Comentários de Abertura

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Os contratos futuros de ações se consolidaram em baixa durante a noite, à medida que os investidores reavaliam a atual situação tarifária enquanto acompanham relatórios de resultados corporativos. A Casa Branca continua a sinalizar possíveis discussões informais com a China, embora não pareçam estar ocorrendo negociações comerciais formais. Na quarta-feira, as bolsas encontraram suporte após uma notícia de que o presidente Trump estaria considerando reduzir a tarifa recíproca de 145% sobre a China para algo na faixa de 50% – 65%. No entanto, isso aparenta ser especulação sobre o que poderia acontecer na fase inicial de negociação. Enquanto isso, a China mantém uma posição firme, observando o crescente coro de críticas contra o governo Trump na mídia dos EUA e até de alguns membros do próprio partido dele, acreditando que o tempo joga a seu favor.

Os futuros de ações encontraram leve suporte nos dados econômicos divulgados nesta manhã, o que permitiu que os principais índices oscilassem para território misto, revertendo parte da fraqueza noturna. O índice de volatilidade VIX recuou para abaixo de 28 após os relatórios matinais, enquanto o dollar index caiu para a faixa dos 99,3 pontos. Os rendimentos dos Treasuries de 10 anos estão em torno de 4,32%, enquanto os de 2 anos operam próximos a 3,81%. Os preços do petróleo bruto sobem cerca de 1% nas primeiras negociações, enquanto os mercados de grãos e oleaginosas operam de forma mista — com o trigo duro registrando leve queda devido à melhora nas condições de umidade.

O Ministério das Finanças da China planeja emitir 1,3 trilhão de yuan (cerca de US$ 178 bilhões) em títulos especiais do tesouro de prazo ultralongo — com vencimentos de 20, 30 e 50 anos, de abril a outubro — para apoiar sua economia durante a guerra tarifária. O programa de emissão de títulos do governo chinês será um terço maior do que o total emitido no ano passado, pois o país se endivida ainda mais para se manter firme contra os Estados Unidos. Já existem relatos de que fábricas nas regiões costeiras do leste e do sul da China começaram a fechar as portas e demitir trabalhadores recentemente, à medida que os impactos da guerra comercial começam a ser sentidos com a desaceleração da demanda por produtos. A expectativa é de que essas demissões se intensifiquem caso a guerra comercial se prolongue.

Os pedidos de bens duráveis nos EUA dispararam 9,2% em março na comparação mensal, frente a um avanço de 0,9% em fevereiro, superando com folga a expectativa dos analistas de 1,4%. No entanto, os pedidos excluindo o setor de transportes ficaram estáveis (0,0%), ante alta de 0,7% no mês anterior, e abaixo da expectativa de 0,3%. Os pedidos de bens de capital essenciais subiram 0,1% em março, revertendo a queda de 0,3% de fevereiro, mas ainda abaixo da expectativa de 0,3%. Esta categoria é vista como um termômetro do sentimento empresarial. O índice nacional de atividade do Fed de Chicago para março ficou em -0,03, sugerindo um leve crescimento abaixo da tendência — ante +0,24 em fevereiro. A média móvel de três meses ficou em -0,01.

Os pedidos iniciais de seguro-desemprego subiram para 222 mil na semana encerrada em 19 de abril, acima dos 216 mil da semana anterior e da expectativa de 220 mil — ainda assim, um número relativamente baixo. Já os pedidos contínuos para a semana encerrada em 12 de abril caíram em 37 mil, para 1,841 milhão. A média móvel de quatro semanas para os pedidos contínuos recuou em 1.500, ficando em 1,864 milhão. O número segue moderadamente elevado, mas com oscilações dentro de uma faixa relativamente estável. Os pedidos iniciais de ex-funcionários civis federais na semana encerrada em 12 de abril somaram 629, alta de 87 na comparação semanal. Já os pedidos contínuos desses mesmos trabalhadores somaram 7.025 na semana encerrada em 5 de abril, queda de 167 em relação à semana anterior.

Será que ouviremos algo da Agência de Proteção Ambiental (EPA) nesta semana? Os preços da soja encontraram bom suporte nos últimos dias, assim como os preços do óleo de soja. Circulam rumores na indústria de biocombustíveis de que esta poderia ser a semana em que receberemos uma orientação definitiva da EPA sobre os mandatos de biodiesel de biomassa, e possivelmente outras áreas do setor de biocombustíveis. O presidente Trump ficou notoriamente frustrado durante seu primeiro mandato com a constante disputa entre o setor de biocombustíveis e a indústria de petróleo. Por isso, ele solicitou que ambos os lados se reunissem no início deste ano para buscar uma solução. A grande diferença desta vez é que as grandes petrolíferas (“Big Oil”) agora estão fortemente investidas na indústria de biocombustíveis. O grupo de trabalho recomendou que o mandato de biodiesel de biomassa fosse elevado para 5,25 bilhões de galões, ante os 3,35 bilhões atuais. Na época, nossa análise indicou que o padrão anterior da EPA — de modelar o mandato com base apenas na oferta doméstica de matéria-prima — provavelmente colocaria o mandato final mais próximo de 4,25 a 4,50 bilhões de galões, o que ainda seria um patamar de suporte ao mercado. Contudo, agora há indicações de que a EPA sob Trump está considerando outras formas de modelagem para proporcionar maior apoio ao setor agrícola, ao mesmo tempo em que ajuda os investidores a recuperarem seus aportes em infraestruturas já construídas. Com isso, vemos a possibilidade de um mandato final em torno de 5,0 bilhões de galões, ou possivelmente até acima desse valor. Ainda não estamos convencidos de que a EPA fará seu anúncio nesta semana, mas é preciso reconhecer essa possibilidade. Continua havendo incerteza sobre o que a agência fará em relação ao crédito fiscal 45Z ou às isenções para pequenas refinarias, fatores que também podem ter impactos significativos no mercado. De modo geral, a expectativa é que o governo Trump seja favorável a um programa que expanda gradualmente a mistura de etanol na gasolina para 15%.

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