio já se iniciou nos EUA e o mercado passará a sofrer cada vez mais influência do mercado climático daqui para frente. Além disso, agentes seguem atentos para o desenvolvimento da safrinha no Brasil, onde os preços, tanto físicos quanto futuros, também vieram operando em alta. A valorização no mercado internacional abriu espaço para novos ganhos também na bolsa brasileira, onde o contrato de mai/25 encerrou a semana em alta de 3,8%, negociado a R$79,34/saca.

O USDA realizou uma já esperada revisão positiva para as exportações de milho dos EUA, o que pressionou os estoques finais do país, trazendo a relação estoque/uso para baixo dos 10% pela primeira vez em 3 anos.

No mais, o mercado acompanha fortemente o clima, tanto ao norte quanto ao sul, uma vez o mês de abril conta com o início do plantio da safra de verão nos EUA, bem como conta com a entrada das lavouras da safrinha brasileira no período de pendoamento, momento crucial para o pleno desenvolvimento dos milharais.

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Asset 11  ÓLEOS VEGETAIS
Em continuidade da instabilidade nos mercados globais, óleos vegetais fecham semana em direções opostas

Por mais uma semana, o mercado de óleo de soja repercutiu os desdobramentos do conflito de tarifas de importação gerados pelo governo americano, além de acompanhar os desdobramentos nas negociações sobre os RVOs nos EUA e as atualizações das estimativas do USDA. Puxado também por um avanço semanal nas cotações da soja em grão, o óleo de soja encerrou o período com ganhos de 3,3% frente à sexta-feira anterior (4), com a tela de mai/25 cotada a US¢ 47,4/lb.

O óleo de palma terminou a semana passada em retração de 2,4% na bolsa da Malásia, cotado a USD 952,9/t. Além do avanço do conflito tarifário, com preocupações em relação às vendas do óleo ao mercado americano, o mercado repercutiu os dados oficiais da indústria na Malásia, a atualização das estimativas do USDA e os dados de importação e estoques da Índia.

 
Asset 9  FERTILIZANTES
Aumento para preços CFR de fosfatados e do cloreto de potássio no Brasil 

Desde a semana passada, os preços CFR dos fosfatados subiram no mercado brasileiro. Houve uma valorização do MAP, do TSP e do SSP no Brasil, e esse crescimento das cotações pode impactar negativamente no poder de compra do agricultor. Um aumento de preço também foi observado para o cloreto de potássio, pois a demanda por esse tipo de fertilizante tem chamado a atenção, algo um pouco incomum para essa época do ano. Os preços da ureia, por outro lado, mostraram sinais de fraqueza, pois, nos últimos dias, foi registrada uma pequena redução para as cotações do nitrogenado. 

 
Asset 12  PECUÁRIA
Preços físicos continuam avançando, assim como os valores dos animais de reposição e do milho, em momento estratégico do ano para os confinamentos
Seguindo a tendência observada nas últimas semanas, os preços no Mato Grosso continuam à frente dos de São Paulo, consolidando um cenário aquecido no estado que mais abate bovinos no Brasil. Assim, enquanto a semana fechou com R$ 335/@ em Rondonópolis, nas terras paulistas o valor do boi ficou em R$ 324/@. Já os preços futuros tiveram um leve recuo: após começar a semana com os contratos de outubro/25 operando a R$ 352/@, na sexta-feira esse valor foi para R$ 349/@. Apesar dessas oscilações, que são usuais no mercado, o cenário continua otimista para o segundo semestre. Pelo lado das margens para os confinamentos, começam a se desenhar os cenários para avaliação das possibilidades. Isso porque, com a virada de ciclo e a retenção de ventres, os preços dos bezerros costumam ficar mais altos — e é o que vem acontecendo. Da mesma forma, os preços do milho estão no centro das atenções, após ultrapassarem os R$ 70/sc em todos os estados, e chegando, inclusive, a R$ 90/sc no estado de São Paulo, segundo dados da StoneX. Sendo assim, a formação de custos será chave nas próximas semanas, principalmente neste momento em que os sistemas produtivos intensivos costumam iniciar seu ciclo de engorda.
 
Asset 13  AÇÚCAR E ETANOL
Açúcar segue tendência de baixa da última semana

Esta semana ficou marcada pela continuidade de uma tendência baixista iniciada no dia 03/04, momento em que os mercados passaram a repercutir os impactos dos novos anúncios das tarifas aplicadas pelos EUA, trazendo forte sentimento baixista para o mercado de commodities, particularmente o petróleo. A tela de maio (SBK5) encerrou a sexta-feira (11) na marca de US¢ 18,84/lb, recuo semanal de 4,5%. Pelo lado dos fundamentos, o Centro-Sul – que conta com perspectiva de aumento de chuvas em abril, poderá ser um fator avaliado pelo mercado, o que por um lado pode atrasar o início da temporada, mas também melhorar o desempenho da temporada após uma sequência de meses mais secos ao início de 2025.

Etanol tem semana estável
O etanol seguiu trajetória relativamente estável na semana, mantendo nível de negociação próximo aos R$ 3,30/L no mercado spot paulista. Lembra-se que ao final de março os preços chegaram à mínima de R$ 3,25/L e tem registrado tendência de recuperação, tendo em vista que a mínima do hidratado foi influenciada pela venda pontual de estoques de algumas usinas antes do início da safra. Em abril, caso as previsões de chuvas se confirmem, os preços do etanol contam com mais um argumento para ceder menos frente ao início da safra.
 
Asset 7  CAFÉ
Mercado de café enfrenta queda com volatilidade elevada e incertezas macroeconômicas

Os preços futuros do café arábica e do robusta encerraram a última semana em queda, refletindo um cenário turbulento no campo macroeconômico. As cotações oscilaram fortemente ao longo dos últimos dias, influenciadas pelas novas tarifas anunciadas pelos Estados Unidos sobre importações provenientes de diversos países, bem como pelas mudanças repentinas nas decisões do presidente Donald Trump.

Nesse ambiente de incertezas, os preços futuros do café foram marcados por forte volatilidade. Na sessão de quarta-feira (09), por exemplo, os contratos acumulavam queda de 6,3% em relação à sexta-feira anterior (04), chegando a atingir a mínima de US¢ 323,90/lb. O câmbio também foi impactado: na terça-feira (08), o dólar fechou cotado a USDBRL 6,01, alta de 2,9% se comparado com o fechamento da semana anterior, chegando a atingir a máxima de USDBRL 6,11 na quarta-feira (09).

 
Asset 5  CACAU
Cacau recua em meio a preocupação com demanda e novas notícias sobre tarifas de Trump

Entre os dias 4 e 11 de abril, os contratos futuros de cacau registraram leve recuo nos mercados internacionais. O comportamento do mercado ao longo da semana foi marcado por uma postura cautelosa por parte dos agentes, reflexo do aumento das incertezas tanto no que se refere à dinâmica do setor cacaueiro quanto ao cenário macroeconômico internacional, que têm se apresentado menos previsível. Em relação à dinâmica interna, as dúvidas concentram‑se sobretudo na oferta da safra intermediária no Oeste Africano. Em contrapartida, dúvidas quanto à resiliência da demanda global permanecem em questão. No campo macroeconômico, a volatilidade nas cotações de cacau foi intensificada pelas recentes tensões no comércio internacional, especialmente após a imposição das tarifas de “reciprocidade” pelos Estados Unidos.

 
Asset 6  ALGODÃO
Algodão tem ganho em semana marcada por direcionamentos mistos
O vencimento mais próximo do algodão encerrou a semana passada negociado a US¢67,01/lb. Por mais que um recuo por parte do governo Trump com relação às tarifas tenha entregado bons desempenhos para ativos de risco, um cenário baixista para o algodão negociado na ICE/NY ainda se apresenta. O recuo nas tarifas veio na forma de um adiamento de 90 dias para parceiros comerciais que não retaliaram. Ainda assim, o grande player deste mercado, a China, por ter retaliado, foi incluída em um conflito que seguiu escalando até chegar em níveis tarifários que praticamente cessa o comércio entre os dois países. De qualquer forma, a China tem sido um comprador menos presente do algodão americano nos últimos meses, o que fez com que o otimismo predominasse frente à suspensão das taxas de importação. Também na semana passada, o WASDE de abril trouxe novas revisões negativas para as exportações de pluma dos EUA, o que resultou em estoques ainda maiores para o país, mantendo a orientação baixista nos fundamentos.
 
Asset 8  PETRÓLEO
Petróleo estende recuperação com enfraquecimento do dólar

Na última semana, as cotações de futuros do Brent encerraram o período em queda de 1,25%, sendo negociados na sexta-feira (11) a USD 64,76 bbl. Os contratos do WTI seguiram trajetória semelhante, recuando 0,79% na semana, cotados a USD 61,55 bbl. Após atingir o menor patamar desde fev/21, os contratos do petróleo voltaram a operar em alta, recuperando parte das perdas. Esse movimento foi influenciado pela mudança das tarifas anunciadas por Donald Trump, com o abrandamento aliviando o pessimismo dos investidores. Entretanto, o acirramento com a China ainda limita maiores recuperações dos contratos, o que levou a queda na semana.

 
cAsset 3  DIESEL
Lineup mostra volume próximo a 1,3 milhão de m³ para abril
Na semana passada, o contrato mais ativo do NY Harbor ULSD encerrou o período com leve queda, de 0,8%, terminando a sexta-feira (11) em USD 2,0653 por galão. Os preços do combustível acompanharam as cotações do petróleo que, apesar do forte recuo observado no início da semana, apresentou uma recuperação das perdas em meio à suspensão temporária das tarifas norte-americanas e os receios acerca de novas sanções por parte dos EUA contra as exportações de petróleo iraniano.
 
cAsset 3  GASOLINA
Menor circulação de veículos leves pode impactar demanda por gasolina no Brasil
Na última semana, o contrato mais ativo do RBOB registrou queda de 12,7%, cotado a USD 1,99 por galão na sexta-feira (11). Os futuros aprofundaram a queda da semana anterior, ainda acompanhando os fundamentos baixistas do petróleo refletindo também perspectivas de um consumo estável de gasolina em importantes polos demandantes.
 
 

 

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